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Uma final para o acesso à Champions

Braga e Benfica protagonizavam no estádio municipal de Braga, mais do que um jogo entre duas equipas de proa do nosso futebol, a possibilidade de um jogo de confronto directo entre ambos que os colocasse numa posição de vantagem relativamente ao outro para chegar ao 3º lugar, que na próxima época garante a participação na liga milionária.

Aliado a este facto, nem uma nem outra equipa queriam deixar fugir (ainda mais leia-se….) Sporting e Porto no topo da classificação da Liga NOS, numa tentativa de ainda os conseguir “ver” e a esperar/desejar por possíveis escorregadelas até ao final do campeonato.

Ou seja, uma derrota na noite de Domingo poderia colocar em causa o acesso à Liga dos Campeões do próximo ano; cravar um fosso maior para os dois primeiros classificados e ainda quem perdesse, sair algo fragilizado de um jogo contra o futuro oponente na final da Taça de Portugal a realizar dentro em breve…

Começo do primeiro tempo…

  • Só não foi uma surpresa porque já vinha sendo noticiada ao longo da semana, a possibilidade que se viria a confirmar, de Jorge Jesus lançar o sistema tático de 3 defesas: 3-4-3 em processo ofensivo e 5-4-1 defensivamente.
  • Já Carlos Carvalhal manteve-se fiel ao sistema tático da sua equipa num 4-4-1-1, conforme prometido na antevisão ao jogo.
  • Ambas as equipas a tentar e a conseguir, condicionar as saídas de jogo do adversário logo desde trás, através de uma pressão alta e agressiva, blocos subidos no terreno de jogo e a forçar de parte a parte, o cometer de alguns erros e perdas de bola em zonas ditas perigosas.
  • Jogo dividido, equilibrado entre duas equipas claramente desconfortáveis com a pressão adversária, a ter de recorrer a passes longos mais na frente para puderem soltar-se dessas zonas de pressão.
  • De salientar a extrema importância do avançado benfiquista Seferovic nos apoios frontais prestados na frente de ataque, possibilitando uma saída para que pudessem saltar dessas zonas de pressão bracarenses, segurando os defesas nas suas costas, conseguindo rodar e ficar de frente para a baliza contrária e a permitir demarcações de ruptura de Rafa nas costas da defesa dos da casa (os dois golos das águias têm este tipo de participação do suíço)
  • Já o Sporting Clube de Braga ia tentando no ultimo terço ofensivo, desmontar a numerosa linha defensiva do Benfica, através dos recuos para o espaço entre linhas de Piazón (levando consigo na marcação Vertonghen) e de Ricardo Horta (arrastando consigo Lucas Veríssimo)
  • Sistemas de jogo dispares, mas estratégias de jogo com ideias idênticas, não apenas no bloco alto na pressão, mas também numa tentativa clara de no último terço ofensivo solicitar através do último passe, o explorar da profundidade nas costas das defesas
  • Aqui também de mencionar a atenção tanto de Helton Leite como de Matheus para o controlo dessa mesma profundidade

Expulsão de Fransergio como momento desbloqueador do jogo

  • Aos 39 minutos num dos momentos de pressão agressiva sobre o portador da bola em meio campo adversário, Fransergio já com amarelo, comete uma falta levando o segundo cartão e consequente vermelho, e minutos depois, Rafa iria marcar o primeiro golo do encontro, ainda antes do intervalo.

Uma 2ª metade bem distinta

  • Desengane-se quem pensaria que a inferioridade numérica iria levar a que os guerreiros do Minho iriam baixar linhas e esperar pelos momentos certos para sair rápido no contragolpe
  • Pelo contrário, mantiveram-se organizados num 4-4-1 num bloco alto na tentativa de continuar a anular a 1ª fase de construção de jogo adversária
  • Quando se pensaria na possibilidade de Jesus desde o banco, desfazer o sistema de 3 defesas e tentar tirar partido da superioridade numérica com a colocação de mais um atacante, num mais rotinado 4-4-2, optou por manter a mesma tática, o que muito terá contribuído o golo ao cair do pano da primeira parte, não necessitando de arriscar ofensivamente.
  • Contudo, cedo se percebeu que a inferioridade numérica não permitia que fosse possível anular esta fase de jogo adversária como vinha a ser feita na primeira metade do jogo, e sentia-se que a equipa ia-se estendendo demasiado no terreno de jogo e ia abrindo demasiados espaços nas zonas entre-linhas, que iam sendo muito bem aproveitados pelo clube da Luz, que ia saindo em contra-ataques venenosos tendo apenas pela frente, a linha defensiva oponente.

  • Não foi portanto de admirar que numa dessas iniciativas, Seferovic viria a fazer o 0-2 aos 56 minutos.
  • Após este segundo golo, os bracarenses recuaram linhas e permitiram o controlo do jogo por parte do rival, enquanto que a inferioridade numérica continuava a evidenciar dificuldades com o avançado muito isolado e desamparado na frente e sem que os seus companheiros conseguissem ligar jogo ofensivo .

Há um jogo 11 contra 11 e um outro jogo 10 contra 11

  • Parece um cliché, mas pode resumir o que se passou na Pedreira. Antes da expulsão: jogo muito dividido, equilibrado com ambos os clubes a anularem-se mutuamente, podendo pender a vitória para qualquer um dos lados.
  • Após a expulsão: a tentativa de continuar com o mesmo tipo de estratégia com menos um elemento em campo foram fatores cruciais para o desenlace do encontro.


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