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No passado sábado encontraram-se no Estádio do Dragão os dois primeiros classificados da Liga NOS, separados apenas por um ponto.

Mais do que uma vitória num jogo disputado em ambiente sempre muito complicado, contam os efeitos psicológicos do mesmo, pois os jogadores cada vez mais acreditam no trabalho que Bruno Lage tem vindo a realizar e continuam à procura de evoluir o seu modelo de jogo trabalhado em cima de vitórias

Ambas as equipa dispostas num 4-4-2: os encarnados sem surpresas no 11, sendo os nortenhos a apresentar algumas novidades entre os titulares com as entradas de Manafá, Adrián e o recém regressado de lesão Marega. Militão e Soares surgiram no banco de suplente.

1ª parte com o Porto a aparecer mais forte no jogo, com uma dupla de atacantes à procura sobretudo de destabilizar os jovens centrais adversários, talvez à espera de alguma inexperiência e falta de entrosamento que poderiam revelar.
Movimentações interessantes de Adrián López, ao recuar para o espaço entre linhas e explorar costas da dupla Samaris-Gabriel dando soluções de passe e rompendo com a pressão e linhas adversárias. Ainda procurava aparecer no corredor lateral esquerdo, enquanto o imprevisível Brahimi realizava as suas habituais diagonais para zonas centrais com bola controlada.

Ainda de registrar os movimentos do maliano Marega no lado contrário, sempre à procura de explorar os espaços entre lateral-central (Ferro-Grimaldo), baralhando marcações e conseguindo criar alguns problemas à sua organização defensiva.

Já o Benfica, fiel aos seus princípios de jogo, procurou jogar com as linhas bem subidas no terreno de jogo com uma pressão alta e agressiva, não se intimidando por jogar na casa do seu eterno rival. Foi assim que a perder por 1-0, consegue iniciar a reviravolta no marcador com uma recuperação de bola iniciada por Gabriel (esteve formidável neste capítulo de jogo) com o auxílio de Sferovic que depois assiste para Félix finalizar sem grande oposição.
Houve também muita mobilidade do ataque encarnado neste 1º tempo com trocas de posição constantes entre João Félix, Pizzi, Sferovic e Rafa.

A 2ª parte inicia-se com o explorar de contra-ataques rapidíssimos, quase sempre promovidos pela velocidade de Rafa, que ia conseguindo romper pelo corredor central com bola controlada, enquanto Félix nesta 2ª metade ia realizando movimentos contrários, mais deslocado para o corredor esquerdo.

Em mais uma recuperação de Gabriel e perante a mobilidade do ataque encarnado surge a reviravolta do marcador, numa jogada muito bem trabalhada e que merece ser analisada ao detalhe:

⦁ No meio campo adversário, jogo interior dos médios Gabriel, Samaris e Pizzi. O último, executa um passe de risco para trás que quase é intercetado por Corona. Só não o foi devido ao grande esforço e recuperação de bola de Gabriel que logo de seguida pensa e executa rápido passe para o corredor lateral;
⦁ Pizzi a aparecer dentro da área, sendo importante a receber de costas e ter o descernimento para devolver a bola e assistir Rafa que se encontrava em posições frontais para a baliza adversária e melhor enquadrado para uma finalização mais eficaz;
⦁ Para Pizzi aparecer em zonas de finalização, Sferovic encontrava-se mais aberto no lado direito, em mais uma troca posicional do ataque benfiquista e dando mais uma linha de passe, pois caso fosse cortada linha de remate a Rafa, poderia o internacional português com mais um toque para o lado, isolar o Suiço que se encontrava completamente solto sem marcação
⦁ Leitura perfeita do extremo Portugues Rafa Silva resistindo à tentação num primeiro momento de rematar à baliza de Casillas com as linhas de remate fechadas por defesas adversários, optando pelo passe a Pizzi, continuando o seu movimento/desmarcação, pedindo o esférico mais ao lado e quando já enquadrado com baliza e sem oposição opta então pelo remate fora da àrea;

Após o golo, os encarnados decidem recuar as linhas e optar por uma melhor organização defensiva e assim conseguir espaços na frente para o contra-ataque, colocando Gedson na posição híbrida de Pizzi como falso médio direito e ganhar assim mais um transportador de bola em velocidade quer apartir do corredor direito, quer em zonas mais centrais.


Já Sérgio Conceição a perder decidiu apostar na entrada de Soares para ter junto de Marega, mais um elemento forte no jogo aéreo e ter mais presença na área, insistindo para que os laterais Alex Teles e Manafá cruzassem para zonas de finalização. Obteve resposta de Lage que numa ótima leitura de jogo, opta pela inclusão de Corchia e Cervi para tentarem bloquear/dificultar a execução desses cruzamentos laterais, e como o próprio admitiu, até preencher com 5 elementos a linha defensiva para assim alargá-la um pouco, e ter “dois laterais direitos” para conseguir controlar a Asa esquerda Portista Teles-Brahimi.

Para finalizar, realçar que a defesa encarnada nunca tremeu, tendo dentro da área, sempre muita concentração e rigor nas marcações aos poderosos atacantes portistas, não lhes dando o mínimo espaço para puderem finalizar.



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