No dia de ontem, o Manchester City, treinado por Pep Guardiola, defrontou o Borussia Dortmund de Thomas Tuchel. Previa-se um excelente jogo e, apesar do relvado não ajudar em nada, a qualidade em campo foi bem acima da média, tanto de um lado como de outro, apesar das várias baixas de cada equipa.
O Manchester City apresentou-se com bastantes jogadores em campo que não serão titulares. Da equipa titular, poucos serão primeiras opções para o 11 inicial durante a época. Apesar disso, já foi possível ver trabalho realizado pelo treinador espanhol. Onde isso se notou mais, foi na qualidade que a equipa teve em construir jogo a partir de trás, tendo sempre várias soluções para o jogo combinativo. Muitas vezes os defesas acabaram por falhar os passes, mesmo tendo opções válidas. A dinâmica em campo também foi muito interessante e Pep experimentou vários sistemas durante o jogo, sendo que grande parte do tempo utilizou 3 jogadores na defesa. Foi interessante, também, a forma como adaptou a forma de jogar às características dos seus jogadores, algo que já é um hábito nas equipas do catalão. Neste jogo, aproveitou muito bem a capacidade que Navas tem para dar largura ao seu flanco, dando-lhe todo o corredor para explorar e depois, compreendeu bem a natureza do ucraniano Zinchenko, deixando-o com alguma liberdade de movimentos nas costas de Iheanacho.
Em organização ofensiva, muitas linhas de passe disponíveis para quem tinha bola, movimentos de apoio, assim como jogadores em amplitude e profundidade máxima, tentando abrir ao máximo o bloco contrário e assim explorar outros espaços (entre linhas, nomeadamente). Nunca se coibiram de colocar muitos jogadores em organização ofensiva, atacando sempre com vários jogadores. O lance do golo é paradigmático do que aconteceu no jogo, ou daquilo que a equipa tentou mostrar.
Causaram também muitos problemas à tão boa construção do Borussia Dortmund, evitando que conseguissem sair a jogar desde trás. Defensivamente, alguns problemas, com espaços ainda a abrirem-se onde não deviam, percepção diferenciada do que devia ser feito entre os vários jogadores e problemas com a profundidade defensiva e o encurtar de espaços. Esta situação pode explicar-se simplesmente pelo facto das equipas de Pep não passarem muito tempo em organização defensiva e, como tal, os hábitos poderão não estar completamente adquiridos. A reacção à perda também ainda não foi tão forte como o treinador espanhol eventualmente quererá.
Alguns artistas só entraram em campo na 2ª parte e a qualidade de processos foi melhor, com a bola a ser tratada de outra maneira. Nota-se já o trabalho de Pep Guardiola no Manchester City, mesmo com poucos dias de trabalho com jogadores mais importantes. Outra coisa não seria de esperar.
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