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Benfica B: Formar com Rendimento

Em 2012/2013, a Liga Portuguesa decidiu dar a possibilidade aos clubes da Primeira Liga (desde que cumprissem determinadas regras) de incluir as suas equipas B na 2ª Liga. Sporting CP, Sp. de Braga, FC Porto, SL Benfica, Marítimo e Vitória SC foram as equipas que responderam positivamente ao desafio e passados 8 anos todas mantêm equipas B, apesar da equipa do Sporting CP ter sofrido uma interrupção de 2 anos. No entanto, as únicas duas que se mantêm neste patamar são o SL Benfica e o FC Porto.

Esta aposta nas equipas B trouxe benefícios claros ao futebol português, principalmente às seleções jovens portuguesas. O objetivo principal da criação das equipas B é permitir aos jogadores jovens, que estão na antecâmara da equipa A, de competirem a um nível superior. No entanto, se juntarem a isso resultados, perfeito.

Os melhores resultados alcançados pelas equipas B neste período foram pelo FC Porto: um 2º Lugar e um 1º Lugar, em 2013/2014 e 2015/2016, respetivamente. Esta época, a equipa do Benfica B tem chamado à atenção pelos seus resultados e pelo lançamento de alguns jogadores para a equipa A, nomeadamente Tomás Araújo e Paulo Bernardo.

O Adjunto que se tornou Principal

Nelson Veríssimo, que fez a transição como treinador principal do Benfica de Bruno Lage para Jorge Jesus foi o timoneiro escolhido para a equipa B do clube da Luz, após a saída de Renato Paiva para o Independiente Del Valle. Veríssimo, como era conhecido como jogador, foi profissional de futebol e esteve como adjunto da equipa B desde a sua criação em 2012/2013 até Bruno Lage assumir a equipa principal do Benfica (onde exerceu as mesmas funções).

Demonstra ser um treinador com personalidade, mas a sua equipa tem a variabilidade necessária para competir a este nível. Quando precisa de ter bola, tem qualidade para isso e quando necessita de vestir o “fato de macaco” e jogar mais nos duelos, também demonstra ter uma boa capacidade para esse tipo de jogo. Esta época, em 7 jogos, o Benfica B de Veríssimo tem o melhor ataque do Campeonato e uma taxa de aproveitamento de 64%.

Equipa Base

O Benfiica B tem um sistema base muito bem definido, posicionando-se num 4-3 (meio-campo em 1+2) -3, que a defender poderá transformar-se num 4-1-4-1.

Em termos de XI, o Benfica B tem sofrido algumas variações devido à presença de alguns jogadores, tanto na Youth League como na equipa A. Não obstante, existem alguns jogadores que demonstram ser preponderantes, nomeadamente Úmaro Embaló, Henrique Araújo e Rafael Brito. Existem outros 2 jogadores que têm sido muito importantes na equipa B, mas que nos últimos tempos têm tido menos minutos porque passaram a ter chamadas frequentes à equipa A: Tomás Araújo e Paulo Bernardo.

Momento Ofensivo

No seu momento ofensivo, em organização, a equipa demonstra um processo muito bem definido com uma construção com os 4 defesas, os dois centrais dentro da área e os laterais bem abertos, com o apoio do médio defensivo Rafael Brito. Equipa procura construir apoiado, com os centrais a saírem muitas vezes em condução e com o Rafael a atrair a pressão, criando espaços para a equipa progredir no terreno de jogo. A equipa procura atrair por dentro para libertar os corredores laterais, aproveitando a velocidade dos seus extremos e laterais.

Além do jogo apoiado, a equipa demonstra variabilidade suficiente para conseguir jogar longo. Nesse tipo de jogo, a equipa procura atrair o bloco adversário e colocam a bola em profundidade nas costas, beneficiando da velocidade dos seus extremos e da capacidade de Henrique Araújo para fazê-lo.

Ponto Forte

O ponto mais forte da equipa no momento ofensivo e onde consegue criar maiores dificuldades ao adversário é a transição ofensiva, onde a equipa procura contra ataques rápidos, com o objetivo de jogar nos extremos, principalmente em Embaló.

Momento Defensivo

O processo defensivo da equipa é algo que a equipa pode melhorar, uma vez que pressiona em bloco médio alto mas por vezes falta coordenação nos blocos, deixando muitos espaços entrelinhas. O Benfica B posiciona-se num 4 – 3 (meio-campo em 1+2) – 3, que poderá transformar-se num 4 – 1 – 4 – 1.

A equipa faz uma pressão muito forte na saída de bola mas com o adversário a conseguir saltar essa primeira fase, há muito espaço para jogar principalmente nas costas dos 2 extremos do Benfica.

Ponto a melhorar

A linha defensiva e forma como esta se coordena é claramente algo que este Benfica tem de melhorar. O número de golos sofridos (6ª melhor defesa), deve-se ao comportamento da linha defensiva, quer no controlo da profundidade, quer na sua capacidade de controlar a largura. Adicionalmente, a defesa da baliza, algumas vezes, também não é a melhor em situação de cruzamento.

Conclusões

  • O Benfica B é o melhor ataque da Liga 2 Sabseg e a isso deve-se a objetividade no momento ofensivo
  • No Momento Defensivo é uma equipa muito agressiva numa primeira fase, mas isso expõe a sua linha defensiva, criando muitos espaços entre defesas.
  • O Benfica demonstra ser uma equipa muito eficaz e uma grande variabilidade ofensiva



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