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A tarefa do Benfica era árdua. Após a derrota na primeira mão, o Benfica era obrigado a ir em busca de um golo que pudesse relançar a eliminatória. O Liverpool apresentou-se no habitual 4x3x3, com uma abordagem pressionante, característica dos comandados de Klopp. Os extremos Luis Díaz e Diogo Jota dividiam o espaço entre os centrais e laterais do Benfica e o encaixe a meio campo dificultou bastante a construção da equipa de Nélson Veríssimo.

Ainda que assumindo alguns riscos, o Benfica procurou condicionar a construção de jogo do Liverpool, revelando uma postura mais agressiva comparativamente com o primeiro jogo. Com Joe Gomez como defesa direito, o Liverpool alternou entre uma construção a 2 e a 3, com Luis Díaz a garantir largura no corredor direito e a criar indefinição relativamente ao posicionamento de Diogo Gonçalves.

Apesar de efetuar algumas alterações no onze inicial, Klopp apresentou uma equipa super competente e a capacidade de reação à perda de bola e de pressão no corredor central dificultou muito a tarefa do Benfica em ter momentos de ataque organizado. Konaté inaugurou o marcador, em mais um lance de bola parada (muito semelhante ao primeiro golo no Estádio da Luz), com o central francês a cabecear praticamente sem oposição.

Gonçalo Ramos empatou pouco depois. Destaque para a criação de superioridade numérica (2×1) no corredor esquerdo com Grimaldo e Diogo Gonçalves, aproveitando o facto de os extremos Jota e Luis Díaz assumirem um posicionamento mais alto para serem referências para a saída em transição do Liverpool.

O Benfica revelou maior ousadia após o golo, subindo as linhas de pressão. Recuperou mais vezes a bola no meio campo ofensivo mas, por outro lado, permitiu transições rápidas ao Liverpool que poderiam ter devolvido a vantagem aos ingleses ainda antes do intervalo. Nélson Veríssimo lançou Yaremchuk e colocou Darwin no corredor esquerdo. O Benfica perdeu momentaneamente capacidade de sair em transição, uma vez que o uruguaio se encontrava muito distante da linha defensiva adversária aquando da recuperação de bola.

O terceiro golo, apontado por Firmino, colocou praticamente um ponto final nas aspirações do Benfica. Partindo de uma defesa zonal no livre lateral cobrado por Tsimikas, apenas Otamendi e Gonçalo Ramos recuaram para controlar o espaço à frente de Vlachodimos e Firmino surgiu a finalizar livre de marcação.

As substituições de Klopp acrescentaram frescura e qualidade, o que poderia dificultar ainda mais a tarefa do Benfica. Apesar de o Liverpool ter sido capaz de gerir os ritmos de jogo em posse de bola, o controlo do espaço na profundidade não foi eficaz e o Benfica aproveitou essas debilidades, tirando partido das características de jogadores como Darwin e Yaremchuk.

Destaque novamente para a criação de situações de superioridade no corredor esquerdo, que voltou a resultar num golo e em lances de desequilíbrio. O encaixe (3×3) na pressão a meio campo impediu que os médios do Liverpool colaborassem no controlo dos movimentos interiores de Grimaldo e o facto de os extremos (primeiro Luis Díaz e depois Salah) não recuarem para serem posteriormente soluções na saída em transição criou dificuldades a Joe Gomez.

Apesar da derrota na eliminatória, o Benfica foi ainda assim capaz de empatar o jogo e deixar uma imagem positiva na noite de despedida.



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