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O Sassuolo, comandado por Eusebio Di Francesco, é uma equipa que tem surpreendido, em Itália. São a equipa que mais recebe em termos monetários pelo patrocínio na camisola, sendo um projecto muito sólido e sem se aventurarem em grandes loucuras no mercado de transferências. Sem jogadores de grande nomeada, o investimento em compras é praticamente equivalente ao dinheiro que recebem de vendas, e mesmo assim têm feito boas prestações na Serie A, tendo em conta a diferença de qualidade individual que têm para as equipas que lutam pelo topo da tabela. Na temporada passada, terminaram a época no 6º lugar do campeonato, apurando-se assim para a Liga Europa. Este ano, contam com 3 pontos em 3 jogos, mas que poderiam ser 6, caso não lhes fosse atribuída a derrota contra o Pescara por utilização irregular de Antonino Ragusa, isto depois de terem vencido em campo por 2-1. Recentemente, foram naturalmente derrotados em casa da Juventus, resultado que era esperado.

Na passada quinta-feira, em jogo a contar para a Liga Europa, o Sassuolo recebeu e venceu o Athletic por 3-0, num resultado que surpreendeu muita gente. Não tão inesperado, tendo em conta toda a qualidade que os comandados de Di Francesco colocam em campo. O treinador italiano de 47 anos, apenas repetiu a titularidade de 4 jogadores relativamente ao jogo contra a Juventus (Consigli, Acerbi, Magnanelli e Politano), mas nem assim a equipa se ressentiu e mostrou muita qualidade.

Jogam em 1-4-3-3, com um pivot defensivo no meio-campo e dois médios centro na frente deles. Há dinâmicas muito interessantes nesta equipa, como as permutas entre os extremos e os médios centro, onde os extremos vêm para dentro e são os médios que aparecem no corredor a receber bola. Não é uma equipa que queira ter muito a posse de bola e sabe não a ter já que, normalmente, se posiciona muito bem sem ela. No entanto, mesmo não estando a maioria do tempo com o esférico, não recuam muito as linhas, já que a linha defensiva está quase sempre bem alta no terreno.

Poucas referências individuais têm em organização defensiva, comportando-se mediante referências zonais. Por vezes ainda abrem espaços, já que o médio defensivo tem a tendência em algumas situações de se encostar à linha defensiva. O espaço para ser fechado é o corredor central, sempre, com a linha defensiva bem definida e com os extremos muitas vezes a ajudar no controlo da amplitude. Neste jogo, mostraram por vezes dificuldade em controlar a profundidade, já que o Athletic tentava colocar muitas bolas nas costas da defesa, mas também é certo que conseguiram colocar muitas vezes o jogador adversário em situação de posição irregular.
 
 
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Em construção, tentam ter o maior critério possível, pois só com muita pressão batem longo na frente sem pensar muito, já que nas restantes vezes, tentam sair sempre a jogar com bola desde trás. Têm posicionamentos muito interessantes, como aquele que fazem nos pontapés de baliza a favor. Em criação, há normalmente várias soluções sempre disponíveis, mas nem sempre são encontradas por quem tem a bola. Buscam também bastante a profundidade nestes momentos, estando sempre preparados para tal.

O corredor privilegiado para atacar neste jogo foi o direito, muito também devido ao volume ofensivo que Pol Lirola dava a partir da posição de lateral com subidas constantes. Na frente de ataque, Defrel desgastou sempre muito a defesa contrária, tentando aproveitar cada deslize que eles cometessem, não parando um segundo. Os extremos procuram muitas vezes terrenos interiores, tentando desequilibrar com bola e sem bola, mostrando bons pormenores. Quando estão mais subidos, é o capitão Magnanelli (médio defensivo) que equilibra a equipa.

São muito perigosos em transição ofensiva, desdobram-se muito bem com vários jogadores, mesmo começando a transição em zonas recuadas várias vezes, com tudo praticamente ao primeiro toque. Os movimentos de saída estão muito bem trabalhados e são conseguidos com muita qualidade. Também conseguem reagir forte à perda da bola, mas a tendência é maior para recuperarem rapidamente a posição e não estarem expostos.

O Sassuolo não é uma equipa que tenha uma grande qualidade individual, mas é muito organizada em campo e sabe o que fazer em cada contexto. Eusebio Di Francesco tem feito um muito bom trabalho nesta equipa, e apesar de ainda estarmos numa altura precoce da temporada, parece-me que esta época voltará a mostrar bons argumentos.
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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