Menu Close

Análise: Benfica x Midtjylland

O Benfica estreou-se ontem em jogos oficiais sob o comando de Roger Schmidt para a 3ª pré-eliminatória de acesso à Champions.

A luz teve casa quase cheia, com cerca de 53 mil adeptos e muito se deveu ao reacender da esperança benfiquista nesta pré-época com a equipa a jogar um futebol ofensivo e atrativo que deixa os seus adeptos com “água na boca” para o que aí vem.

O caso não era para menos: na pré-época os encarnados, em 5 jogos de preparação, além de apenas somarem vitórias, só no primeiro jogo frente ao Reading marcaram “apenas” dois golos (normal por ainda contar com poucos dias de trabalho nesta fase). Em todos os restantes jogos marcaram 3 ou mais golos, sendo de registar as vitórias frente a Fulham (5-0), Girona (4-2) e Newcastle (3-2), duas delas com andamento de Premier League.

Este jogo não ficou atrás, e as “águias” despacharam a equipa do Midtjylland por 4-1 em nova goleada.

Uma equipa declaradamente de tração à frente, muito vertical, dominadora e agressiva ofensivamente a que o técnico alemão esta a olear para a temporada 2022/2023!

Quando jogo coletivo custa a sair, sobressaem as individualidades

  • No início do jogo sentiu-se um Benfica a acusar um pouco a estreia em jogos oficiais, parecendo um pouco nervoso/ ansioso e surpreendido por uma pressão mais subida no terreno de jogo por parte dos dinamarqueses que nos primeiros 13 minutos de jogo condicionaram e muito a primeira fase de construção de jogo do Benfica, o que levou a algumas perdas de bola em zonas dita perigosas.
  • Quando o coletivo sentia dificuldades para agitar e colocar o seu jogar em prática, eis que surge então a criatividade individual de David Neves para ajudar a desbloquear e libertar a equipa com duas assistências para os dois primeiros golos da autoria do atacante Gonçalo Ramos !
  • De salientar o facto da imprevisibilidade no seu jogo muito ficar-se a dever também ao facto de ser ambidestro: ao utilizar ambos os pés para jogar com a mesma qualidade, cria várias dúvidas no adversário direto na forma como tem de se posicionar defensivamente (tanto pode ter de fechar o acesso à linha de fundo para cruzamento de pé direito, ou fechar espaços para dificultar diagonais com bola para o corredor central com pé esquerdo). São frações de segundo de indecisão que são aproveitadas pelo atacante para criar mossa !
  • O brasileiro Neres espalhava magia no anfiteatro encarnado evidenciando toda a sua qualidade técnica, fortíssimo em lances de 1×1, velocidade, a imprimir mudanças de velocidade que iam deixando os adversários para trás.

O plano B ofensivo de Schmidt

  • Ao longo da pré-época e neste jogo de playoff de acesso à Champions, foi utilizado aquele que poderá muito bem ser o plano B para jogos mais fechados e em que o Benfica terá de arriscar mais ofensivamente: o 4-4-2
  • Para essa mudança no esquema tático, o técnico alemão tem recorrido em simultâneo, aos 2 pontas de lança Yaremchuk e Henrique Araújo, o que já deu para verificar que têm muita sintonia a jogar entre si.
  • Jogam claramente mais fixos no centro da frente de ataque, alternando movimentos de um baixar para dar apoios frontais para rapidamente soltar e voltar a juntar-se à dupla, garantindo maior presença na área para finalizar
  • São portanto, garantia de uma maior presença na área, são ambos mais jogadores de finalização, combinam muito bem entre si e dão ao modelo de jogo da equipa soluções ofensivas diferentes das do habitual 4-2-3-1


Para todos os clubes, treinadores, jogadores, olheiros, agentes, empresas e media que queiram saber mais sobre os nossos serviços de scouting, não hesitem em contactar-nos através de mensagem privada ou do nosso email geral@proscout.pt.



Related Posts