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Destaques da Fase de Grupos do
Mundial Sub-20

O objetivo, neste artigo, é, mais do que falar da competição como se já tivesse sido decidida, falar de alguns jovens que se destacaram na fase de grupos, tendo ou não as suas seleções passado a mesma. Assim sendo, escolhemos alguns jogadores que se perfilaram como destaques nesta primeira fase do torneio. Optámos também por não falar de jogadores que já estão na Europa, seja ao nível da equipa A, seja em equipas B e que já têm algum conhecimento/cartel.

Jogadores como Cesare Casadei, Maximo Perrone, Kendry Paez, Alan Matturro, entre outros, são o exemplo disso. Já mostraram rendimento previamente, são bem conhecidos pela generalidade e já geraram (ou vão gerar) transferências para a Europa/Equipas de Top 5.

Valentin Barco – Boca Juniores – Argentina

O ala esquerdo, formado no Boca Juniores, teve um primeiro jogo relativamente fraco, sendo que elevou imenso o nível tanto contra Guatemala como contra a Nova Zelândia. Fisicamente potente, é um lateral supersónico virado constantemente para o ataque. Capaz de dar profundidade e desequilibrar por dentro, aplica a sua qualidade técnica e experiência como extremo numa capacidade de drible e cruzamento assinalável.

Tem perfil para jogar tanto numa defesa a 4 como numa defesa a 3, como ala. Facilmente irá para a Europa durante o Verão de 2023.

Umarali Rakhmonaliyev – Rubin Kazan – Uzbequistão

Rakhmonaliyev foi uma das figuras da boa campanha na fase de grupos do Uzbequistão. Jogador do Rubin, o uzbeque é um médio ofensivo tecnicista, com um excelente toque de bola e uma capacidade de decisão no passe acima da média. Foi o principal criador, municiador e cérebro da equipa, fazendo com que toda as possibilidades ofensivas passassem por ele. Capaz de jogar mais na ala/half-spaces ou no meio, Rahmonaliyev mostrou ter um entendimento de jogo bastante acima dos companheiros, sabendo sempre onde se posicionar e o que faz com posse.

Diego Luna – Real Salt Lake – Estados Unidos da América

Luna foi talvez o melhor o jogador dos Estados Unidos. Apesar dos escassos minutos em Salt Lake, deu o salto ainda com 18 anos da USL diretamente para a MLS. Extremamente talentoso, o americano destaca-se pela qualidade com bola. É um híbrido de médio ofensivo com avançado, conseguindo preencher com facilidade tanto a posição de 10 como de ala e de falso nove. Facilidade em receber de costas e associar-se com os médios, assim como a jogar de frente para a defesa para criar o caos em passes de rutura e em movimentos da meia esquerda para dentro, para aplicar o seu remate. Tem também um drible curto e capacidade de associação em espaços curtos assinalável.

Oscar Zambrano – LDU Quito – Equador

Ainda no Grupo B e fugindo a nomes mais conhecidos como Kendry Paez, Nilson Ângulo ou Joel Ordoñez, escolhemos falar de Oscar Zambrano.

O equatoriano foi um dos grandes destaques dos sul-americanos, tendo sindo o elo de ligação entre a defesa e o meio-campo. Construtor de alta qualidade, deu critério constante na saída de bola da equipa, conseguindo com facilidade encontrar linhas de passe, verticais ou diagonais, onde colocar a bola. Tem um alcance no passe fora do comum, conseguindo colocar a bola onde quer com imensa facilidade. Mostra também um QI sem bola muito interessante, sabendo ler o jogo com facilidade e percebendo onde deve estar, tanto na fase ofensiva como defensiva.

Ryoya Kimura – Nihon University – Japão

Apesar da campanha relativamente desastrosa do Japão, Kimura mostrou ser um nome diferente do estereótipo de Guarda-Redes japonês. Sem medo de sair dos postes, seja para fazer a mancha, seja para sair ao cruzamento, o ainda universitário (joga na Universidade de Nihon) mostrou ser um guarda-redes proactivo, seguro e com muita margem para crescer.

Dentro dos postes mostrou bons reflexos e uma elasticidade impressionante, Tem também uma calma e tranquilidade assinaláveis, parecendo não se enervar ou cair devido á pressão. Ainda assim, terá que melhorar o jogo de pés, dado que muitas vezes optava por colocar a bola longa e sem grande nexo.

Sunday Jude – Real Sapphire FC – Nigéria

A Nigéria tem sempre fornadas de grande qualidade e jogadores que, apesarem de estarem ainda no seu país de origem, apresentam níveis altíssimos nestas competições. Sunday Jude não foge à regra e tem mostrado ser uma das figuras dos africanos nesta competição.

Jude é um extremo habilidoso, ainda que muito verde e em processo de formação. Combina velocidade com capacidade técnica para tirar o adversário da frente. É vertiginoso e sabe aparecer em zonas de finalização, tendo apetência para marcar. Ainda tem que crescer muito ao nível da definição, mas o estilo com que joga e a facilidade com que aparece, marca e assiste, mostra que poderá ser um nome que irá para rapidamente à Europa. As excelentes exibições contra Itália, onde marcou e contribui para a vitória, e contra o Brasil, onde quase marcou e foi uma dor de cabeça para Arthur, são grandes cartões-de-visita.

Matías Abaldo – Defensor Sporting – Uruguai

O Uruguai, apesar de ser um país pequeno, consegue sempre apresentar gerações interessantíssimas nas suas seleções jovens. A geração atualmente presente no Mundial não fica atrás, tendo até alguns jogadores na Europa (Alan Matturro e Facundo Gonzalez) e outros já com algum nome (Fabrício Diaz) desde o SudAmericano sub-20.

Um dos que melhor se exibiu ao longo da fase de grupos foi o extremo Matias Abaldo. Já com bastantes minutos no Defensor Sporting, Abaldo é um extremo eletrizante. Sempre ligado à corrente e pronto a desequilibrar, o uruguaio não só desequilibra no drible como também no passe. É muito forte tecnicamente e inteligente sem bola, entendendo onde aparecer para receber, virar e ou driblar ou passar. Tem uma capacidade interessante para jogar em espaços curtos, sempre com a bola colada no pé.

Salifu Colley – Real Banjul – Gâmbia

De toda uma geração impressionante da Gâmbia, com nomes sonantes como Adama Bojang, Adagie Saine, Moses Jarju ou Kajally Drameh, Salifu Colley foi outro dos grandes destaques da caminhada impressionante dos africanos.

Colley carrega a camisa nº 8, mas tem sido a extremo que tem jogado. O extremo/médio gambiano é um jogador tecnicamente evoluído que se destaca pela maneira como progride com a bola controlada, conseguindo facilmente desenvencilhar-se da pressão adversária, galgando metros. Tem uma capacidade de drible assinalável, apesar de não ser muito variado, usando pequenos toques para desviar a trajetória e usando as pernas compridas que tem para chegar sempre primeiro.

Falta-lhe entender os timings para soltar, tanto no passe como no drible, assim como entender para que zonas carregar a bola. Muitas vezes acaba a ir para zonas que não trazem valor ao jogo atacante da equipa.

Notas Finais

Mais do que avaliarmos atletas ao nível do seu futuro, tratámos de analisar o seu rendimento e algumas características que saltaram à vista. 3 Jogos não são uma amostra ampla, no entanto, possibilitam-nos uma visão interessante sobre a qualidade e potencial que os jogadores têm e poderão atingir.



Para todos os clubes, treinadores, jogadores, olheiros, agentes, empresas e media que queiram saber mais sobre os nossos serviços de scouting, não hesitem em contactar-nos através de mensagem privada ou do nosso email geral@proscout.pt.



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