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Jesualdo Ferreira apostou no seu habitual 4x3x3 para a sua estreia no comando técnico do Santos. Um XI muito próximo daquilo que pode ser a base do Peixe em 2020.

Madson, lateral direito, foi uma das contratações desta temporada e pode entrar nas opções iniciais. Assim como Lucas Veríssimo melhor zagueiro do time. Ambos os jogadores estão a recuperar de lesões. É possível que o clube procure outro zagueiro para fazer dupla com Lucas Veríssimo, depois da saída de Gustavo Henrique para o Flamengo. Outra das ausências no jogo desta noite foi Soteldo. O melhor jogador do Santos encontra-se ao serviço da selecção da Venezuela a disputar o Pré-Olímpico.

O jogo terminou empatado sem gols mas já foi possível verificar algumas das primeiras ideias do técnico português no vice campeão do Brasileirão 2019.

Primeiro XI de Jesualdo Ferreira no Santos

Saídas desde trás

A equipe procurou sair desde trás desde o primeiro minuto do encontro. O goleiro Éverson também foi solução na primeira fase de construção mas quem assume maior protagonismo é o volante Alison. Baixou para junto dos zagueiros para funcionar como 3º defensor. Desta forma o Santos libertou os laterais para subirem e conquistarem espaço no seu meio campo ofensivo.

Saída a 3 na primeira fase de construção

Desta forma o time pretende atrair os oponentes contrários para pressionarem alto e abrirem espaço entre os sectores. A bola depois pode entrar em Pituca e Sánchez que desequilibram com a sua capacidade técnica, visão de jogo e qualidade de passe.

Santos a atrair a pressão alta do RB Bragantino

Bloco compacto e subido

O Santos apresentou uma linha defensiva média-alta e com capacidade para retirar profundidade ao RB Bragantino. Bloco compacto e organizado no momento defensivo. Coesão e solidariedade defensiva com o trio do meio campo a juntar-se à linha defensiva e a não dar espaço ao adversário para entrar pelo corredor central. Grande preocupação em aproximar as linhas e a não permitir espaços entre linhas.

Bloco defensivo alinhado e apoio do meio campo na organização defensiva

Uma das grandes diferenças para a época passada é a ausência de pressão alta. A equipe ainda procura os seus melhores índices físicos mas de forma geral o Peixe deixou o RB Bragantino organizar e sair desde trás. A principal preocupação foi fechar e garantir uma boa organização defensiva. Sasha não pressionou muito alto e o meio campo também só reagiu a nível de pressão quando a bola entrava na zona intermédia.

Santos a permitir o adversário sair a jogar sem uma pressão alta

4x4x2 como sistema alternativo

No segundo tempo Jesualdo mexeu e alterou o sistema táctico. Kaio Jorge saiu e entrou Raniel para fazer dupla com Sasha na frente de ataque. A equipe apresentou-se num 4x4x2 naquilo que pode ser o desenho táctico alternativo deste Santos 2020. Com a entrada de Raniel, Pituca passou para a esquerda e Sánchez juntou-se a Alison num duplo pivot.

4x4x2 como sistema alternativo

Apesar da substituição o time sentiu dificuldades em controlar o jogo e a ter a posse de bola. Jesualdo foi obrigado a mexer novamente e a regressar ao sistema base. Arthur Gomes entrou para jogar como extremo esquerdo e Pituca regressou à posição onde alinhou no primeiro tempo.

4x4x2 no momento defensivo

Problemas na transição defensiva

As principais dificuldades no Santos foram no momento de transição defensiva. O RB Bragantino foi sempre mais forte nesta fase do encontro e soube explorar as fragilidades nos corredores laterais. Apesar de procurarem ter o controlo do jogo com bola, o Peixe não se desequilibrou defensivamente. Geralmente conseguiu manter a estrutura defensiva. O problema aconteceu quando o adversário colocou mais velocidade no encontro e explorou situações de superioridade numérica nos corredores, potenciando a falta de reacção dos extremos para ajudarem os seus laterais.

Muito espaço para o RB Bragantino explorar na transição ofensiva

As melhores ocasiões da partida foram do RB Bragantino, através de Artur e Thonny Anderson. Capacidade de explosão e técnica perante uma defesa que sentiu algumas dificuldades em travar estas investidas, principalmente quando tinham de defender pelos corredores. Este é um dos pontos a melhorar ao longo da época o que certamente irá acontecer depois de Jesualdo Ferreira utilizar a sua linha defensiva mais forte o que acabou por não acontecer hoje devido às ausências já referidas.

Equipe com algumas dificuldades na transição defensiva


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