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Despedida a meio gás

O último jogo já não permitia a Portugal passar à final four da Liga das Nações. E uma primeira parte morna foi reflexo disso mesmo. Apesar de um maior controlo da posse de bola, a seleção nacional criou poucas ocasiões claras de golo. Organizada em 4x3x3, e com a introdução de João Moutinho no onze inicial, a equipa procurou ter mais capacidade de assumir o jogo e de ligar o jogo para o último terço. Partindo de um posicionamento em 4x4x2 losango, a Croácia apostou num bloco médio, recuando os avançados Vlasic e Perisic para dividir o espaço entre central-lateral e subindo o médio ofensivo Pasalic para ser o primeiro elemento de pressão aos centrais portugueses.

O primeiro golo da Croácia, apontado por Kovacic, surge através de uma jogada pelo corredor direito. Portugal encontrava-se no seu momento defensivo e Mário Rui saiu à pressão no corredor lateral, tendo Rúben Dias definido a linha de cobertura ao lateral. Rúben Semedo e Nélson Semedo deveriam ter acompanhado o movimento uma vez que todo o lance se desenrolava no seu campo de visão. O desalinhamento da defesa portuguesa permitiu a Vlasic receber a bola sem oposição, progredir até próximo da área e fazer o cruzamento e, após um erro individual de Rúben Semedo, os croatas adiantaram-se no marcador.

A reação de Portugal foi positiva e, até ao intervalo, dispôs de duas boas oportunidades para marcar, por Danilo e Félix. O meio campo português demonstrou capacidade de pressão no momento defensivo, que valeu recuperações de bola em zonas avançadas, e reação à perda de bola ao impedir que os croatas iniciassem transições rápidas, o que permitiu à seleção nacional estar mais tempo no meio campo ofensivo.

O início da segunda parte trazia boas perspetivas para a seleção de Fernando Santos. A entrada de Trincão para o lado direito, com Félix e Ronaldo a ocuparem zonas mais interiores, permitiu a Portugal criar dificuldades à organização defensiva da Croácia. Em primeiro lugar, uma combinação entre Ronaldo e Jota originou a expulsão de Marko Rog. De seguida, nova combinação, desta vez entre Ronaldo e Félix. E pouco depois, deu-se o lance do segundo golo de Portugal. O posicionamento em apoio de Félix criou incerteza no central Lovren, que foi o suficiente para permitir que Jota, após um movimento de ataque ao espaço entre central-lateral, ganhasse vantagem sobre o central croata e assistisse para Félix concretizar.

A Croácia ainda ambicionou o empate com o golo de Kovacic, mas a eficácia de Rúben Dias foi preponderante para Portugal garantir a vitória, num jogo relativamente apagado, que valeu mais pelo resultado do que pela exibição.

DADOS ESTATÍSTICOS

POSSE DE BOLA

Croácia: 40% | Portugal: 60%

REMATES / À BALIZA

Croácia: 7 / 3 | Portugal: 17 / 8

PASSES / EFICÁCIA

Croácia: 377 / 75% | Portugal: 556 / 81%

DUELOS GANHOS

Croácia: 43% | Portugal: 57%

DRIBLES / EFICÁCIA

Croácia: 12 / 42% | Portugal: 29 / 66%



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