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Besiktas x Sporting: A vitória histórica dos leões em três pontos chave

O Sporting bateu o Besiktas por 4-1 na deslocação à Turquia , em jogo a contar para o grupo C da Liga dos Campeões. A vitória, que é desde já a mais ‘gorda’ fora de portas na principal competição europeia, permite algum conforto na luta pelo objetivo Liga Europa e ainda sonhar com a passagem aos 1/8 de final da prova.

No Vodafone Park, estádio infernal que galvanizou as hostes, o Sporting voltou a entrar nervoso e a ceder os primeiros 15 minutos ao adversário mas acabou por somar três pontos alicerçados em três pontos chave, fundamentais para o desfecho.

1- Esquemas táticos ofensivos

O Sporting trouxe os três pontos para casa selados num aproveitamento exímio da bola parada ofensiva. De três cantos na primeira parte surgiram dois golos e ainda de um penálti, importantíssimos para o desfecho do jogo.

Tal como acontecera frente ao Belenenses, o Sporting marcou num lance e que a bola foi desviada para um segundo jogador, sendo ainda reforçado que a equipa de Amorim -que atribui o mérito deste momento do jogo aos seus adjuntos– tem este lance bem preparado: arrastamento de adversário ao primeiro poste para libertar Coates/Feddal ao segundo e conseguir criar perigo aos adversários.

A alteração mais visível, mutável de jogo para jogo, passa pela colocação de jogadores imediatamente ao primeiro poste, ou pelo movimento dos mesmos da zona de penalti para a o primeiro poste, assim que a bola é batida, por forma a levar consigo alguns opositores.

2- Controlo da profundidade

9 (!) foram os foras de jogo tirados à equipa de Istambul. Tudo possível graças a um excelente entendimento da linha defensiva, asssociado à presença de Coates no eixo da defesa. Com ‘el patron’ em campo, o Sporting apanhou Besiktas e Dortmund 16 vezes em posição irregular. Sem o uruguaio, a equipa viu os jogadores do Ajax serem apanhados adiantados apenas duas vezes, isto contabilizando apenas jogos da Liga dos Campeões.

Para que tudo corra bem, há um princípio que todos os jogadores devem compreender: a linha é definida pelo ex-Liverpool e nenhum jogador pode estar atrás dele. Isto permite que Coates muitas vezes controle o fora de jogo quase um para um com o adversário, por saber que os seus colegas estão ou na sua linha ou mais a frente no terreno.

3- A pobre transição defensiva dos Turcos

Muitas vezes o Sporting chegou a situações de finalização em 3×3 ou 2×2, fator que podia e devia ter sido melhor explorado pela turma leonina. Isso deveu-se a um correto posicionamento em campo para a transição, mas também devido à má colocação das peças adversárias nesse momento do jogo.

Últimas

O jogo do Sporting foi muito acima da média mas não foi brilhante porque fez uma má gestão emocional nos primeiros 15 minutos (muitos nervos à flor da pele) e também voltou a pecar no momento defensivo em meio campo adversário. A equipa voltou a partir o bloco em dois na pressão alta– tal como frente ao Ajax, a defesa parece ficar afundada no terreno quando os médios e avançados saltam na presão, criando um fosso e abrindo muito espaço na zona média, que à partida é onde o Sporting já terá inferioridade numérica, fruto do esquema tático utilizado.

Para a história fica a maior vitória forasteira dos leões, e ainda um festival de golos falhados, que podiam ter dado ainda mais expressão à goleada do campeão nacional.



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