As Ideias de Paulo Sousa – Flamengo
Numa época onde cada vez mais a presença portuguesa no Brasil é uma realidade, depois de alguns jogos realizados por parte do Flamengo, fomos tentar perceber as ideias que Paulo Sousa pretende para o seu modelo de jogo.
Apesar dos resultados na atual edição do campeonato carioca não serem os mais esmagadores e estando a 4 pontos do primeiro lugar Fluminense com 6 vitórias, 2 empate e 1 derrota, o potencial de crescimento de jogo do técnico português é visível. Para a Supertaça, perdeu nas grandes penalidades frente ao Atlético de Mineiro.
Momento Ofensivo
Assente no domínio sobre a bola, o sistema de jogo incide num 3-4-3 com amplitude, procura pela profundidade e sobretudo variabilidade dos três avançados, dentro daquilo que são os seus posicionamentos. Há uma clara procura pelo jogo interior, seja pelos médios, seja pelos extremos e avançados. Os dois médios com muita chegada a zonas de finalização e com trocas posicionais constantes, onde há liberdade para por exemplo Gabigol descer a zonas de finalização. Em vídeo, para melhor transmitir as ideias ofensivas de Paulo Sousa:
Momento Defensivo
Provavelmente o momento que tem tido uma menor carga horária de trabalho desde que Paulo Sousa chegou ao comando, por algumas dificuldades demonstradas pela equipa neste momento, como ficou percetível na 1º linha de pressão na derrota na Supercopa.
Procuram uma pressão alta ao portador da bola para recuperar rapidamente e sair em contra-ataque ou Ataque Rápido, onde é uma equipa muito forte face à qualidade individual dos três avançados. Nota para o crescimento da equipa neste sentido, onde observamos por exemplo o jogo com o Botafogo, com melhorias significativas na pressão alta em 3+2 e constantes recuperações da posse de bola, tal como poderemos observar na parte final do vídeo:
Há ainda imenso trabalho a fazer por parte de Paulo Sousa no comando do Flamengo. Porém, são desde cedo visíveis as ideias pretendidas pelo treinador português: controlo do jogo através da bola, agressividade ofensiva em largura, profundidade e ocupação do espaço interior a provocar os setores adversários.
A variabilidade posicional dos 3 avançados e as trocas posicionais esporádicas com um dos médios confundirá muitas organizações defensivas adversárias, que muitas vezes têm referências individuais. Defensivamente, uma pressão alta para ou recuperar a bola em zonas baixas e voltar ao ataque posicional, ou a recuperar a bola em zonas altas para sair em contra-ataque e ataque rápido, onde a qualidade individual fará a diferença a cada jogo.
Aguardaremos com expectativa para ver o crescimento do modelo de jogo e a concretização das ideias de jogo de Paulo Sousa.
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