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Portugal-Alemanha

Derrota pesada para Portugal que sofreu quatro golos sem resposta, num jogo em que as diferenças residiram no capítulo da finalização. A selecção orientada por Rui Jorge podia ter entrado praticamente a vencer com Mané a rematar para a defesa de Timo Horn. Pouco depois foi a vez da Alemanha chegar à baliza defendida por Bruno Varela mas sem sucesso. Ao longo da primeira parte o conjunto germânico passou a assumir o controlo do jogo com Portugal a espreitar através de transições rápidas. Com oportunidades de parte a parte, a Alemanha foi pressionando e chegou mesmo à vantagem em cima do intervalo com Serge Gnabry a bater Bruno Varela, numa altura em que Chico Ramos já tinha entrado para o lugar de Sérgio Oliveira. Na segunda parte, Portugal continuou a sentir dificuldades em ataque organizado e a Alemanha nunca se desorganizou defensivamente, não dando qualquer espaço às iniciativas portuguesas. À passagem do minuto 57, Matthias Ginter aumentou a vantagem e pouco depois Rui Jorge não hesitou e lançou Gonçalo Paciência por troca com André Martins. Portugal optou por um jogo mais directo e com largura mas sem o sucesso pretendido. A Alemanha manteve a identidade e foi aproveitando os espaços concedidos por Portugal que teve de ser obrigado a subir as linhas e a atacar mais. David Selke trabalhou muito entre os centrais portugueses e o golo apareceu aos 75 minutos, acabando com qualquer esperança dos lusos. Houve ainda tempo para o golo de Philipp Max aos 87 minutos, colocando o resultado final em 4-0 que termina com o sonho português da conquista de uma medalha olímpica. A dupla de médios Bender, Sven e Lars, foram o motor da equipa germânica com Gnabry a ser uma autêntica dor de cabeça para Fernando Fonseca. Do lado de Portugal, o destaque vai para Bruno Varela que impossibilitou que a derrota fosse ainda mais expressiva com várias defesas de qualidade.

 

Nigéria-Dinamarca

Vitória dos Nigerianos frente à Dinamarca por 2 – 0 nestes quartos-de-final dos Jogos Olímpicos. A seleção africana apresentou-se num 1-4-2-3-1 com Obi Mikel a assumir o papel de organizador, de certa forma voltando às suas origens, quando jogava na Dinamarca. E o jogador do Chelsea é o elemento que se destaca, sobretudo pelas características do seu jogo comparativamente aos seus companheiros. O número 10 e capitão desta seleção é quem pauta o jogo da equipa e decide quando abrandar ou acelerar o jogo. Especialmente abrandar já que os seus companheiros procuram constantemente a velocidade e neste capitulo destaque claro para Ezekiel Imoh que, à esquerda ou direita, ganhou constantemente duelos individuais, desequilibrando a defesa dinamarquesa. A velocidade (coletiva) da Nigéria, como é hábito se constatar em várias equipas africanas, torna-se no seu ponto forte e paradoxalmente no seu ponto fraco também. Sem bola a equipa vai-se perdendo posicionalmente de forma relativamente fácil na basculação, sendo minimizado o risco pela linha defensiva baixa e com muitos jogadores.

A Dinamarca apresentou-se também num 1-4-2-3-1 mas com executantes diferentes, logo um jogo bastante diferente. Com uma construção de jogo mais trabalhada, com mais posse e a procurar desequilibrar no passe. Jacob Larsen destacou-se pela qualidade de construção a partir da ala embora, assim como a toda a equipa, tenha faltado sempre algo para acertar no último passe. Lasse Vibe, ponta de lança dinamarquês, também se destacou na equipa europeia no seu papel de pivot ofensivo, segurando bem a bola e dando aos seus colegas sempre a bola jogável. Pela negativa fica não uma individualidade, mas a falta de dinâmica, com bola, da dupla de médios Maxso-Jonsson que se focavam mais nas tarefas defensivas oferecendo pouco mais que um passe seguro na 2ª fase de construção. A falta de desequilíbrio no 1×1 foi também um dos seus pontos fracos e que não permitiu criar mais perigo.

 

Coreia do Sul-Honduras

Nos quartos-de-final dos Jogos Olímpicos disputou-se aquele que era, em teoria, o jogo mais desequilibrado do conjunto de jogos, com a Coreia do Sul a defrontar as Honduras. A selecção coreana era a favorita para este embate e desde cedo justificou esse favoritismo, tomando as rédeas da partida. Em contrapartida, os jogadores hondurenhos remetiam-se ao seu meio-campo, tentando fechar os caminhos para a sua baliza, procurando, depois, rápidas transições ofensivas, que muito perigo tinham causado neste certame até então. A posse de bola pertencia quase na sua totalidade à Coreia do Sul, mas sem ser Son Heung-Min, os restantes jogadores não conseguiam desequilibrar tanto como desejado. O jogador do Tottenham era o elemento mais perigoso, conseguindo criar perigo várias vezes, através de lances individuais. Na selecção hondurenha, já se começava a destacar aquele que seria o MVP da partida: Luis López Fernández, o guarda-redes das Honduras. A Coreia conseguia criar várias situações de perigo, mas depois ou era o guarda-redes adversário que brilhava ou eram os avançados coreanos que se mostravam muito perdulários na finalização. Apesar do balanceamento ofensivo da Coreia, as Honduras não conseguiam aproveitar os espaços para os contra-ataques. A Coreia tinha muita bola, mas não conseguia ser eficaz com ela, perdendo vários lances por más opções e gestos técnicos deficientes.

Na 2ª parte nada se alterou e até se acentuou o domínio coreano, mas depois de tantas oportunidades falhadas, já se adivinhava o que ia acontecer. Contra-ataque muito rápido das Honduras, a Coreia com pouca gente atrás e a deixar muito espaço, e Elis a não perdoar, colocando a sua selecção na frente. Com a vantagem, as Honduras remeteram-se ainda mais para a sua defesa e a Coreia carregou no ataque, mas o guarda-redes hondurenho continuava a brilhar (assim como os avançados continuavam perdulários na hora de finalizar). Os minutos foram passando e a Coreia não conseguiu marcar, apesar do enorme volume ofensivo e jogadores que colocou no ataque. Nota também para o enorme anti-jogo da selecção das Honduras, perdendo muitos minutos com lesões e lances que nada o justificavam e aos quais o árbitro não soube depois compensar. As Honduras estão surpreendentemente nas meias-finais dos Jogos Olímpicos, onde vão defrontar o Brasil e bem o podem agradecer ao seu guarda-redes, o herói da partida.

 

Brasil-Colômbia

Após um mau começo no torneio com dois empates a zero, a canarinha jogou de forma confiante, superou um jogo tenso e carimbou a passagem às meias-finais. A Colômbia entrou na partida a fazer bastante pressão na bola e com muita atenção em Neymar, marcado em cima sempre que tocava na bola. Foi um jogo típico da Libertadores, picado, sem muito espaço e tempo para escolher a melhor opção, equipas organizadas e concentradas. O Brasil jogou com muita mobilidade na frente e solidez na defesa, os centrais Rodrigo Caio e Marquinhos estiveram intransponíveis. Aos 10 min, Neymar sofre falta perto da área e marca o primeiro golo de livre. A Colômbia continuava a explorar a velocidade do seu ataque e chegava com perigo à área do Brasil, apesar de não ter muitas oportunidades claras para marcar. Aos 39 minutos, os elementos de ambas as equipas quase que chegaram a vias de facto, numa confusão que envolveu praticamente todos os jogadores e equipas técnicas. O jogo continuou equilibrado na segunda parte, com as duas equipas à procura do golo em velocidade. A Colômbia, liderada por Teo Gutierrez, arriscava cada vez mais com remates de longe. Aos 83 min, Luan recebe a bola de Neymar, remata de longe e faz um golo de belo efeito, sentenciando a partida.

 
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