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Análise ao Besiktas x Rio Ave

Depois de ter eliminado o Borac Banja Luca, da Bósnia, a equipa do Rio Ave voltou a ter de viajar para continuar a sonhar com uma presença na fase de grupos da Liga Europa.

Desta feita, o adversário, era, no plano teórico, uma equipa mais capaz do que os bósnios, ainda que longe do Besiktas de outros tempos e jogando em casa (ainda que sem público nas bancadas), a equipa turca assumia-se como favorita a passar ao play-off de acesso à fase de grupos da LE.

Os comandados de Mário Silva, tentaram desde inicio “pegar” na iniciativa do jogo, e ser fiéis àquilo que são os seus princípios mais vincados: ligar jogo curto a partir de trás (a 3: Filipe Augusto ou Matheus Reis sob a esquerda) e procurar posteriormente conexões pelo corredor central.

Em bloco alto, o Besiktas, procurava condicionar (sobretudo as ações de Felipe Augusto e/ou de Francisco Geraldes) e pressionar esse momento de saída de bola e consequente momento de construção curta, buscando, fundamentalmente, que a linha de construção jogasse por fora ou esticasse jogo na frente.

No entanto, e (já) numa fase de construção-criação do Rio Ave, O Besiktas baixava as suas linhas e organizava-se defensivamente mais atrás: última linha a 5 ou mesmo, momentaneamente, a 6.

Mais agressiva com e sem bola do que a equipa portuguesa (a esta altura do jogo), a formação turca acabou por chegar ao golo ao minuto 15. Um lance que nasce na deficiência numa 1ª pressão alta e forte de forma a condicionar a construção ao adversário: muito espaço para o portador poder pensar, decidir e libertar no corredor lateral.

Numa fase posterior, o espaço é dado no corredor esquerdo: Mané lento a recuperar defensivamente de forma a fechar a largura do seu corredor e a encurtar espaço para o lateral direito (Uysal), e com Matheus Reis metido demasiado dentro da linha de 4, também ele com dificuldade para encurtar espaço para cruzamento.

Desse mesmo cruzamento, e entre os dois centrais (Borevkovic e Aderlan: também eles a chegarem atrasados para marcar na área), surge ao 2º poste, Guven Yalcin, para fazer o 1º golo (de cabeça).

Na 2ª metade, e essencialmente, a partir da entrada de Diego Lopes (aos 69’), e com o resultado em aberto, o Rio Ave ia dando mostras de melhorias, e essas melhorias prendiam-se particularmente com o que foi faltando na 1ª parte: mais agressividade com e sem bola, uma circulação da bola feita de forma mais rápida e fluida (passando pelos 3 corredores e não tanto afunilada ao corredor central) e mais agressividade e intensidade nos duelos e na própria reação à perda.

No último quarto de hora, a equipa de Mário Silva, intensificou ainda mais a pressão/reação em termos defensivos, e ia chegando à frente com maior efetividade e criando algumas oportunidades junta da baliza turca, com maior velocidade e com maior capacidade para explorar (também) os corredores laterais (já com Meshino em campo: maior e melhor dinâmica ofensiva).

Até que, ao minuto 85’, Bruno Moreira, correspondeu de cabeça a um bom cruzamento de Mané no corredor direito, levando assim o jogo para prolongamento: Espaço inicial para Aderlan progredir, Meshino a arrastar marcação direta e a criar indefinição ao ala e ao próprio lateral direito do Besiktas.

Matheus Reis bem posicionado em largura e com Diego Lopes a abrir espaço interior aquando do seu movimento de dentro para fora em arrastamento.

Meshino recebe posteriormente o passe de Matheus Reis, no espaço gerado por ele e por Diego Lopes (arrastações), entra em associação no corredor central (atrair por dentro) com Bruno Moreira e Francisco Geraldes, com este último a libertar rapidamente fora em Mané, que bem posicionado em largura executa um cruzamento bem medido para uma boa entrada de cabeça ao 1º poste por parte de Bruno Moreira.

No prolongamento, o Rio Ave poderia mesmo ter sentenciado a eliminatória, contudo, foi preciso recorrer às grandes penalidades para se encontrar o vencedor: aqui a formação portuguesa foi mais competente tanto a marcar (4 penaltis convertidos em golo) como a defender (Kieszek defendeu uma g.p.) e carimbou (2-4 após g.p.) o passaporte para o derradeiro jogo – play-off – de acesso à fase de grupos da Liga Europa.

Agora, venha de lá o AC Milan!



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