Domínio sem objetividade

Com a ausência de Ronaldo, Moutinho e Guerreiro, que foram para férias mais cedo, a seleção entrou neste jogo com essa mentalidade, férias. Fernando Santos, deu a titularidade a Bruno Fernandes, Otávio – que atuou pelo lado direito, Rafael Leão – que atuou pelo lado esquerdo e com André Silva na frente. Com este posicionamento, Otávio esteve longe do jogo, uma vez que não conseguia muitas vezes ocupar o espaço central e ter mais liberdade como acontece no FC Porto e Rafael Leão defensivamente expôs o corredor esquerdo da Seleção.

O golo da Suiça aconteceu durante o primeiro minuto de jogo e foi a imagem do jogo na primeira parte, com a Suiça a pressionar Portugal em marcações individuais fortes, permitindo que mesmo que não ganhasse a bola na zona defensiva portuguesa, conseguia ganhar a bola na zona do meio-campo.

Com estas dificuldades sentidas na primeira parte, Portugal só conseguia causar mossa através do jogo direto, principalmente com Rafael Leão (que raramente conseguiu criar perigo, nem encontrar o espaço necessário para o fazer) ou através do flanqueamento do jogo, de forma a procurar os cruzamentos, algo em que também não teve muito sucesso. Na 2ª parte, com a entrada de Diogo Jota e Gonçalo Guedes, a equipa portuguesa conseguiu tirar melhor partido deste tipo de lances, criando algumas situações de perigo, quer via cruzamento, quer de ataque à profundidade.

Defensivamente, a Seleção das Quinas pressionava num 4 – 3 – 3 em pontapé de baliza e em 4 – 1 – 4 – 1 em bloco médio, tal como na primeira volta. No entanto a pressão portuguesa não teve muito sucesso devido à pouca intensidade de pressão de Rafael Leão, tornando o corredor esquerdo mais exposto. Quando nos encontrámos em desvantagem no jogo, os médios saltavam na pressão sem cobertura, libertando espaço para a Suiça explorar.

Com este resultado, a Seleção foi ultrapassada pela Espanha que venceu a Chequia. Ficamos agora obrigados a vencer estas duas seleções, para voltar ao topo do grupo.

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