FC Porto vs Juventus: Dragões de ouro
Jogo de altíssimo nível do FC Porto a dar uma vantagem de 2-1 na eliminatória e a aumentar as possibilidades de chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Com golos a abrir ambas as partes, os dragões derrotam os eneacampeões italianos.
O jogo começou de feição para a equipa de Sérgio Conceição. A postura inicial altamente pressionante originou uma perda de bola por parte de Bentancur que, pressionado por Sérgio Oliveira, recebeu a bola orientado para a sua baliza e, ao errar o passe para Szczesny, ofereceu o golo a Taremi. Fundamental o movimento circular de Taremi na pressão impedindo o passe para De Ligt e forçando a entrada da bola em Bentancur.
A vantagem no marcador trouxe conforto no jogo para o FC Porto. Apesar de não ter deixado de exercer uma pressão alta na 1ª fase de construção da Juventus, os dragões sentiram-se bastante confortáveis na sua organização em bloco médio, com referências de pressão muito bem definidas e com capacidade de controlar os jogadores abertos da Juventus: Chiesa à direita e Alex Sandro à esquerda.
Na 1ª fase de construção portista, a forte pressão da Juventus impedia a construção curta, mas o facto de os 2 médios (Bentancur e Rabiot) encaixarem em Sérgio Oliveira e Uribe, libertava espaço para o ganho de segundas bolas por parte de Taremi após disputa de bola aérea por Marega.
O segundo golo do FC Porto surge aos 20 segundos da 2ª parte. Numa situação claramente trabalhada, o pontapé de saída é colocado de forma longa para Pepe disputar no jogo aéreo, com os dragões a garantirem várias linhas de cobertura para a conquista da segunda bola. Apesar de o central português não ter dividido o lance com De Ligt, os dragões ganharam a posse de bola e, através de uma excelente combinação no corredor direito, Marega ampliou a vantagem para 2-0.
A falta de ideias ofensivas por parte da Juventus foi clara. A circulação por zonas recuadas era consentida pelo FC Porto mas, aquando da chegada ao último terço, faltou variabilidade na forma de atacar a área dos dragões, que com sucesso conseguiram garantir situações de igualdade numérica na proteção aos corredores laterais.
A postura pressionante dos dragões manteve-se ao longo de todo o jogo e, embora a Juventus tenha terminado o jogo com mais posse de bola (66%), foi evidente a intenção da equipa de Sérgio Conceição em criar desconforto à equipa italiana no seu processo de construção de jogo.
A entrada de Grujic para o lugar de Marega trouxe um maior preenchimento do corredor central, permitindo que Sérgio Oliveira e Uribe se libertassem para a pressão aos médios da Juventus que baixavam para assumir o jogo, ficando sempre assegurada a cobertura pelo médio sérvio.
O golo da Juventus surge através de uma incursão pelo corredor esquerdo. Ao sentir que a zona à frente da linha defensiva estaria desprotegida, Pepe retarda a corrida para ocupar este espaço. O cruzamento de Rabiot é muito bem executado com a bola a passar precisamente pelo espaço entre Pepe e Zaidu, surgindo Chiesa a finalizar sem oposição.
Uma vitória que poderia até ter sido mais folgada, tivesse o FC Porto ter sido mais eficaz em ocasiões como as de Sérgio Oliveira e Corona.
Resultado importante e que, muito pela exibição coletiva e capacidade de condicionar o jogo ofensivo da Juventus, abre boas perspetivas para a passagem aos quartos de final da liga milionária.
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