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25 minutos que prometeram, mas a chama apagou-se

A seleção portuguesa de futebol feminino disputou esta sexta-feira a primeira de duas finais frente à Rússia, no play-off de apuramento para o Campeonato da Europa de 2022. A equipa treinada por Francisco Neto foi derrotada por 0-1, no Estádio do Restelo, num encontro cuja fase inicial levou a acreditar que Portugal pudesse obter outro resultado.

O selecionador nacional decidiu chamar ao onze a jovem Francisca Nazareth, que aproveitou as ausências de Diana Silva e Jéssica Silva para fazer dupla com Carolina Mendes no 4x4x2 losango português. Andreia Norton jogou nas costas das duas unidades mais adiantadas, com Cláudia Neto e Tatiana Pinto como interiores e Dolores Silva no vértice mais recuado do losango.

A mobilidade no ataque foi uma das imagens de marca da equipa portuguesa, sendo frequente ver Andreia Norton recuar no terreno para receber bola e Cláudia Neto a ocupar o seu lugar mais à frente ou até mesmo Francisca Nazareth trocar diretamente com Norton por momentos.

A seleção russa apostou muito no jogo direto, sobretudo na primeira parte. Enquanto houve frescura física, Portugal manteve o bloco médio/alto e foi capaz de recuperar várias bolas em zona adiantada. Aliás, a imagem exibida acima é tirada na sequência de uma dessas recuperações no meio-campo ofensivo, feita por Cláudia Neto, e que levou ao aproveitamento do espaço entre linhas por parte de Francisca Nazareth.

Desequilíbrio criado entre linhas, com muito espaço para ser aproveitado. Francisca Nazareth faz tudo bem e parece querer soltar a bola em Carolina Mendes, exatamente onde a bola tinha de entrar.

Contudo, Andreia Norton não se apercebe do aparecimento de Carolina Mendes nas costas e acaba por receber ela o passe, com o lance a perder-se com um remate à figura da guarda-redes russa. Este lance poderia ter resultado num golo madrugador para a seleção portuguesa e que certamente mudaria o rumo do encontro, daí eu considerar este o lance-chave da partida.

Portugal ainda assim conseguiu controlar com bola até perto da meia hora de jogo. À medida que o desgaste se foi acumulando, a equipa portuguesa começou a retrair, mas ainda assim terminou a primeira parte com o jogo controlado. No entanto, a falha de concentração defensiva que levou ao 0-1 nos primeiros minutos da segunda parte foi como um soco no estômago da equipa, que não se conseguiu recompor e passou a jogar mais com o coração do que com a cabeça.

Ainda assim, tudo está em aberto para a segunda mão e estes 25 minutos prometedores foram uma amostra de que Portugal não fica em nada atrás da seleção russa e tem capacidade para superar o obstáculo.



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