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Após três anos utilizando a formação 4-2-3-1, onde obteve grandes êxitos, conquistando os títulos da Copa do Brasil e Copa Libertadores da América , respectivamente em 2016 e 2017, além de conseguir disputar semifinais de outras copas, sempre apresentando um grande futebol, aliado a chegada de alguns reforços, o técnico Renato Gaúcho resolveu realizar algumas mudanças no sistema de jogo gremista. Desta forma ele adotou um sistema em 4-1-4-1, aproveitando as principais características do grupo de jogadores disponíveis no início da temporada 2020 (no momento em stand by, por questões da pandemia de Covid-19). 

Jogada de contra-ataque do Grêmio versus América de Cali – Libertadores 2020 

Com isto, o time busca utilizar uma posse de bola mais vertical para atacar o seu adversário e em diversos momentos da partida, utiliza uma forma reativa de jogo (principalmente quando está a frente do placar), apostando em uma marcação em bloco médio ou bloco baixo. Isto faz com que o adversário possua campo para construir, mas a equipe gremista realiza uma ótima marcação em zona, com algumas perseguições curtas aos jogadores que atuam como interiores, quebrando as infiltrações do adversário. 

Com esta premissa, o time tem uma transição ofensiva muito mais vertical e com isto depende bastante dos seus atacantes de lado de campo, que utilizam bastante sua velocidade para levar o time a frente em contra-ataques. 

Outra questão é a concentração de muitos jogadores no centro do campo, quando está em fase ofensiva, utilizando a posse de bola. Seguidas vezes se vê os pontas atuando no meio-espaço, combinando jogadas entre si e/ou com os meias interiores. Este movimento ocorre porque os laterais desta temporada (Victor Ferraz e Caio Henrique), possuem maior entendimento de qual o momento de gerar jogadas pelos corredores, ou atuar por dentro para construir jogadas. Ambos têm atacado juntos, dando maior liberdade para os pontas buscarem atuar por dentro. 

Equipe atua com tripé de meio (varia de base alta e baixa, a depender do adversário), neste início de temporada 2020, tendo laterais e pontas alternando momento de ataque entre centro e corredores, entre si. (Fonte: Instat / Edição: Juno Martins) 

Além disto, os laterais conseguem ter esta liberdade de ataque, pois como primeiro volante Lucas Silva tem sido um jogador altamente versátil e que demonstra grande capacidade de cobrir maior campo em seu setor a frente dos zagueiros, além de aparecer como elemento surpresa, tanto como passe de retorno, podendo utilizar a bola longa como saída de pressão, quanto como um finalizador de média ou longa distância no momento ofensivo, uma de suas características mais evidentes. 

Lucas Silva se coloca como opção de retorno e sustentação defensiva, no modelo. (Fonte: Instat / Edição: Juno Martins) 

Outro ponto interessante é a utilização de um centroavante como jogador de referência no ataque, ao invés de um camisa nove mais móvel.  
Diego Souza é o responsável por realizar este trabalho, por ter capacidade de técnica para realizar a leitura de espaços para se posicionar e com isto receber a bola em embates com os zagueiros adversários. Fora que , realiza maior trabalho sem a bola, ao gerar profundidade ao arrastar a primeira linha de marcação adversária, abrindo a entrelinha para a entrada de interiores e pontas, que atuam no setor, na tentativa de trabalhar a bola em passes curtos por dentro. 

Diego Souza realiza trabalho de pivô e realiza passe para companheiro em transição (Fonte: Instat / Edição: Juno Martins) 

Renato adaptou seu sistema de jogo, muito pela falta de um jogador de maior qualidade pela zona central do campo no início de 2020, por ter o promissor meia Jean Pyerre a retornar aos poucos de lesão e mesmo tendo a contratação de Thiago Neves, um jogador de ótima qualidade pela faixa central de campo, mas que ainda não demonstra capacidade para ser titular na posição.  
Com o desenrolar das questões da pandemia e o retorno do futebol no continente sul-americano, especialmente no Brasil, poderemos ver novamente o Grêmio alterar novamente seu sistema para o 4-2-3-1, mas estas mudanças demonstram que o grupo de jogadores e o técnico possuem rápida adaptação as situações que possam aparecer ao longo da temporada. 
 



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