Estoril Sub-23 – Análise à Fase Ofensiva dos Bicampeões da Liga Revelação
O Estoril Praia Sub-23 sagrou-se Bicampeão da Liga Revelação, espelhando o bom trabalho que tem vindo a ser feito no clube.
A duas jornadas do fim, os canarinhos conseguiram revalidar o título, alcançando 18 pontos em 24 possíveis.
No projeto do clube está inserido um ADN de futebol positivo, bem como de desenvolvimento individual do jogador inserido no coletivo.
Ao longo dos tempos, podemos afirmar que é existente a comunhão entre a Equipa Principal do clube e os restantes escalões, sendo a equipa de Vasco Botelho da Costa um dos destaques do projeto, pela sua ideia de jogo bem como pela potencialização de vários jogadores, tais como de Bernardo Vital, Volnei Feltes e Gilson Benchimol, que já tiveram oportunidade de chegar à Equipa Principal, e de Chiquinho que já valeu um bom encaixe financeiro para o clube pela transferência para o Wolves. Outros tantos irão certamente ter oportunidades em patamares superiores, como são os casos de Jota Oliveira (GR), Afonso Valente (MC), Duarte Carvalho (MO) e Serginho (MO).
De seguida, irá ser analisada a Fase Ofensiva da equipa:
Partindo do sistema base defensivo 1x4x2x3x1 em organização defensiva, ofensivamente podemos definir um sistema de 1x3x4x3, havendo sempre muita alternância de posicionamentos e nuances ao longo do desenrolar do jogo.
Pontapé de Baliza/Saída do GR:
No Pontapé de baliza ou saída do Gr, a equipa adota desde trás uma construção curta e apoiada, organizando-se em GR+4+2;
Jota (GR) assume-se como um interveniente influente na construção da equipa, tanto pela sua qualidade técnica como pela sua leitura de jogo; Volnei e Pablo Maldini afundam no terreno para serem o 1º apoio ao GR e Rúben Pina e Tiago Manso dão largura à equipa em posição baixa. Neste momento, destaca-se também Venaque que salta para o lado de Afonso Valente, sendo o 1º apoio nas costas da 1ª linha de pressão do adversário.
O objetivo fundamental nesta fase é a atração da pressão do adversário e a descoberta de homem-livre, para que a superioridade numérica seja obtida numa posição favorável para dar sequência à progressão no terreno de forma objetiva e controlada.
A equipa consegue ultrapassar a 1ª pressão através de:
- saída pelos alas em posição baixa;
- por ligação com os médios que conseguem receber de frente para o jogo;
- por dinâmicas de 3º Homem nos corredores laterais;
- com médio a baixar na largura aproveitando o espaço deixado pelos alas que projectam no terreno. (ver vídeo seguinte)
1ª e 2ª Fase de Construção:
Na 1ª e 2ª fase, a equipa apresenta muita variabilidade no seu jogo, com dinamismo e muita mobilidade. Assente num 1x3x4x3 muito dinâmico, o jogo posicional é bem vincado e positivo.
A circulação é sempre objetiva, simples (alternância entre passe curto e médio) e com velocidade, explorando os 3 corredores. A variação de corredor está sempre presente na fase de construir e criar, tentando atrair a pressão no corredor central para depois acelerar pelos corredores laterais com o objetivo de chegar a zonas de finalização.
Para tal, algumas dinâmicas são evidentes e constantes ao longo dos jogos, tais como:
- Mobilidade dos médios e avançado – constante presença de jogadores no corredor central, entre-linhas, gerando superioridades numéricas;
- Jogadores em constante mobilidade para atrair pressão e marcações para libertar homem-livre;
- Quando jogadores recebem de frente para o jogo e com bola descoberta, é o momento de acelerar ou de combinar a 1 toque para conseguirem progredir no terreno;
- Garantia de largura através do Alas;
- Aproveitamento de ações favoráveis para acelerar o jogo (combinações em jogo interior através de movimentos de apoio e rutura);
- Combinações simples no corredor lateral para aceleração e chegada ao último terço.
- Dinâmica de 3º Homem em corredor central e/ou corredor lateral.
Fase de Finalização:
Chegando ao último terço, a equipa consegue obter situações de finalização através de acelerações tanto pelo corredor central, como pelos corredores laterais através do aproveitamento da profundidade nas costas da linha defensiva, para chegar a situações de cruzamento.
A chegada à área é sempre feita com vários jogadores de uma forma rápida, agressiva e objetiva. As zonas de finalização também estão sempre bem definidas e preenchidas, destacando-se o posicionamento de jogadores à entrada da área para o aproveitamento de 2as bolas, cruzamentos e passes atrasados, conseguindo encarar a baliza adversária.
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