No 3º dia do Campeonato Europeu de sub-19 disputaram-se mais dois jogos: Áustria 1-1 Itália e Alemanha 3-4 Portugal.
Sobre o primeiro jogo do dia, não houve transmissão pelo que não podemos falar dele.
No jogo que mais apela aos portugueses, a equipa das quinas venceu a equipa anfitriã por 4-3, num jogo onde deu a impressão que Portugal é e foi melhor, mas que não soube gerir o jogo e as vantagens que teve, defendendo demasiado atrás nessas ocasiões, sem que a equipa alemã obrigasse muito a isso, na medida em que a qualidade desta não está ao nível de gerações anteriores quer colectivamente, bem como individualmente.
Na equipa germânica, Henrichs voltou a destacar-se dos restantes colegas. A forma madura como assume a organização do ataque, seja em condução ou em passe, impressiona. Sempre muito dado ao jogo, é por ele que todo o jogo da equipa alemã flui, é ele quem decide e define tudo. Defensivamente, voltou a mostrar qualidades na transição defensiva, algo que o treinador do seu clube valoriza bastante e que lhe poderá permitir lutar por um lugar, visto que o capitão da equipa vai estar de fora para disputar os JO. O outro destaque da equipa germânica foi o avançado Philipp Ochs, fundamentalmente, pelos golos que marcou e pelo carácter enérgico que exibiu em campo, mesmo que ainda desapareça bastante do jogo e que não tenha grande capacidade ao nível da escolha da opção mais correcta para dar seguimento às jogadas da equipa.
No lado português, Pedro Rodrigues exibiu todas as qualidades na forma como constrói as jogadas desde trás, mostrando uma qualidade de passe e uma visão de jogo muito acima da média. Não se limitou a tirar a bola das zonas de pressão lateralizando, foi sempre vertical e criativo nas suas acções, fiel às suas características e mostrando todo o talento que se lhe reconhece. Continuando a falar de criatividade, se Pedro Rodrigues construiu, João Carvalho criou no último terço. Fantástica a forma como define os lances, como consegue simplificar os lances ofensivos da equipa e servir os seus companheiros mesmo jogando deslocado para uma ala, onde não consegue explanar a 100% a sua qualidade.
No dia em que se fechou a segunda jornada do Campeonato Europeu de sub-19, disputaram-se dois jogos: Holanda 1-2 Inglaterra e Croácia 0-2 França.
O primeiro jogo do dia não teve transmissão televisão, pelo que qualquer comentário sobre ele seria mera especulação.
No segundo jogo, assistiu-se a uma partida algo desenxabida, sem grandes motivos de interesse, muito expectante de parte a parte e não muito bem jogada. A Croácia apresentou-se mais organizada que no último jogo, mas faltou alguma criatividade ao meio campo e continuou muito dependente de lances individuais dos extremos. A França tentou dar a iniciativa de jogo à Croácia e mostrou as suas forças: as transições ofensivas rápidas, aproveitando a defesa alta da Croácia e a capacidade que os elementos da frente têm para atacar o espaço livre.
Do lado dos balcânicos, numa exibição globalmente fraca, os menos maus foram: Brekalo, a estrela da companhia, tentou remar contra a forte maré que arrastava a equipa para zonas sem pé, forçando lances de 1×1, virando o centro de jogo, realizando diagonais da esquerda para o centro, embora se tenha agarrado muito à bola e tenha demorado a soltá-la, fruto, talvez, da pouca confiança que estava a sentir na dinâmica ofensiva da equipa. Depois, Moro, que esteve pouco tempo em campo, mostrou bons pormenores com bola, temporizando bem, realizando bons passes, ligando um pouco a equipa que estava completamente perdida em campo.
No lado dos gauleses, verificou-se que em termos defensivos, houve um condicionamento da construção croata, com uma primeira zona de pressão activa que dificultou a penetração no seu bloco, apesar de existir algum espaço entre este sector e a defesa. Ofensivamente, aproveitaram as valências, principalmente, de Mbappé que mostrou a qualidade do seu pé direito e a capacidade que tem para explorar o espaço vazio, bem como para encarar os adversários em lances de 1×1. Mostrou que tem algumas arestas a limar em termos de definição, mas para o jogo que os franceses se propuseram a realizar, encaixou na perfeição. Tousart, o capitão, mostrou-se bastante competente nas coberturas aos corredores laterais e comandou a altura do bloco, coordenando as zonas onde a equipa queria pressionar e de que forma a equipa tentava fazê-lo. Mostrou algumas más abordagens a lances de 1×1, mas não daí não ocorreram problemas de maior.
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