Ajax x Benfica – Resistir até aos quartos
A 2º mão da eliminatória entre o Ajax e o Benfica foi disputada no Johan Cruyff Stadium e culminou na consagração do Benfica com Nelson Veríssimo ao comando.
As equipas apresentarem praticamente os mesmos onzes da primeira mão, à exceção de Onana que substitui o lesionado Pasveer. O Ajax apresentou-se com um 4-2-3-1, que mais parecia um 4-3-3 com Steven Berhuis e Ryan Gravenberch como interiores. Do lado benfiquista, destaque para Gonçalo Ramos que voltou a atuar como terceiro médio atrás de Darwin.
Momento Defensivo do Benfica
Como era de esperar, o Benfica permitiu ao Ajax ter a iniciativa do jogo e procurou manter-se num bloco baixo, com esperanças de criar perigo na transição. Os neerlandeses assumiram o jogo e tiveram muita bola. Forçaram as zonas laterais, principalmente do lado esquerdo, com o posicionamento avançado de Gravenberch.
Nélson Veríssimo procurou combater essa movimentação do jovem médio do Ajax fazendo recuar Taarabt, que muitas vezes fechou como lateral e quinto defesa. No início da 1ª parte o Ajax ainda conseguiu algumas incursões por essa zona com algum sucesso, algo que se esvaiu na segunda parte depois da entrada de Meïté. Sempre que o Ajax conseguia fazer a bola chegar à área, a defesa encarnada, com Otamendi à cabeça controlou sempre bem essa zona e impediu que Haller tivesse oportunidades para rematar.
Antes de avançar, o Benfica teve uma abordagem inteligente ao jogo, a única que dava verdadeiras hipóteses de passar, e conseguiu anular bem o poderio ofensivo dos neerlandeses, que criaram poucas oportunidades claras e se mostraram vários furos abaixo dos jogos da fase de grupos.
Momento Ofensivo do Benfica
Como foi referido, a esperança do Benfica residia na transição, algo que foi praticamente inexistente na primeira parte, resultado de uma reação à perda exímia do Ajax, com destaque Edson Álvarez. Taarabt não foi capaz de dar fluidez à saída de bola do Benfica e registou até algumas perdas de bola (algo mais uma vez abafado por Meïté, que arriscou menos, mas foi mais eficaz), Darwin não teve bolas no espaço para correr e Rafa e Éverton tiveram apagados neste panorama, muito por causa do trabalho defensivo.
O golo da glória nasce de uma situação de bola-parada, que silenciava o estádio sempre que acontecia, num lance onde o guarda-redes Onana não fica nada bem na figura e Darwin mostra mais uma vez ser o grande talismã do Benfica.
Numa eliminatória onde se dava grande favoritismo ao Ajax, o Benfica foi capaz de reverter os papéis, e mesmo sem nunca ter sido muito superior, mostrou-se mais preparado no plano tático e conseguiu o poderio ofensivo dos neerlandeses.
A verdade é que os dois jogos podiam ter tido outros contornos, tivesse o Ajax mais eficácia e lucidez na definição, mas as Águias conseguiram atrasar ao máximo os golos dos holandeses, que na segunda mão nem aconteceu, e acabaram por levar a melhor.
Depois de uma temporada muito conturbada a nível interno, o Benfica com Nelson Veríssimo garante a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões cinco anos depois e dá esperança aos seus adeptos.
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