Chéquia x Portugal: Na Liga das Nações com os olhos no Mundial
Portugal entrou para este jogo em Praga frente à seleção da Chéquia com diferentes objetivos em mente: Em primeiro lugar, conseguir vencer o jogo para ainda poder almejar a qualificação para a final four da Liga das Nações, o que foi conseguido com um vitória robusta e convincente por 0-4. O outro objetivo da noite, e não menos importante, seria claramente de em competição começar a olear processos inerentes ao modelo de jogo da equipa, experimentar diferentes nuances ao longo da partida e ainda experimentar diferentes jogadores para ir retirando conclusões para a convocatória final para o mundial do Catar que aí se aproxima a passos largos.
Experiências nos processos defensivos da Seleção
Vamos realçar as experiência ao nível defensivo que foram bastante perceptíveis ao longo deste jogo.
- Mexidas no eixo defensivo com a adaptação de Danilo a defesa central do lado esquerdo na ausência do habitual titular Pepe, enquanto que Ruben Dias manteve o estatuto de indiscutível no onze.
- Mário Rui que nem sequer constava da 1ª convocatória e aparece devido à lesão de Raphael Guerreiro, assumiu a titularidade no lado esquerdo da defesa.
- Dalot a passar um grande momento de forma no United, também a merecer a oportunidade de jogar de início como lateral direito, perante a ausência por castigo do outro convocado Cancelo.
- Diogo Costa manteve a titularidade na baliza da equipa das Quinas, dando-lhe cada vez maior importância e experiência ao nível da Seleção A, em detrimento de Rui Patrício, dando a entender que será o jovem do Futebol Clube do Porto a assumir as redes no Mundial.
- Fernando Santos aproveitou então para testar uma defesa alternativa e ver qual o desempenho destes jogadores em competição e avaliar o seu rendimento.
- Apresentou ainda um trio de meio campo composto por Ruben Neves, William Carvalho e Bruno Fernandes, numa tentativa clara de dar maior liberdade ofensiva a Bruno Fernandes, permitindo que ocupe posições mais adiantadas no terreno de jogo!

- Esta alteração ainda permitiu que William Carvalho pudesse pressionar em zonas mais altas, colocando-se ao lado de Bruno Fernandes, dando maior poderio e capacidade física à pressão alta da equipa, e consequentemente, ter um maior número de bolas roubadas nessas zonas do relvado.

- Por outro lado, Ruben Neves sempre num posicionamento muito mais próximo da linha defensiva, sempre preparado para incorporá-la a qualquer momento, e dobrar os elementos em falta.

- Contraditoriamente ou não, são estas alterações na linha defensiva que permitem a Portugal marcar 3 dos 4 golos do jogo: No 1º golo, Dalot inicia a jogada em transporte de bola por zonas interiores, soltando-a depois para o corredor direito, e a aparecer depois na área para finalizar com sucesso. No 2º golo, cruzamento de Mário Rui para assistir Bruno Fernandes finalizar na área ( a aproveitar a tal liberdade para aparecer em zonas mais adiantadas como referido anteriormente). E por fim, o 3º golo surge por parte novamente do lateral Dalot que ocupando novamente o corredor central, remata de fora da área e de pé esquerdo !! aproveitando para bisar na partida.
- A máxima largura e profundidade ofensiva concedida pelos dois laterais em simultâneo, não é desassociada à presença de um duplo pivot mais defensivo composto por Ruben Neves e William Carvalho, que garantem uma melhor ocupação desses espaços, mesmo na ausência dos laterais, permitindo-lhes que tenham tempo de recuperar em transição defensiva.
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