Primeiro jogo do Grupo D que opunha a dominante Espanha ao estreante Portugal. As duas seleções vizinhas já se tinham encontrado na qualificação para este Europeu tendo as espanholas levado a melhor em ambos os jogos por isso seria de esperar que o favoritismo caísse para o lado da Espanha.
Ambas as seleções apresentaram-se com um 4X3X3, mas com variantes diferentes, por um lado a Espanha adotava o sistema clássico enquanto que Portugal se transformava num 4X5X1.
Desde o inicio do jogo a seleção espanhola apresentou um bloco alto e bastante pressionante, querendo sempre ter posse de bola e não abdicando da mesma, cada vez que perdia a posse de bola imediatamente rodeava a portadora da bola de modo a recuperá-la o mais rápido possível (figura 1).
É uma seleção que gosta de controlar o jogo tendo bola e foi isso que desde cedo quiseram fazer.
Do lado oposto Portugal optou por um posicionamento mais defensivo tendo sempre as 11 jogadoras atrás da linha da bola e posicionando-se no seu meio-campo defensivo (figura 2), tentando pressionar nessa zona, mas nunca fazendo uma pressão muito intensa. Era uma equipa compacta, mas que se notava a falta de experiência comparado com o adversário.
Como podemos ver pelos dados estatísticos e pelos heatmaps (figura 3 e 4) a Espanha jogou a maior parte do seu tempo no meio campo ofensivo, enquanto Portugal efetuou a maior parte dos seus passes na sua zona defensiva e meio-campo. A Espanha durante toda a partida dominou o jogo implementando a intensidade que mais lhe beneficiava em cada momento de jogo. Sempre com todas as jogadoras envolvidas no ataque, Sampedro foi a que mais se exibiu tendo marcado um golo. As médias da Espanha foram o principal ponto de desequilíbrios fazendo bastantes combinações a 2/3 toques tanto com as laterais como com as atacantes, permitindo à sua equipa criar diversas ocasiões de finalização.
Tendo em atenção a vertente atacante da equipa espanhola seria de esperar que o golo aparecesse, tendo vindo de um erro por parte de Portugal. A defesa portuguesa estava mal posicionada e permitiu que uma bola despejada na área encontrasse a jogadora espanhola que finalizou com classe (figura 5). Após o primeiro golo a Espanha foi ainda mais superior acabando por chegar ao segundo golo ainda na primeira parte, num lance onde a defesa de Portugal voltou a não estar bem posicionada (figura 6). Embora Portugal seja uma seleção estreante estes são os tipos de erros que não se pode cometer num Europeu onde há imensa qualidade e o mais certo é a equipa adversária aproveitar.
Na segunda parte a intensidade do jogo diminui, com a Espanha a controlar o jogo com bola, mas a um ritmo mais baixo tendo em conta a vantagem mesmo assim conseguiu criar várias oportunidades para aumentar a vantagem.
Portugal continuou a jogar no seu meio campo defensivo, mas nesta parte da partida já conseguiu ter mais bola e tentar criar algumas situações de ataque. Do lado português a melhor jogadora foi Ana Borges, que chamada a jogar a defesa direita, o que não é habitual, conseguiu cumprir bem o papel.
Era desde o incio um desafio difícil para a equipa portuguesa que não conseguiu incomodar a guardiã espanhola. Foi um resultado mais do que justo para a Espanha num jogo que dominaram por completo. No próximo jogo será interessante ver como Portugal se vai apresentar tendo em conta que vai defrontar uma equipa com um nível muito mais baixo que Espanha, como é o caso da Escócia, já esta por sua vez irá ter um duelo de titãs com a Inglaterra.
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