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A Liga NOS regressou, numa reta final que irá ditar o título de campeão português, numa luta muito equilibrada entre Porto e Benfica. Em jeito de antevisão, trazemos uma análise detalhada aos dois candidatos ao título, comparando o trabalho de ambas equipas até à 25ª jornada.

Olhando para a tabela classificativa, ,a derrota do Porto esta semana permitiu ao Benfica igualar os dragões na liderança (se esta fosse a classificação no final da temporada, seria o Porto campeão).O Benfica é melhor ataque e melhor defesa da prova, sem grandes diferenças nesse aspeto para a equipa de Sérgio Conceição. A diferença no campeonato, até ao momento, deu-se no confronto direto entre ambos, onde o Porto venceu o Benfica por duas vezes, com grande superioridade de Sérgio Conceição a Bruno Lage. Os dragões são também a melhor equipa a jogar em casa, enquanto que o Benfica é a melhor fora de portas.

A diferença entre o total de golos marcados é de apenas 1, com o Benfica a marcar 52 e o Porto a marcar 51, os dois melhores da prova. Os golos marcados por ambas as equipas chegam maioritariamente de ataques organizados, no entanto há dois destaques a fazer. O Porto marcou quase 40% dos seus golos (20 vezes) através de lances de bola parada, e metade deles (25 mais 4 que o Benfica) em ataque posicional, enquanto os encarnados marcaram duas vezes mais através de lances de contra ataque.

Quanto aos golos sofridos, a diferença aumentou este fim-de-semana, mas os números são muito semelhantes, com o F.C.Porto a sofrer mais quatro golos do que os encarnados, com 18 e 14 respetivamente. Ambas sofrem metade dos golos de forma organizada, no entanto o Porto sofreu apenas 3 golos de bola parada, contra 4 do Benfica. Um dado curioso: o FC Porto marcou mais de um terço (5) dos golos sofridos pelos encarnados,

Olhos no ataque

Depois de uma visão mais geral sobre a classificação e os golos marcados e sofridos por ambos os clubes, vamos partir para uma análise mais detalhada aos ataques de ambas as equipas, e tentar descobrir, como, quando, onde e quem marca os golos de Porto e Benfica.

Olhando para o gráfico, podemos ver a quantidade de golos marcados por ambos os clubes divididos por intervalos temporais de 15 minutos. O Porto é arrasador na primeira parte, marcando 56% dos seus golos nos primeiros 45 minutos, e 20% (10 golos) nos primeiros 10 minutos, contra apenas 2 golos dos encarnados.

Já o Benfica, gosta de resolver os jogos mais tarde, marcando 65% dos golos na segunda parte, com gosto especial para marcar nos primeiros e últimos 15 minutos do segundo tempo, onde marca mais que o FCP em todos os períodos.

No mapa acima podemos ver todos os golos de ambas as equipas, com as devidas áreas e legenda sobre o tipo de remate que originou cada golo. Existem várias conclusões a retirar deste mapa:

  • O Porto marca mais golos de cabeça (12), algo que está relacionado com o número de golos através de bolas paradas (20).
  • O Benfica marcou apenas um golo de fora da área (Nuno Tavares), mostrando preferência por finalizações dentro da área e em zonas mais centrais (o espaço limitado pela pequena área e pela grande área é conhecido como Golden Zone, e o Benfica marca a maioria dos seus golos nesse espaço).
  • O Porto marcou 18 golos dentro da pequena área (7 de cabeça), contra 15 dos encarnados (apenas 3 de cabeça).

Em termos de assistências, ambas as equipas criaram vários golos já dentro da área, mas ambas também privilegiam o último passe vindo do corredor direito, onde no Porto existe quase sempre Corona e também Marega, e no Benfica Pizzi e André Almeida são muito influentes no último passe.

Outro aspeto visível neste esquema são os passes longos da equipa do FCP, quase sempre vindos do lado direito e a explorar as costas da defesa adversário no lado contrário da bola. Quanto ao Benfica, a diferença de asistências entre o lado esquerdo e o lado direito é tmabém interessante, com mais profundidade no lado direito, chegando várias vezes à linha de fundo para encontrar um dos avançados na zona do segundo poste.

Mais uma vez focando nas asistências, mas desta vez nas diferentes zonas do meio-campo ofensivo através de lances de bola corrida, podemos retirar alguns dados interessantes sobre o momento ofensivo de ambas as equipas:

  • Ruben Dias tem um papel muito importante na ligação com o último terço, contribuindo com 2 das 3 assistências do Benfica em zonas recuadas no corredor direito.
  • Corona e Marega fizeram 9 das 14 assistências do FC Porto no corredor direito.
  • Tal como já foi referido, ambas as equipas com predominância em chegar à linha de fundo através do corredor direito, dependendo muito das suas dinâmicas entre lateral-extremo-interior (em ambas as equipas, o extremo não é um extremo “puro”: Pizzi e Marega/Otávio)

Como destaques individuais, decidimos focar-nos nos jogadores que mais influência têm nos golos de cada equipa. Do lado do Porto, Alex Telles conta com presença em 13 golos (mais de 1/4), contribuindo em peso para os lances de bola parada da equipa, onde se destaca por ser o marcador de grandes penalidades e o batedor de cantos da equipa. Destacou-se também com o seu bom remate, com 3 finalizações de qualidade no lado esquerdo do ataque.

Já no Benfica, Pizzi e Vinicius dividiram os louros pelos golos marcados, marcando quase 56% dos golos dos encarnados, com a curiosidade de apenas um deles ter sido fora da área (Vinicius na visita ao Bessa). Podemos relacionar muitos dos golos de Vinicius dentro da pequena área com os cruzamentos vindos do corredor direito da equipa, sendo o avançado brasileiro um especialista a fugir aos defesas e finalizar no lado contrário da bola para “encostar”.



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