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De 16 a 30 junho, realizou-se em Itália, mais uma edição do Europeu U21, que garantiu aos quatro semifinalistas (Espanha, Alemanha, França e Romênia) a presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e teve a seleção espanhola como grande campeã. Listamos abaixo cinco nomes que surpreenderam e foram revelações ao longo do torneio.

GIAN-LUCA WALDSCHMIDT – ALEMANHA

Após uma notável temporada no Freiburg como segundo avançado, o jogador formado nas categorias de base do Hamburgo completou um brutal Europeu U21 na função de falso 9 dentro do 4-3-3 do treinador Stefan Kuntz. Na estrutura dos triângulos que a Alemanha costumou formar dominando a posse de bola, Gian-Luca Waldschmidt apareceu constantemente para receber entre as linhas do rival, para produzir apoios na ativação do terceiro homem e inclusive para lançar rupturas em profundidade de seus companheiros. Ademais, Waldschmidt também voltou a confirmar que é um jogador com muitíssima ameaça em cenários de transição (por sua aceleração em espaços abertos e capacidade de definição), com o golaço contra a Sérvia na segunda rodada da fase de grupos se tratando do melhor exemplo disto.

ALEXANDRU CICALDAU – ROMÉNIA

Produto do projeto do Viitorul criado e treinado pelo mítico Gheorghe Hagi, o atual jogador do Craiova destacou-se no Europeu U21 2019 realizado na Itália a partir de sua capacidade associativa para organizar os ataques de uma seleção que se caracterizou pela solidez defensiva ao longo do torneio, mas que também conseguiu demonstrar ideias claras com a posse de bola em determinados momentos de seus jogos (o primeiro tempo contra a Croácia na estreia dos romenos na competição, contou com uma notável participação de Alexandru Cicaldau ativando Ianis Hagi entre linhas) e inclusive agressividade sem o esférico para pressionar em campo rival (causaram problemas para a Alemanha neste sentido nas semifinais). Ao lado do médio centro Tudor Baluta, Alexandru Cicaldau formou uma das duplas de meio-campistas de maior destaque do torneio e seguramente despertou o interesse de equipas de outros centros da Europa.

JOAKIM MAEHLE – DINAMARCA

Em destaque com o Genk na campanha do título belga em 2018-19, o jovem Joakim Maehle completou um grande Europeu U21 na Itália em uma Dinamarca que melhorou seu desempenho coletivo com o transcorrer da fase de grupos e por uma simples questão de saldo de gols não classificou-se às semifinais que garantiram presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com a mudança de sistema por parte do treinador Niels Frederiksen após a derrota para a Alemanha (passou do 4-3-3 para o 5-2-3 com o médio Victor Nelsson como líbero), Maehle ganhou protagonismo como ala, desta vez pelo setor esquerdo, aproveitando os movimentos entre linhas do extremo Jacob Bruun Larsen para somar profundidade pelo corredor exterior e inclusive atacar a área, fato que explica seus dois gols no torneio. É necessário lembrar que Joakim é utilizado habitualmente na direita em seu clube e apenas em uma situação ocasional na seleção jogou na esquerda ao pé trocado na competição, oferecendo um rendimento brutal dentro do já dito contexto tático de sua equipa.

SASCHA HORVATH – ÁUSTRIA

O baixinho e carismático extremo direito do Dynamo Dresden foi o jogador mais destacado da Áustria na fase de grupos do Europeu U21 2019, inclusive melhor que o conhecido médio Xaver Schlager. Aos 22 anos, Horvath fez parte da geração austríaca que disputou o Europeu U19 de 2015 (em uma seleção que contava com nomes como Florian Grillitsch), mas desde então não teve o desenvolvimento esperado e demorou para sair de seu país natal. Em todo caso, a partir da organização ofensiva da Áustria, que privilegiava a ocupação da largura para os laterais com os extremos buscando espaços por dentro, Horvath somou a nível associativo recebendo em zonas interiores e através de suas conduções, completando uma grande exibição na estreia contra a Sérvia. Ademais, em uma equipa muito ameaçadora em transição ofensiva, Sascha foi diferencial conduzindo os contra-ataques ao longo da participação dos austríacos na competição.

MARCO RICHTER – ALEMANHA

Começando como titular indiscutível durante toda fase de grupos e perdendo a titularidade para outro extremo como Nadiem Amiri na reta final do torneio, a verdade é que as sensações deixadas por Marco Richter no Europeu U21 foram impressionantes. Para entender taticamente sua função, é impossível não mencionar o nome do atacante Gian-Luca Waldschmidt como falso 9, já que foi a partir dos apoios do “10” que Richter fez a diferença com brutais movimentos de ruptura ao espaço para compensar os descensos de seu companheiro. Muitas vezes era habitual que Richter fosse o responsável pela profundidade alemã ao fixar a última linha defensiva do rival para permitir que Waldschmidt tivesse a liberdade necessária para gerar superioridades no lado esquerdo, o mais utilizado pela seleção treinada por Stefan Kuntz. Além disto, o jovem de 21 anos do Augsburg possui grande capacidade de definição e remate, tendo produzido diretamente cinco gols em três jogos realizados (3 gols e 2 assistências).

*Artigo escrito em português do Brasil



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