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Braga pouco inspirado deixa 3 pontos na Sérvia

Numa partida a contar para a 1ª jornada da fase de grupos da Liga Europa, o Braga viajou ao mítico estádio Rajko Mitic para defrontar o Estrela Vermelha. Os bracarenses encontraram o mesmo ambiente fervoroso e hostil de sempre e apanharam uma equipa muito experiente, treinada pela lenda sérvia Dejan Stanković.

Esquemas táticos

Carlos Carvalhal apresentou várias mudanças em relação à partida anterior. A linha mais recuada manteve-se com Diogo Leite, Paulo Oliveira e Tormena. Galeno e Fabiano ficaram responsáveis pelas zonas laterais. Lucas Mineiro fez dupla com Al Musrati e na frente ofensiva apenas se manteve Ricardo Horta, que jogou acompanhado de Abel Ruíz e Lucas Piazón.

O Braga encontrou um Estrela Vermelha muito camaleónico e com um esquema algo instável. A equipa de Belgrado fez alinhar de base um 4-2-3-1 mas em certos períodos atacou em 4-2-4, com quatro elementos na linha ofensiva, muito próximos entre si e muito chegados à linha defensiva bracarense. Sem bola, a equipa de Stanković apresentou uma diversidade ainda maior, tendo atuado em 4-4-2, 4-3-3 ou até num 5-3-2, fazendo um dos extremos recuar, o que dependia das dinâmicas do Braga e da zona em que a ação decorria.

Os bracarenses tiveram algumas dificuldades em chegar ao último terço, especialmente no primeiro tempo, e a nível defensivo também não concedeu muitas oportunidades, ainda que tenha sofrido 2 golos, ambos oriundos de bolas paradas.

Análise individual

A nível individual, nenhum jogador bracarense se apresentou num nível baixo, mas também nenhum se destacou por ter feito uma exibição digna de registo. No eixo defensivo as exibições foram medianas. Diogo Leite fez um bom jogo com bola, mas apresentou sempre algumas dificuldades no capítulo defensivo. Lucas Mineiro e Al Musrati, tiveram num nível relativamente positivo. Fabiano e Galeno jogaram sempre muito abertos, nunca comprometeram, foram desequilibrando mas nunca conseguiram definir, à exceção do belo golo do jovem extremo ex-Porto. Dos restantes elementos, Ricardo Horta foi quem mais se destacou, tendo sido um elemento muito importante na frente de ataque do Braga.

O Estrela Vermelha, que alinhou uma equipa com uma média de idades muito alta (a rondar os 30 anos), teve como melhor jogador Guélor Kanga, médio gabonês que vai na sua segunda época ao serviço do clube sérvio.

Conclusão

A deslocação ao estádio Rajko Mitic nunca é fácil. O Estrela Vermelha é uma equipa muito competitiva, mas seria expectável que os bracarenses se apresentassem num nível mais elevado e conseguissem no mínimo o empate. Aumenta agora a responsabilidade para o jogo em casa, que será muito importante para as aspirações do clube minhoto, num grupo que dentro do possível é bastante acessível.



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