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Casa Pia x Sporting – Leões sofrem, mas vencem

O encaixe tático com ambas as equipas a assumirem um posicionamento em 3x4x3/5x4x1 trouxe um jogo de pressão de parte a parte, numa fase inicial. Se por um lado, o Sporting procurava assumir o controlo do jogo, a equipa do Casa Pia não se limitava a um bloco médio-baixo, tentando muitas das vezes condicionar a construção curta do Sporting com uma pressão mais alta.

A grande aposta da equipa de Filipe Martins passava pelas transições rápidas e quer por Jota, quer por Godwin, a defesa dos leões foi sendo colocada à prova. E foi precisamente o Casa Pia que se adiantou no marcador. Num lance de envolvência pelo corredor esquerdo, a não recuperação de Esgaio criou dúvida em Gonçalo Inácio se deveria sair a pressionar ao corredor lateral. O Sporting tinha ainda assim superioridade numérica na zona de proteção à baliza (2×1), mas a astúcia de Jota permitiu-lhe aparecer no espaço entre Coates e Matheus Reis, concretizando o golo com um bom cabeceamento.

A equipa de Rúben Amorim teve maior controlo da posse de bola, mas a intenção de explorar os corredores laterais com combinações entre ala e extremo (e mesmo através de movimentos em rotura de Tabata) não se revelou eficaz perante a forte concentração de jogadores do Casa Pia neste espaço do terreno.

O Casa Pia foi, a espaços, procurando subir as linhas de pressão para criar desconforto à construção de jogo do Sporting. A dificuldade dos leões em criar desequilíbrios em ataque posicional foi compensada pela capacidade em tirar partido dos lances de bola parada, com Coates a repor a igualdade na sequência de um canto.

A segunda parte trouxe uma entrada muito forte do Sporting. A entrada de Paulinho acrescentou capacidade de ligação de jogo pelo corredor central (que anteriormente era maioritariamente papel de Bragança) e a passagem de Tabata para a posição de ala esquerdo conferiu maior pendor ofensivo àquele corredor, libertando Pote e Sarabia para explorar zonas mais interiores. Foi notório o maior conforto da equipa em se coordenar com os movimentos de Paulinho e o facto de este alternar entre movimentos em apoio e ataque à profundidade, colocou a defesa adversária sob aviso e dificultou o controlo do espaço entre linhas. E o golo da vitória surgiu precisamente pelo corredor central. Com Pote e Sarabia a ocupar espaços muito próximos, a organização defensiva do Casa Pia teve dificuldade em se adaptar e a excelente execução do espanhol no remate colocou os leões em vantagem.

A expulsão de Tabata prometia um final de jogo emotivo, mas a entrada da dupla Ugarte e Matheus Nunes garantiu solidez na recuperação e manutenção da bola em poder do Sporting. O Casa Pia demonstrou ter a lição bem estudada e com potencial de desequilíbrio em situações de transição rápida mas, assim que teve de assumir o controlo do jogo e ir atrás do resultado, não foi suficientemente competente a encontrar soluções para desbloquear a forte organização defensiva do Sporting.



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