Ciclone nos Açores
O Santa Clara foi a primeira equipa a impor uma derrota aos campeões nacionais em provas internas. Os açorianos orientados por Tiago Sousa conseguiram neutralizar o ataque leonino e criar muitas dificuldades no plano ofensivo.
Os insulares apresentaram- num 4-4-2 no processo defensivo com um bloco médio-alto a pressionar a saída do Sporting. Grande solidariedade defensiva dos extremos a acompanharem os movimentos dos alas, Nuno Santos e Esgaio. A equipa de Rúben Amorim que ficou de fora do jogo por covid, apresentou uma dinâmica diferente nos dois corredores. No lado esquerdo, Nuno Santos jogou aberto com Pote a explorar a zona interior, na direita foi o contrário com Sarabia aberto e Esgaio por dentro.
A equipa da casa conseguiu reagir sempre de forma positiva quando estava em desvantagem. Sofreu cedo, entrou novamente no jogo e empatou ainda no primeiro tempo. Na segunda parte, nova entrada forte dos leões e o Santa Clara a empatar no minuto seguinte. O Sporting apresentou uma linha defensiva com pouca rotina entre os elementos titulares, face a situações de lesão e covid, ainda assim conseguiram manter a dinâmica normalmente apresentada mas com erros individuais que levaram a que sofressem 3 golos, algo inédito tendo em conta que nas outras 16 jornadas sofreram apenas 7 golos.
O Santa Clara criou diversas oportunidades ao longo da partida, com o Sporting a ter dificuldades em travar as iniciativas individuais dos homens da frente com Lincoln nas costas de Rui Costa, Jean Patric e Cryzan nos corredores. Seja em ataque posicional ou transições rápidas, conseguiram sempre encontrar o caminho para a baliza de Adán.
Lincoln, o médio irreverente e criativo de 23 anos foi o grande destaque do jogo com 1 golo e 1 assistência. Uma exibição de grande qualidade do médio brasileiro que foi sempre desconcertante e criou os melhores lances do jogo, aproximando a sua equipa da vitória. Um jovem que tem vindo a consolidar o seu espaço no futebol português e que pode dar o salto em breve.
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