19 de Agosto, dia de início da LaLiga. Um dos melhores campeonatos do mundo, onde existem exemplos de que o dinheiro não é o factor principal para formar equipas competitivas e com ideias atraentes que são capazes de prender os apaixonados pela beleza do desporto-rei ao sofá.
Os principais favoritos serão os do costume: Barcelona e Real Madrid.
Os culés sofreram uma grande perda no seu plantel: Dani Alves, um dos melhores laterais direitos do futebol actual e um dos jogadores mais importantes na história recente da equipa blaugrana. Não se pode dizer que tenha sido substituído de forma directa, havendo Aleix Vidal e Sergi Roberto para desempenhar a essa função, sendo que o último parece partir em vantagem relativamente ao ex-Sevilla. Para a defesa, as entradas foram Lucas Digne, que fará sombra a Jordi Alba, e Samuel Umtiti, que deverá fazer o papel que recaia em Vermaelen quando o belga estava disponível. Para além do belga que foi para sul, em direcção a Roma, também Adriano abandonou a equipa catalã.
No meio-campo registaram-se às entradas de Denis Suárez e André Gomes, que permitem subir a competitividade do sector nuclear do Barça, aumentando ainda a profundidade do mesmo. No entanto, subsistem dúvidas sobre a interpretação que estes jogadores podem efectuar das posições que iram ocupar, dando ao jogo características ainda mais diferentes daquele Barcelona que muita gente considera como a melhor equipa da história.
No ataque não houve alterações, o tridente MSN continua de pedra e cal, com vários jogadores a poder servir de alternativa, como Arda Turan, Denis Suárez ou até Rafinha, embora tenham um perfil distinto dos habituais titulares. Munir poderá ser uma outra alternativa, caso não saia do plantel, como vem sendo afirmado de forma insistente na imprensa.
Se Munir pode sair, Claudio Bravo, titular na Liga e um dos melhores guarda-redes da actualidade, estará de partida para Manchester, cabendo a Ter Stegen a substituição do chileno, isto caso consiga confirmar todo o seu potencial de forma constante, algo que vai falhando no jovem alemão. Para substituir o sul-americano, fala-se em Diego Alves, que não deverá vir sozinho de Valência, especulando-se que Paco Alcácer poderá integrar o plantel.
É muita a qualidade que Luis Enrique tem em mãos.
Já os merengues, que partem para a 1ª época onde Zinedine Zidane pôde escolher os seus homens, não sofreram grandes mutações no seu plantel, entrando o canterano Morata, elemento que promete dar muita a luta a Benzema para o posto de ponta-de-lança, embora aporte à equipa diferentes características, sendo um jogador mais explosivo e de aproveitamento de espaços nas costas da defensiva do que de toque e de associação como o francês.
Registam-se mais duas entradas, regressos de empréstimo: Fábio Coentrão, que está lesionado e, por essa razão, não deverá ser opção numa fase inicial da temporada, embora não seja crível que venha a fazer grande sombra ao brasileiro Marcelo e o talentoso Marco Asensio, jovem extremo com um pé esquerdo muito acima da média, aliado a boas capacidade condicionais e cognitivas, que promete ser uma opção válida para mexer com o jogo e para substituir os elementos das alas da frente de ataque quando o calendário der sinais de aperto. A nível das saídas, o patinho feio Alvaro Arbeloa abandonou o clube. Contudo, dado o regresso de Coentrão para ser opção à esquerda, visto que Danilo e Carvajal são opções de qualidade para a ala direita, há Nacho para fazer qualquer uma das laterais e ainda o jovem Hakimi da equipa B, só num cenário de calamidade é que o experiente espanhol teria muitos minutos.
Aquilo que se espera deste Real é perceber se a abordagem do treinador francês se vai manter, procurando a segurança defensiva em primeiro lugar, dando liberdade aos homens da frente para criar situações de finalização de forma mais ou menos linear, ou se vai dotar de maior organização os movimentos ofensivos da equipa, tornando-os mais colectivos e menos dependentes da inspiração individual. Pela amostra, a ideia parece que se vai manter.
Como principal outsider ao título: Atlético Madrid.
Os rojiblancos viram o seu plantel receber algumas entradas que visam dotar o plantel de mais soluções. Vrsaljko que irá ser opção para ambas laterais defensivas, fazendo o papel do Jesús Gamez que partiu para Inglaterra, embora seja um jogador com maior qualidade e que garante outras soluções no momento ofensivo.
Para o meio campo ofensivo entrou Gaitán, jogador que deverá ser outro dos jokers que Simeone terá na manga. Apesar de ter evoluído muito em termos defensivos no Benfica, o argentino continua a ter momentos em que se desliga dessas funções e no modelo de jogo do Atlético isso poderá significar o seu detrimento em favor de jogadores com um perfil menos criativo e com maior qualidade no momento defensivo. Contudo, para o momento ofensivo, será um upgrade em termos de criatividade, algo que, por vezes, parece faltar ao ataque colchonero. Em adição, é um jogador que foi habituado a jogar em vertigem no momento ofensivo, algo que é muito utilizado pela equipa de Simeone, nas transições ofensivas e nos ataques rápidos.
Para o ataque entrou Kevin Gameiro, uma opção que se insere muito bem nos ideais do técnico argentino: bom finalizador, mas acima de tudo um lutador nato que não deixa as defensivas contrárias terem descanso e um jogador veloz e que gosta de atacar a profundidade. Promete ser uma solução para a dupla de ataque completando o leque de 4 homens que aí jogam com Griezmann, Torres e Correa.
Quanto às saídas, para além do já citado Gamez, os argentinos Kraneviter e Vietto rumaram a sul, até Sevilla, à procura de mais minutos de jogo e de continuarem a amadurecer o seu jogo. Fala-se ainda da saída de Oliver Torres, jogador de muita qualidade, mas que não parece fazer parte dos planos de Diego Simeone.
Luta pelos restantes lugares europeus: Villarreal, Sevilla, Athletic Bilbao, Celta, Málaga.
O submarino amarelo sofreu um duro revés antes do início da época. Marcelino Garcia Toral, um dos melhores técnicos espanhóis e aquele que devolveu a equipa de Castellón às competições europeias depois de uma descida surpreendente. Assente no seu 1-4-4-2, com um comportamento zonal muito interessante em termos defensivos, e uma dupla de avançados com movimentos simples, mas muito complementares e eficazes, a equipa prometia fazer nova campanha positiva entre os maiores de Espanha, mas problemas entre jogadores, treinador e direcção precipitaram a saída do treinador que se estreou no Sporting Gijón.
Para o seu lugar entrou Fran Escribá, ex-técnico do Elche e Getafe, que começou com o pé esquerdo, perdendo na 1ª mão do play-off da Champions League em casa. Veremos que alterações irá introduzir e se conseguirá manter a bitola alta em termos de objectivos.
O plantel sofreu algumas mudanças. Nas saídas, destaque para aquele que foi o maior desequilibrador da equipa na época passada, Denis Suárez, e para o central Eric Bailly, jogador muito utilizado quer como central, quer como lateral direito. Saíram ainda outros elementos que foram bastante utilizados na época passada: o extremo Samu García, o médio defensivo Tomás Pina, o ponta-de-lança Leo Baptistão, o guarda-redes Aréola, e o avançado Adrián López.
Quanto às entradas, também foram várias. Destaque para os italianos Roberto Soriano e Nicola Sansone, médio e avançado, respectivamente, que prometem dar qualidade ao plantel, o regresso de Cheryshev para, julgamos nós, tentar substituir Denis Suárez, Alfred N’Diaye, médio defensivo que também pode jogar a central, Alexandre Pato, ponta-de-lança brasileiro que regressa à Europa, Rafael Santos Borré que poderá aproveitar as lesões de Bakambu e de Soldado para mostrar à casa mãe os atributos que fizeram o jovem colombiano atravessar o Atlântico.
O Sevilla é, provavelmente, uma das equipas que mais expectativa está a gerar nos amantes do desporto-rei. Com novo treinador, Jorge Sampaoli, discípulo de Bielsa e que nos últimos anos anda beber da filosofia de Pep Guardiola, rodeando-se de homens que o conhecem bem como Juanma Lillo, antigo treinador em La Masía, o berço do futebol blaugrana. A tarefa não se avizinha fácil. O argentino substitui Unai Emery, vencedor de 3 Ligas Europas consecutivas, que transformou o Sanchez Pijuan num dos campos complicados da Europa. Mas, se há algo a favor do antigo técnico do Chile, é a forma atractiva como tenta que as suas equipas joguem, contrastando com a postura mais expectante das equipas de Emery, e essa será a arma que poderá conquistar os adeptos sevilhanos.
Para tal, ocorreu uma revolução no plantel, tendo em conta a mudança de paradigma que se verifica na Andaluzia. Nas saídas, destaque para: Krychowiak, um dos médios defensivos que mais cartel ganhou nas últimas duas épocas e Kevin Gameiro, o goleador do Sevilha na época transacta, aproveitando a saída de Bacca para se afirmar na equipa sevilhana.
As entradas são muitas e os principais destaques são: Ben Yedder, avançado franco-tunisino que depois de algumas épocas em Toulouse a carregar a equipa do sul de França com golos, assistências e outros pormaiores, chega a um palco maior para testar as suas capacidades, Hiroshi Kiyotake, criativo japonês proveniente do Hannover, que promete exibir a sua qualidade de passe, criatividade e capacidade de definição, e Franco Vazquez, que depois de anos a espalhar qualidade na Sicília, finalmente rumou a um palco mais consentâneo com a qualidade do seu pé esquerdo.
A equipa de Bilbau, a praia dos nacionalistas por excelência, continua a ser comandada por Ernesto Valverde e quase não sofreu alterações no plantel. Tendo em conta a política seguida pelo clube basco, não é fácil contratar jogadores que sejam mais-valias claras e não é um clube que tenha necessidade de vender, sendo, até, bastante ferozes e agressivos nessas circunstâncias, conseguindo arrecadar bastante dinheiro. E, valha a verdade, não são uma equipa que tenha muitas limitações, apresentando uma equipa com soluções para as mais diversas posições e com um futebol agradável que lhes permite quase sempre bons resultados. A estrutura táctica será para manter, com a equipa a jogar no já tradicional 1-4-2-3-1, com a defesa a estar assente na qualidade de Laporte e de Marcos, um meio campo com qualidade reconhecida, apresentando Mikel San José, Beñat, Mikel Rico, Raúl Garcia ou Iturraspe, tendo no ataque a irreverência de Iñaki Williams, Iker Muniain, ou Susaeta e a frieza e capacidade goleadora de Aritz Aduriz, aquele que foi a figura da equipa na temporada passada.
A equipa de Vigo, treinada por Eduardo Berizzo – talvez o seguidor mais acérrimo das ideias de Marcelo Bielsa, inclusivamente na defesa individual que preconiza para as suas equipas. A equipa dos Balaídos viu sair uma das suas estrelas, Nolito, mas essa foi a única baixa de relevo da equipa galega. Para o seu lugar entrou o dinamarquês de origem africana, Pione Sisto, além de terem contratado dois extremos que deram nas vistas na Liga Adelante na temporada anterior: José Naranjo e Álvaro Lemos. Facundo Roncaglia, defesa argentino, também foi contratado.
A proposta da equipa deverá ser a mesma: tentar explorar os três corredores do ataque com um futebol agressivo e veloz para desmontar as equipas adversárias, com quase toda a equipa a envolver-se nas manobras ofensivas e a nível defensivo correr, correr e correr até conseguir recuperar a bola. O sistema táctico deverá manter no 1-4-3-3 ou 1-4-2-3-1.
A equipa malaguenha conta com um novo treinador depois da saída de Javi Gracia para a Rússia. Juande Ramos, técnico que efectuou excelentes trabalhos em Sevilha e no Dnipro, mas que não teve tempo para provar as suas qualidades em clubes como o Real Madrid ou Tottenham, regressa a Espanha para pegar numa equipa que promete entusiasmar os adeptos, tendo em conta o histórico do treinador que iniciou a sua carreira no Elche.
O plantel foi alvo de várias mexidas. Nas saídas, os destaques para Raúl Albentosa e Duje Cop que terminaram o seu período de empréstimo, jogadores bastante utilizados na época passada.
Quanto às entradas, destaque para Sandro Ramírez, avançado ex-Barcelona que procura agora confirmar o potencial que se lhe adivinha; Keko, extremo proveniente do Eibar e um dos bons jogadores da equipa basca na temporada transacta; Bakary Koné, central ex-Lyon, que tentará suprir a vaga deixada em aberto pela saída de Albentosa, mas que terá de vencer a oposição de Diego Llorente, central que esteve no Rayo na época passada e ainda Jony Rodriguez, extremo esquerdo, ex-Sporting Gijón.
Equipas que podem oscilar entre a luta pelos lugares europeus ou um campeonato tranquilo: Real Sociedad, Bétis, Las Palmas, Valencia e Espanyol.
A equipa de San Sebastian é aquela que das pertencentes a este grupo poderá frustrar mais expectativas, na medida em que o seu comportamento padrão é a irregularidade exibicional e de resultados. Com Eusébio Sacristán ao leme e o seu 1-4-3-3 para manter, o plantel sofreu poucas alterações. Nas saídas, destaque para os conhecidos Diego Reyes e Bruma que terminaram os seus empréstimos e regressaram aos clubes dos detentores dos seus passes e do ponta-de-lança Jonathas que marcou vários golos na temporada transacta.
Quanto a entradas, registo para as incorporações de Willian José após uma boa temporada ao serviço do Las Palmas e de Juanmi, após uma passagem falhada por Inglaterra. Quanto à época, curiosidade para perceber se o canterano Mikel Oyarzabal conseguirá dar continuidade ao excelente final de época que efectuou e se conseguirá carregar a equipa às costas com a ajuda de Carlos Vela, Illaramendi ou Xabi Prieto.
O Bétis procura subir de patamar esta época, fazendo fé na política de contratações do clube sevilhano e contrataram um novo treinador, o uruguaio Gustavo Poyet, que tem experiência em Inglaterra e vem de uma passagem pela Grécia.
Até ao momento entraram: Sanabria, avançado que fez uma boa época em Gijón no ano passado; Mandi, central vindo do Reims que há duas épocas é falado para clubes superiores; Felipe Gutiérrez, médio, ex-Twente, que procura a melhor forma após uma lesão grave, mas tem muita qualidade; Jonas Martin, médio centro, ex-Montpellier, que era um dos esteios da formação francesa; Durmisi, jovem lateral esquerdo dinamarquês, que promete ser uma agradável surpresa ou o ponta-de-lança ucraniano Zozulya.
Nas saídas, o destaque vai para N’Diaye, um dos jogadores mais utilizados passada época.
O plantel dá garantias e mostra qualidade em vários sectores: Durmisi, Mandi, Bruno González, Pezzella, Piccini dão garantias no sector defensivo, o meio-campo é forte com as adições referidas a juntarem-se a Ceballos, Musonda ou Petros e no ataque, Sanabria junta-se a Rúben Castro, naquela que poderá ser uma parelha interessante, seja com ambos na frente ou com o paraguaio a partir de uma ala, havendo ainda Zozulya como solução.
Las Palmas, a equipa das Canárias foi aquela que mais surpreendeu na época passada, praticando um futebol de qualidade, muito fluido e espectacular, mesmo apresentando um plantel claramente inferior à maioria das equipas.
Para este ano, a ideia mantém-se a mesma, praticar bom futebol, assegurar a manutenção e, este já é um palpite nosso, poder intrometer-se na luta por algo mais, embora seja complicado.
O plantel sofreu algumas saídas com claro destaque para Willian José, o melhor marcador da equipa e o ponta-de-lança titular e ainda Wakaso e Javier Garrido, jogadores que foram soluções válidas e importantes em alguns pontos da época também deixaram o plantel, assim como principal símbolo do clube, Juan Carlos Valerón.
Nas entradas, houve equilíbrio na forma como se atacou o mercado. Lemos, central que esteve emprestado na época transacta e que assumiu a posição na 2ª volta da época, foi adquirido em definitivo, Kevin Prince Boateng foi adquirido para o lugar de Wakaso, Hélder Lopes foi adquirido para a posição de Javier Garrido e Mario Livaja tentará fazer esquecer Willian José, embora Sergio Araujo possa levar a melhor, inicialmente. Mateo Garcia, médio argentino de 19 anos e Michel, lateral direito, também foram adquiridos.
Veremos se Quique Sétien consegue espantar ainda mais pessoas que na época anterior.
O Valencia é, talvez, a maior incógnita do campeonato. Adquirido há duas épocas pelo magnata Peter Lim, parece ter perdido o rumo e a ambição de se intrometer na luta pelos primeiros postos do campeonato.
Com Pako Ayestarán ao comando neste início de época, o plantel, bastante alterado, ainda não está definido, existindo notícias que colocam Paco Alcácer e Diego Alves na rota do Barcelona, Mustafi a caminho do Arsenal e jovens como Munir e Sergi Samper a caminho de Valencia.
Até ao momento, nomes como: André Gomes, Javi Fuego, Feghouli, Piatti e Negredo, Siqueira ou Danilo já abandonaram o plantel.
Nas entradas, registam-se Nani, os médios Álvaro Medran e Mario Suárez e o lateral Martin Montoya.
Sendo certo que pode ser apresentado um 11 como Mat Ryan ou Domenech para baliza, Cancelo, Abdennour, Vezo e Gayá na defesa, Parejo, Mario Suárez e Enzo Pérez no meio campo com Nani, Rodrigo e Santi Mina para o ataque, as soluções são curtas e as expectativas não podem ser altas.
O Espanyol é outro clube que promete fazer um campeonato mais tranquilo, ou pelo menos, as indicações da administração passam por aí, tendo em conta o investimento que tem sido feito para esta época.
No banco sentar-se-á Quique Flores, ex-Watford e que em Espanha já treinou clubes como o Valencia e o Atletico Madrid.
Ao nível do plantel, várias são as incorporações e de jogadores com alguma experiência: José Antonio Reyes, José Manuel Jurado, Roberto Jímenez, Martin Demíchellis, Javi Fuego ou Pablo Piatti.
Nas saídas, nomes como Marco Asensio, Enzo Roco, Burgui saíram do plantel, após o término dos seus empéstimos.
Quique Flores é adepto do 1-4-4-2 e deverá ser o sistema a utilizar, com a postura expectável da equipa a ser o calculismo, com as linhas mais recuadas e pouco interesse em assumir o jogo.
As equipas que vão lutar pela manutenção e que tentarão ter campeonato tranquilo: Deportivo, Eibar, Granada e Sporting Gijón.
A equipa da Corunha, agora treinada por Gaizka Garitano, que fez promoveu o Eibar à 1ª Liga, tem por objectivo garantir a manutenção mais cedo e não estar numa zona perigosa como no ano passado, apesar do perigo ter sido algo relativo.
Quanto à composição do plantel, registaram-se algumas alterações: Oriol Riera, ponta-de-lança; Cani, médio ofensivo; Fede Cartabria, extremo direito; Luís Alberto, médio ofensivo ou extremo, quase todos com uma utilização regular na equipa da época transacta.
As entradas também são numerosas e os destaques são os seguintes: Marlos Moreno, avançado colombiano; Carles Gil, extremo direito espanhol; Raúl Albentosa, central que vem do Málaga; Andone, ponta-de-lança romeno que fez uma boa época no Córdoba.
O sistema táctico deverá ser o mesmo utilizado no ano passado pelo técnico Víctor Sánchez, (1-4-2-3-1), que partiu para o Olympiacos e já foi demitido, entretanto. De qualquer forma, o ataque da equipa com o Carles Gil e principalmente Lucas Pérez e Marlos Moreno promete criar problemas às defesas adversárias.
Eibar. A equipa basca, a equipa com menores recursos económicos das últimas épocas e cuja história de solidariedade para a inscrição no campeonato foi muito noticiada um pouco por todo o mundo, parte para a 3ª época no escalão maior, com o técnico José Luís Mendilibar a continuar no comando da equipa.
Quanto ao plantel, salta à vista a falta do goleador da época passada, Borja Bastón, que partiu para Inglaterra. Keko, extremo direito bastante utilizado; Saúl Berjón, extremo esquerdo e Aleksandar Pantic, defesa central, também abandonaram o clube.
A nível de entradas, o destaque vai para Bebé, extremo português; Yoel Rodriguez, guarda-redes que se revelou há 4 épocas atrás em Vigo; Pedro León, extremo direito ex-Getafe; Florian Lejeune, central francês que pertencia ao City, e Alejandro Gálvez, central que pertencia ao Werder Bremen.
Com a saída de Bastón, é expectável que a equipa passe a jogar mais em 1-4-2-3-1, deixando o 1-4-4-2 que era usado várias vezes na época passada para associar Enrich e Bastón no mesmo 11.
O Granada, equipa do sul de Espanha é, talvez, outra que deverá ter vários olhos atentos ao seu desempenho, não fosse o treinador, o atrevido Paco Jémez, o homem que coloca as suas equipas da mesma forma seja num jogo contra uma equipa amadora ou em Camp Nou.
O plantel teve diversas alterações, das quais se podem destacar as seguintes: Andrés Fernandez, guarda-redes que pertence ao Porto, que foi o atleta mais utilizado no campeonato passado; Biraghi, lateral esquerdo titular que pertence ao Inter; El Arabi, o ponta-de-lança titular e um dos melhores marcadores; Rochina, um dos extremos mais desequilibradores; Rúben Pérez, o médio mais utilizado; Sucess Isaac, outro dos quebra-cabeças dos flancos; Babin, um dos centrais titulares; Miguel Lopes, o lateral direito mais utilizado e Peñaranda, outra das soluções para os flancos. Ou seja, dos 10 jogadores mais utilizados, só 1 se mantém na equipa.
Para compensar a razia no plantel, foram adicionados os seguintes jogadores: Uche Agbo, central/médio da equipa B; Gabriel Silva, lateral esquerdo, ex-Udinese; Gastón Silva, defesa ex-Torino; Angban e Boga, médio defensivo e extremo pertencentes ao Chelsea; Ponce, ponta-de-lança emprestado pela Roma; Ochoa, guarda-redes emprestado pelo Málaga; Jon Toral, médio ofensivo emprestado pelo Arsenal; Tito, lateral direito, ex-Rayo; Saunier, central, ex-Troyes e Angulo, ponta-de-lança equatoriano, ex-Independiente del Valle.
O estilo de jogo promete ser o entusiasmante jogo de Jémez, muitas linhas de passe, muito ataque, muitos remates, muita pressão em meio contrário e muitos erros defensivos, porque como Paco diz, o ataque é que importa.
O Sporting Gijón, uma das equipas que se salvou nas últimas jornadas, treinado pelo antigo central do Barcelona, Aberlado, uma equipa que praticou um futebol positivo e que viu muitos jogos serem perdidos por ter pouco acerto na finalização.
Para esta época, nomes como Halilovic, Sanabria, Luís Hernández, central e jogador mais utilizado na época anterior; Jony Rodriguez, extremo esquerdo titular; Omar Mascarell, médio defensivo bastante utilizado; Bernardo Espinosa, central regularmente utilizado, abandonaram o clube.
Registam-se as seguintes entradas: Diego Mariño, guarda-redes, ex-Levante; Amorebieta, defesa central, ex-Fulham; Babin, defesa central, ex-Granada; Xavi Torres, médio defensivo, ex-Bétis; Moi Gómez, extremo esquerdo, ex- Getafe; Burgui, extremo esquerdo, ex-Espanyol; Afif, ponta-de-lança, ex-Villarreal e Cop, ponta-de-lança, ex-Málaga.
O modelo de jogo deverá manter-se o mesmo, embora deva ter algumas adaptações, tendo em conta as características dos jogadores que entraram que não são iguais às dos jogadores que saíram. No entanto, a paixão de Abelardo e dos apoiantes de Gijón é algo imperdível.
Os clubes que garantiram a promoção e que tentarão salvar-se da descida: Alavés, Leganés e Osasuna.
O Alavés é mais clube basco a estar na LaLiga. Depois de ter vencido a Liga Adelante, a equipa trocou o técnico Javier Bardalás por Mauricio Pellegrino, antigo central que actuou no Valencia, sendo que o objectivo será a manutenção e a médio/longo prazo, tentando fazer lembrar a equipa que chegou a uma final de Taça UEFA.
Quanto ao plantel houve algumas saídas importantes: Sergio Mora, experiente médio centro; Juli, avançado experiente; Facundo Guichón, extremo esquerdo; Javier Carpio, lateral direito; Sergio Pellegrín e Dani Pacheco, avançado formado no Liverpool. Gaizka Garitano, Kiko Femenía e Dani Abalo, ex-Beira-Mar, são alguns dos jogadores mais conhecidos do plantel que foi campeão no anos passado.
Relativamente a entradas, as mais sonantes são: Daniel Torres, médio defensivo internacional colombiano; Deyverson, ponta-de-lança emprestado pelo Levante; Alexis Ruano, central espanhol proveniente do Besiktas; Víctor Camarasa, médio defensivo emprestado pelo Levante; Christian Santos, ponta-de-lança proveniente do NEC; Ibai Gómez, extremo esquerdo, ex- Athletic Bilbao; Cristian Espinoza, extremo direito emprestado pelo Villarreal; Theo Hernández, defesa esquerdo emprestado pelo Atlético Madrid; Manu García, médio ofensivo emprestado pelo City.
O Leganés, clube que vem substituir o Rayo e o Getafe como clubes dos arredores de Madrid, também pretende atingir a manutenção e será esse objectivo que vai guiar Asier Garitano, basco que teve um percurso discreto enquanto jogador e que tem feito o seu percurso nos escalões inferiores.
O plantel da época passada perdeu: Borja Lázaro, ponta-de-lança, e Ruben Peña, extremo direito. Gabriel, um dos melhores jogadores da época passada, médio ofensivo brasileiro que pertencia a Juventus, foi contratado em definitivo.
Reforçaram-se com: Diego Rico, lateral esquerdo, ex-Zaragoza; Carl Medjani, central, ex-Levante; Adrian Marín, promissor lateral esquerdo emprestado pelo Villarreal; Rúben Pérez, médio centro, ex-Granada; Unai López, promissor médio ofensivo emprestado pelo Athletic Bilbao; Darwin Machís, avançado emprestado pelo Granada e Brignoli, guarda-redes emprestado pela Juventus.
Se por um lado, o plantel perdeu poucas unidades, o que pode indicar que os jogadores estão mais identificados com as ideias do treinador, também é verdade que a LaLiga é muito competitiva e o conhecimento das ideias do treinador e dos colegas poderá não ser suficiente para garantir a manutenção.
O Osasuna regressa à Liga após bater o Girona na final do play-off de subida da Liga Adelante. O clube da região de Navarra, treinada por Enrique Martín, há 8 anos ininterruptos na equipa de Pamplona, e que dispõe a sua equipa habitualmente num 1-5-3-2.
A equipa viu sair a sua mais recente pérolo, Mikel Merino, médio; o experiente avançado Nino; e o extremo esquerdo Matej Pucko. Miguel Flaño, Miguel de las Cuevas e Roberto Torres são jogadores que vêm do plantel da época anterior e que já têm experiência de 1ª Divisão.
As entradas foram: Fran Mérida, médio que já passou por Portugal; Goran Causic, médio do Eskisehirspor, Fuentes, lateral esquerdo do Espanyol; Fausto, médio centro, vindo do Nastic; Carlos Clerc, lateral esquerdo, ex-Espanyol; Jaime Romero, extremo direito proveniente da Udinese e Oriol Riera, ponta-de-lança emprestado pelo Depor.
À semelhança do Leganés, é a equipa que deverá lutar mais para evitar a descida de divisão.
A festa começou, agora é apreciar![:]
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