O brasileiro Evander é, aos 22 anos, o melhor jogador que o campeonato dinamarquês tem para mostrar. Estrela do campeão FC Midtjylland, o médio centro parece pronto para dar o próximo passo na carreira, depois de uma temporada onde revelou amadurecimento e uma maior regularidade exibicional em relação a 2018/19.
MOMENTO DEFENSIVO
Enquanto médio construtor de jogo que é, o momento defensivo é aquele no qual Evander apresenta mais dificuldades. A folha estatística indica algo como uma média de 2,5 desarmes conseguidos nos últimos 20 jogos, mas o brasileiro é ainda assim um jogador pouco agressivo nas disputas pelo esférico.
Habitualmente com um parceiro na zona central do terreno, Evander atua como interior esquerdo e fica mais responsável pelo processo de construção do que propriamente em defender. A maior parte dos duelos que ganha são a meio-campo e é mais comum vê-lo recuar para junto da própria área para pegar na bola desde trás e empurrar a equipa para a frente do que propriamente para defender. Grande parte dos lances que ganha sobre os adversários são na segunda bola ou quando, juntamente com um colega, consegue superioridade numérica sobre o oponente.
O jogo aéreo é talvez o principal ponto fraco do jovem canarinho. Franzino, com os seus 1,79m e 76kg, Evander não tem problemas em ir à disputa no ar, mas acaba quase sempre por perdê-la (nos últimos 20 jogos apresenta uma média de 2,8 duelos aéreos por jogo, mas apenas 0,95 foram ganhos pelo camisola 10 do FC Midtjylland).
Para fechar o capítulo defensivo, falta falar da pouca capacidade de Evander em pressionar alto. Fá-lo por vezes, mas não é um movimento comum e é algo onde pode trabalhar. É um jogador que não possui muita velocidade e que gosta de colocar o jogo “no congelador”, gerindo o ritmo como o entender no momento. Resumindo, falta-lhe a tão falada “intensidade” sem bola.
MOMENTO OFENSIVO
Evander, com bola, é um jogador acima da média. Já foi mencionado o facto de ser um atleta capaz de ditar o ritmo a que se joga, sendo que prefere quase sempre um ritmo mais lento e que lhe permita pensar o jogo com calma.
No sistema de jogo do FC Midtjylland, Evander atua como médio interior esquerdo, mas é um atleta que tem muita chegada à área (média de três remates por jogo em 2019/20), tem golo – apontou nove esta temporada – e remata muito bem de meia distância, uma arma muito útil em jogos contra adversários em bloco baixo e onde surjam dificuldades em “furar” a defesa.
Como médio criativo que é, não se pode deixar de mencionar a qualidade no passe, a visão de jogo e a relação com a bola que o brasileiro apresenta. Esta temporada apontou 11 assistências e conseguiu cerca de 2,5 passes-chave por jogo. Por último, é também importante mencionar a capacidade de drible, uma das suas imagens de marca, e a qualidade na execução de bolas paradas.
Em jeito de conclusão, e aproveitando que o nome de Evander tem sido fortemente associado ao FC Porto, é possível notar algumas parecenças com Otávio. Em relação ao médio portista, Evander é menos capaz no momento defensivo, mas ganha na hora de atacar com caraterísticas que Otávio não possui, nomeadamente a capacidade de criar perigo na bola parada, a boa chegada à área e consequente aptidão para o golo ou ainda os remates de meia distância.
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