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A temporada 2019/2020 ainda nem acabou, mas as equipas já começam a organizarem-se para a próxima época. Os rumores do mercado de transferências aumentam e algumas contratações começam a ser oficializadas, como a “troca” entre Barcelona e Juventus: Arthur indo para Turim por 72 milhões de euros (mais 10 em variáveis) enquanto Miralem Pjanić vai para a Catalunha por 60 milhões de euros (mais 5 em variáveis). Dois jogadores com características de controle a partir do meio-campo, mas com contextos de desenvolvimento e fases de carreira muito diferentes. Enquanto o brasileiro de 23 anos ainda estava adaptando-se ao modelo de jogo do Barcelona, o bósnio de 30 anos já estava consolidado na titularidade da vecchia signora desde que chegou ao clube em 2016. Com particularidades a serem levadas em conta, ambos atletas chegam como apostas interessantes para ambientes distintos de jogo, mas com exigência semelhante no alto rendimento e na cobrança por resultados. 

Arthur em Itália 

O médio campeão da Libertadores pelo Grêmio sob o comando de Renato Portaluppi viveu cenários díspares no que se refere a modelos de jogo desde sua profissionalização. No Brasil, consolidou-se atuando em uma dupla de médios-defensivos, tendo liberdades com bola garantidas no 4-2-3-1 da equipe gremista, adicionando qualidade e fluidez na saída de bola, conectando setores por meio de movimentações próprias e facilitando o estabelecimento e manutenção do conjunto em campo ofensivo. Ao chegar na Europa, deparou-se com uma estrutura voltada à racionalização dos espaços e setorização ofensiva, tendo de jogar afastado do setor da bola grande parte do tempo. Embora tenha apresentado uma evolução em termos ofensivos ao atuar adiantado como interior, muitas vezes em zonas entrelinhas, seu desenvolvimento acabou sendo interrompido pela venda à Juventus.  

Segundo o StatsBomb, a média de dribles de Arthur era a 3ª mais regular entre os meio-campistas centrais da La Liga, enquanto liderava os índices de progressões com bola na competição entre os jogadores de sua posição.  

Na Itália, Arthur poderá encontrar uma equipa mais maleável dentro do sistema de Maurizio Sarri. Nunca tendo atuado como pivote único, fica a dúvida se será testado nesse posicionamento ou se jogará como interior de posse, podendo variar alturas no meio-campo e vir recepcionar na base da jogada, como um 2º homem de meio. 

Pjanić em Espanha 

Multicampeão pela Juventus, Pjanić firmou-se como médio defensivo único em várias estruturas, tanto com Massimiliano Allegri, quanto, agora, com Maurizio Sarri. Tendo critério e técnica na saída de bola, consegue atrair e eliminar pressões com facilidade por meio de passes de ruptura e bolas longas. Ademais, sua capacidade de alternar ritmos e ditar o volume de jogo do time é algo a se destacar, sendo pilar das organizações ofensivas dos bianconeros durante todos estes anos. Mesmo estando um tanto inconstante na atual época, lidera os índices de passes certos da Juventus, além de somar 3 gols e 3 assistências na Serie A.

No Barcelona, fica também o questionamento de como o bósnio será utilizado, afinal o dono da condição de titularidade na posição em que está acostumado a jogar é Sergio Busquets. Uma alternativa pode ser colocá-lo em faixas mais adiantadas do campo, onde já atuou em tempos de Roma, Lyon e Metz. Sua noção espacial e boa orientação corporal para receber perfilado em condições de avançar são pontos que contribuem para essa opção, sem falar na qualidade para arrematar de fora da área. Entretanto, já não atua dessa forma a 4 anos e talvez precise de algum tempo de readaptação a essa função.  



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