A partir daí, as qualidades de Nagy agradaram ao seleccionador Bernd Storck, que começou a chamar o jovem médio que tinha participado no Mundial de sub-20 na Nova Zelândia de forma frequente. Em setembro de 2015, num jogo de qualificação para o campeonato da Europa disputado na Irlanda do Norte, estreou-se enquanto internacional A. Cerca de um ano e um mês após a estreia na condição de sénior do Ferencváros, o Euro 2016 foi o palco ideal para se exibir, despertando o assédio de vários emblemas dos principais campeonatos europeus. Curiosamente, em 2013, Ádám Nagy disputou a segunda divisão distrital de juniores da AF Santarém ao serviço da equipa da VSI Rio Maior FC, projeto que atraiu vários jovens do “Velho Continente” até ao nosso país.
Ponderação, critério e qualidade na execução. Ádám Nagy é um médio ambidestro que joga preferencialmente com o pé direito, destacando-se, em primeira instância, pela competência nas respetivas ações. Lançado por Bernd Storck em três dos quatro encontros disputados pela seleção húngara no Euro 2016, foi o elemento do setor intermediário com maior taxa de sucesso (90%) a nível do passe – 65% de orientação vertical. No esquema da seleção húngara surgiu como homem mais recuado, apoiado de perto pelos interiores Pintér, Zoltan Gera (ou Elek), aproximando-se da conceção de “6 moderno”, oferecendo qualidade ao jogo húngaro a partir dessa zona do campo e assumindo um papel preponderante em construção, ao baixar no terreno na primeira fase.
A percepção táctica do jogo, bem como a capacidade de leitura do mesmo – é aqui que entra a capacidade de antecipação demonstrada neste Europeu – são duas caraterísticas muito valorizadas no futebol de Nagy. Movimenta-se bem dentro das quatro linhas e sabe perfeitamente quais os terrenos que deve pisar, demonstrando que é um atleta dotado de um ótimo sentido posicional. Com 1,75m, não impressiona pela dimensão física e também não é particularmente agressivo, mas a passada larga fica na retina e confere-lhe capacidade para progredir com a bola rapidamente e em qualidade, embora não costume prestar-se a grandes incursões ofensivas – não tem caraterísticas que o tornem o “motor” de uma equipa. Nota-se que Nagy não é dado a grandes riscos, privilegiando um estilo combinativo, escudado no passe curto – por vezes, o medo de errar fá-lo lateralizar o jogo em demasia. Pratica um futebol simples, mas pauta pela eficácia e contribuiu de forma significativa para o equilíbrio da equipa. Tecnicamente, apresenta qualidade suficiente para jogar ao primeiro toque quando assim se proporcionar, imprimindo fluidez na circulação. Precisa de melhorar do ponto de vista ofensivo caso se queira assumir como um verdadeiro “8”, até porque o seu crescimento enquanto jogador deverá passar por aí.
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