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Andreas Schjelderup: Benfica volta a pescar na Noruega

Tem sido notícia de destaque nos últimos dias um acordo muito próximo de ser fechado entre o SL Benfica e o Nordsjælland da Superliga dinamarquesa, pela contratação do jovem extremo norueguês de 18 anos, Andreas Schjelderup.

Nestas mesmas notícias o valor noticiado do possível negócio ronda os 10 milhões de euros, acrescentando mais 5 por determinados objetivos. É claramente um valor avultado e anormal para um clube português gastar num jogador tão jovem. Valerá Andreas esse investimento? Na nossa opinião, sem dúvida. Explicamos em baixo porquê:

Momento Defensivo

Como todos os extremos, o jovem norueguês destaca-se pelo que faz com bola, porém o momento sem bola é cada vez mais importante no futebol, ainda mais em equipas que tenham na sua pressão um dos momentos chave da sua ideia de jogo – como o Benfica de Roger Schmidt.

Neste momento do jogo, Andreas Schjelderup é um jogador que parece ter um ‘mindset’ correto e aliado às ideias do treinador alemão, especialmente na intensidade como reage à perda da bola e pressiona a construção adversária.

Contudo, terá de melhorar no apoio defensivo ao lateral e no poder de choque de forma a ganhar mais duelos (apenas 40% ganhos nesta época).

Momento ofensivo

É claramente com bola que este jogador levanta estádios e atrai a atenção dos tubarões europeus. As suas principais características recaem na aceleração com bola, capacidade de drible desconcertante, facilidade e qualidade no último passe e remate e a versatilidade que apresenta em campo.

É um jogador que desempenha com competência as três posições do ataque atrás do ponta de lança, mas é a partir da esquerda que desequilibra com maior facilidade. Recebendo aberto ou mais por dentro, tenta acelerar de imediato o jogo ao receber e apostar no 1vs1 e posteriormente no remate. Caso não consiga efetuar essa rotação, tem a capacidade de ler o jogo de forma correta e associar-se e servir os seus colegas de forma eficaz.

Apresenta um perfil criativo e irreverente. Algo que os encarnados só encontram semelhança em Neres no plantel atual.

Aspetos a evoluir

Como os seus 18 anos indicam, está longe de ser um jogador “feito” e ainda comete muitos erros que levam a uma instabilidade ocasional na qualidade das suas exibições. Ainda se apresenta um pouco imaturo na forma como lê o jogo de frente para a baliza adversária, o que o leva a decidir várias vezes de forma errada.

Estes erros acontecem geralmente no mesmo tipo de lances: exagera na forma como explora o drible a partir da esquerda para dentro e baixa a cabeça demasiadas vezes em zonas de criação, faltando-lhe bastante a capacidade de “scanning” depois de receber a bola. Teoricamente, são todos aspetos que podem ser facilmente evoluídos e trabalhados no contexto que irá encontrar, caso se consuma a sua transferência para as ‘águias’.

Concluindo, é um jogador que demonstra um potencial tremendo e é uma oportunidade de negócio para o clube da Luz que provavelmente não será possível no verão. Caso se confirme a contratação de Andreas Schjelderup, a equipa técnica de Roger Schmidt contará com uma solução muito benéfica para as alas a partir do banco, o que tem sido um problema nesta primeira metade de época.

Melhores Momentos



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