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Felizes das que rematam à baliza

Depois do desaire por 0-1 no Estádio do Restelo, Portugal não conseguiu dar a volta à eliminatória perante a Rússia e falhou o apuramento para o Campeonato da Europa de 2022. A equipa lusa empatou sem golos em Moscovo, num jogo com parecenças ao encontro da primeira mão.

O selecionador nacional, Francisco Neto, manteve o 4x4x2 losango em prática, mas fez algumas alterações. Na baliza, Patrícia Morais deu o lugar a Inês Pereira e a regressada Jéssica Silva saltou diretamente para o onze inicial, tendo assumido o lugar de Carolina Mendes e feito dupla atacante com Francisca Nazareth. Numa outra mudança tática em relação ao primeiro jogo, Cláudia Neto trocou diretamente com Andreia Norton e jogou mais próxima da baliza contrária, ao passo que a jogadora do SC Braga recuou no terreno.

Portugal, à semelhança do primeiro jogo, entrou bem e teve 20 minutos de qualidade. A equipa portuguesa, em bloco médio/alto, conseguiu forçar algumas perdas de bola das russas e conseguiu ter uma circulação de bola confortável a toda a largura do campo, ao mesmo tempo que conseguiu ligar algumas vezes por dentro com Cláudia Neto e até com Francisca Nazareth, que recuou em múltiplas ocasiões para procurar jogo.

A melhor jogada de Portugal em toda a eliminatória

Com o avançar do relógio, a Rússia ajustou o posicionamento. As russas colocaram um bloco mais baixo, para tirar a profundidade à seleção portuguesa, e ao mesmo tempo compacto, de forma a fechar o corredor central. A seleção portuguesa foi forçada a jogar na periferia e por lá ficou durante todo o resto do encontro. O abuso do cruzamento foi evidente e ao mesmo tempo pouco eficaz quer pelo facto da Rússia possuir uma guarda-redes e defesas centrais imponentes no jogo aéreo, quer pelo facto das duas avançadas lusas – Jéssica Silva e Francisca Nazareth – possuírem características que as tornam jogadoras móveis e com capacidade de dar largura e não referências na área.

Nesta última situação, Andreia Jacinto até tem linha de passe totalmente aberta para Fátima Pinto, mas não deixa de ser notória a presença de várias atletas russas na zona da bola para executar uma rápida pressão na portadora. Isto aconteceu em vários momentos e foi o segredo para as russas trancarem a zona central. Como se pode ver na segunda imagem, a linha de passe para Cláudia Neto está fechada e não resta outra opção a Andreia Jacinto que não o passe para trás ou para o lado, nenhum deles um passe progressivo.

De um modo geral, Portugal teve bons momentos durante a eliminatória, nomeadamente os primeiros 20/25 minutos de cada um dos jogos. Contudo, mesmo nessas alturas teve dificuldade em criar situações de golo e rematou muito pouco à baliza. A partir daí, a Rússia ajustou o bloco defensivo e levou o jogo para uma dimensão onde se sente confortável, a física, sendo que Portugal não conseguiu contornar esse aspeto.



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