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Eintracht Frankfurt de Adi Hütter: Surpresa ou Certeza?

O Eintracht Frankfurt de Adi Hütter volta a estar debaixo de grande atenção na Alemanha, actualmente no 4º lugar na Bundesliga. Hütter chegou ao clube germânico em 2018 e desde então a equipa tem vindo a dar um salto na sua qualidade de jogo e competitividade. O futebol praticado melhorou, mas só esta temporada o clube realmente conseguiu escalar na tabela classificativa depois de fazer um 7º e 9º lugar nas temporadas anteriores. A nível europeu o Eintracht chegou a uma meia final da Liga Europa sendo batido pelo que viria a ser o vencedor da competição, o Chelsea. Hütter é um treinador austríaco com passagens pelo futebol jovem do RB Salzburg, Altach, Grödig, chegou depois à equipa principal do Salzburg tendo saído depois para a primeira aventura fora de portas, na Suíça dirigindo o Young Boys onde esteve 3 anos antes de ingressar neste Eintracht Frankfurt em 2018.

Nos últimos tempos Adi Hütter tem sido sinónimo de sistemas com 3 centrais, variando entre o 3-4-2-1 e 3-4-1-2. Durante a sua passagem no Frankfurt vimos algumas diferentes versões mostrando também a versatilidade e capacidade de reinvenção do treinador. Depois de ter uma frente de ataque com Haller, Rebic e Jovic, que encantou a Alemanha, agora chegamos a André Silva, Kamada e Younes, na mesma com 3 jogadores na frente, mas com características diferentes.

Normalmente este será o 11 base, mas Hütter promove sempre um par de mudanças no 11 inicial, com jogadores como Rode, Touré ou Jovic a também terem destaque. Hasebe varia sempre entre o meio campo e a defesa também.

Momento Ofensivo

Falando de traços gerais desta equipa, a primeira coisa que salta à vista é a verticalidade que esta equipa imprime no jogo, é uma abordagem com alguma audácia, mas que temos visto desde sempre com Adi Hütter ao comando. Indo pelo início, a equipa aposta numa saída com os 3 centrais.

Este é o padrão do Frankfurt no momento inicial de construção, mas a equipa apresenta algumas alternativas para tentar contrariar a pressão inicial do adversário e adapta-se numa saída a 4.

Aqui vemos N’Dicka numa posição mais lateral tal como o lateral direito, com os companheiros da linha central numa tradicional parceria a 2 no centro. Outras variantes vistas é um dos médios recuar para a linha defensiva para junto do central do meio com os outros centrais bem abertos formando uma linha de 4. O Frankfurt também não se esconde do pontapé longo como alternativa.

Voltando ao tema da verticalidade desta formação. O Eintracht procura sempre pacientemente conseguir através da defesa encontrar espaços para verticalizar o jogo, ficam em baixo dois exemplos de como a equipa tenta explorar isso mesmo.

Outro aspecto que salta à vista é a proximidade dos jogadores, sempre com muita gente próxima da zona da bola.

Kamada, Younes e André Silva (ou Jovic) têm formado um trio ofensivo de grande qualidade, com muita mobilidade e sempre muito próximos uns dos outros criando muitos problemas para as defesas contrárias.

Dados WhoScored: Posições médias no jogo vs. Colónia (2-0). Kamada (15), Younes (32) e André Silva (33) visivelmente bastante próximos.

Momento Defensivo

A audácia desta equipa não se fica apenas nos momentos ofensivos, é uma equipa que começa logo a pressionar alto, tentando logo condicionar a saída do adversário com Kamada, Younes e André Silva a formar logo uma linha de 3 a pressionar. Normalmente esta pressão a 3 é estimulada com um passe para trás que é a indicação para irem para cima do adversário. E claro a equipa sempre muito compacta e preocupada em ter igualdade ou superioridade numérica junto à bola.

Outro aspecto na pressão do Frankfurt é o comportamento dos alas, não ficando recuados, com o ala do lado da bola a pressionar o lateral contrário com o ala oposto mais na contenção.

Futuro

Esta está a ser a melhor temporada de Adi Hütter na Bundesliga actualmente em 4º lugar e com a equipa claramente a assumir a luta pela entrada na Champions. Tem-se falado também no interesse do Borussia Mönchengladbach no treinador austríaco para substituir Marco Rose. Seria um salto interessante mesmo dentro da Bundesliga para um clube que se tem assumido como uma das grandes forças da liga extra Bayern e com presença assídua nas provas europeias, mas por outro lado a perspectiva de poder voltar a brilhar no Frankfurt com um grupo de qualidade que conhece bem e com o potencial palco de Champions pode ser igualmente aliciante. Adi Hütter é sem dúvida um dos treinadores mais interessantes do campeonato alemão e o seu Frankfurt cada vez mais uma certeza entre os emblemas mais fortes e menos uma surpresa.



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