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[:pt]O Flamengo foi uma das equipas sensações desta época no Brasil, embora de forma intermitente. Depois de um início complicado com o técnico Zé Ricardo, a direcção decidiu apostar no colombiano Reinaldo Rueda.

O ‘Mengão’ nem sempre foi um conjunto consistente mas mostrou ser uma equipa com um elevado potencial, fruto de jovens como Klebinho (19 anos), Léo Duarte (21 anos), Lucas Paquetá (20 anos), Matheus Sávio (20 anos), Vinicius Júnior (17 anos), Felipe Vizeu (20 anos) e Lincoln (16 anos). Na partida para a última jornada do Brasileirão, a equipa orientada por Reinaldo Rueda ocupa o 6º lugar com 53 pontos, disputa a meia final da Copa Sul-Americana e foi finalista da Copa do Brasil onde perdeu na final contra o Cruzeiro.

Analisamos a ideia de jogo do Flamengo do técnico colombiano. Relativamente aos seus antecessores, Rueda mantém a ideia da posse desde o seu sector mais recuado, no entanto a sua proposta de jogo passa por verticalizar mais o jogo, para chegar ma área do adversário em menos tempo, procurando também surpreender as equipas contrárias, com um jogo mais rápido.

A sua estrutura organizacional passa por um 1-4-2-3-1, como mostra a figura 1.

 

Na 1ª fase de construção conseguimos identificar dois tipos de indicadores que nos parecem importantes apontar. Uma saída a 3 com um dos médios a recuar, quer seja para o centro, entre os centrais, ou para um dos corredores, permitindo alguma projeção do lateral. No caso de um dos médios não baixar para criar uma situação a 3, a equipa mantém-se muito junta, com os laterais pouco projetados e os centrais muito próximos um do outro. Se na nossa opinião este factor é limitador para que a equipa possa sair com mais qualidade, também não somos alheios ao facto que numa possível perda de bola, a equipa está mais preparada para reagir à sua perda e procurar defender a baliza com mais eficácia. Nas figuras 2, 3 e 4 mostramos as diferentes opções na 1ª fase de construção.

A equipa do Botafogo, e bem, conseguiu identificar qual o central com menos capacidade técnica e aproveitou todas as oportunidade para o pressionar. Como já fizemos referência, por estarem demasiado próximos, os central do Flamengo acabam por facilitar esta pressão.

 

Nesta 1ª fase de construção os dois médios trabalham muito para poder ser solução por dentro. Uma particularidade é a complementaridade entre os dois, já que estão constantemente a movimentar-se e a trocar de posições. Dificilmente vemos 35|Diego, ou um dos extremos baixar para ser solução, já que o objectivo é claro, ter soluções para os apoios longos.

 

Na 2ª fase de construção já podemos observar os apoios dos extremos por fora e a subida de 5|Willian para dar linha de passe por dentro, como verificamos na imagem seguinte. Os constantes movimentos dos dois médios faz com que as marcações sejam muito difíceis por parte do Botafogo, permitindo explorar os espaços livres por dentro, neste caso de 5|Willian Arão.

 

A partir do momento em que a equipa se encontra na 2ª fase de construção, entra em ação o nosso bem conhecido 35|Diego (ex FC Porto). Jogando atrás do ponta de lança 9|Guerrero, Diego tem liberdade para percorrer toda a largura do terreno de jogo, procurando sempre, com inteligência os espaços que possam estar vazios, para assim criar situações de perigo para a baliza adversária, bem como facilitar o jogo ofensivo dos colegas, como fixar e atrair a si adversários, para depois soltar no colega melhor posicionado.

 

No entanto este desposicionamento de Diego, também pode criar constrangimentos ofensivos para a sua equipa, já que em muitos momentos falta um jogador em zonas interiores para dar seguimento ao jogo por dentro.

 

Quando Diego procura zonas interiores o jogo ofensivo do Flamengo torna-se mais imprevisível, dificultando o jogo defensivo adversário, permitindo que a equipa chegue com perigo na área do adversário.

 

Uma das soluções ofensivas passa por atrair o adversário para um dos corredores, para se seguida orientar o jogo para o lado oposto. Na imagem seguinte verificamos como 5|Willian e 35|Diego se posicionam nos espaços livres, dando linhas de passe seguras, na diagonal dos colegas. Esta é uma imagem de marca de 35|Diego sempre a explorar os espaços vazios, entre linhas ou nas costas dos médios adversários, quando a bola se encontra no lado contrário.

Na última fase de construção 35|Diego volta a ser o jogar em evidência, atraindo os adversários para libertar os colegas em melhores condições. Do lado da bola, o extremos oferece uma solução em largura e profundidade, enquanto que o extremo do lado contrário entra em zonas de finalização. A zona da 2ª bola é ocupada neste caso pelo lateral direito, mas na nossa opinião deveria ser um dos médios de cobertura a estar posicionado nesta zona.

 

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