Manteve-se no clube até 2015, ano em que se transferiu para o FK Dnipro, clube que vinha de uma presença na final da Liga Europa da época transata (derrota por 2-3 com o Sevilla FC). A enorme crise económica, política e social vivida na Ucrânia desde 2014, com a situação da anexação unilateral da Crimeia por parte da Rússia e consequente guerra civil nas províncias de Donetsk e Luhansk, afetou particularmente o Dnipro que se viu punido pela UEFA, durante a época 2015/2016, com a suspensão das provas europeias num período de 3 épocas, por incumprimento das regras do fair-play financeiro.
Na época 2016/2017, 24 pontos foram retirados ao clube durante a temporada que culminou com a queda (forçada) do clube para o 3º escalão nacional. Lunin teve a sua oportunidade com a massiva saída de jogadores e não a desaproveitou. Estreou-se apenas com 17 anos, a 16 de Outubro de 2016 contra o FK Karpaty Lviv e não mais largou a baliza. Em 25 partidas com a camisola do Dnipro, não sofreu golos em 10. Sem os 24 pontos retirados, o Dnipro ter-se-ia mantido no 1º escalão do futebol ucraniano e até teria disputado o apuramento para as competições europeias.
O FK Zorya Luhansk aproveitou a queda do Dnipro para contratar Lunin. Titular indiscutível do clube, que hoje joga em Zaporizhia devido à já referida guerra civil, o jovem ucraniano continua a demonstrar, semana após semana, qualidade acima da média. A exibição em Bilbau frente ao Athletic Club onde manteve a baliza a zeros, alertou muitos clubes espanhóis para o talento que ali estava, incluindo os vizinhos do Athletic, a Real Sociedad, que estiveram muito perto de contratar Lunin em Janeiro deste ano.
Dono de uma estampa física assinalável, Lunin é um guarda-redes muito ágil. É bastante rápido a reagir às situações que se lhe deparam, à qual se junta a já mencionada agilidade, fazendo regularmente defesas espetaculares, seja com os pés, seja com as mãos. Também por isso, o jovem ucraniano é um guarda-redes muito competente no controlo de profundidade, atuando muitas vezes como um guarda-redes líbero limpando bolas em profundidade que caem no espaço entre ele e a linha defensiva. Tem um jogo de pés bastante interessante, sendo regularmente solicitado pelos seus colegas.
A maior falha que possui diz respeito ao posicionamento. Muitas vezes cola-se demasiado a um dos postes, não conseguindo cobrir a baliza na sua totalidade, acabando por sofrer alguns golos evitáveis. Sendo forte pelo ar, ao ter deficiências no posicionamento, Lunin comete também alguns erros dispensáveis. O excesso de confiança no jogo de pés é outro ponto a corrigir, pois ao manter a bola demasiado tempo nos pés, o risco de errar aumenta exponencialmente.
Recentemente internacional A pelo seu país, Andriy Lunin deverá continuar a sua caminhada fora da Ucrânia. Os interessados são muitos. O clube escolhido terá de limar as arestas do seu jogo e polir o diamante que lhes caiu nas mãos.
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