Jovane Cabral é um cabo-verdiano de 20 anos que deu nas vistas na extinta equipa B do Sporting Clube de Portugal. Isso fez com que, já na temporada passada, o talento africano não passasse despercebido a Jorge Jesus, tendo o técnico português chamado o jogador à equipa principal. Nesta pré-temporada da época 2018-19, José Peseiro tem chamado várias vezes Jovane Cabral aos jogos da equipa leonina e o cabo-verdiano tem correspondido com excelentes prestações. Em quatro jogos que disputou marcou por três vezes: atuou 45 minutos frente ao Stade-Lausanne (marcando um golo); 29 minutos frente ao Nice; 26 minutos frente ao Neuchâtel Xamax; e, finalmente, atuou os 90 minutos frente ao Lancy FC (marcando dois golos).
Mas não é pelos golos – aliás, todos de belo efeito – que esta jovem promessa se destaca. Como pontos fortes, saliento a excelente capacidade técnica e domínio de bola aliando-a à elevada rapidez. É ainda bom executante de bolas paradas. Quando atua no lado esquerdo do ataque, procura várias vezes a posição certa para o remate à baliza de pé direito. Apresenta ainda um bom entrosamento com os colegas de equipa o que, dada a sua idade, é algo muito raro acontecer. É um diamante em estado bruto que só a experiência e a maturidade refinará.
Mas as pérolas não se fazem sozinhas e existem sempre aspetos a melhorar. No caso de Cabral, terá que melhorar a velocidade com que toma as decisões em campo, sendo algo lento neste domínio. Por vezes, há colegas soltos no ataque e cede-lhes a bola um pouco tarde, perdendo-se com isso a perigosidade de vários lances. Além disso, Jovane Cabral tem um longo trabalho a realizar no capítulo defensivo: ainda não compensa como deve, no plano defensivo, na faixa onde se encontra a jogar; quando o lateral do “seu” lado progride no terreno, Cabral tem que absorver uma mentalidade defensiva, procurando compensar a subida do lateral. Parece-me um jogador muito orientado para o ataque, mas tem que perceber que o melhor ataque é a defesa.
Em resumo, Jovane Cabral tem tudo para esta época despontar no futebol português e, em particular, no Sporting CP, apesar da concorrência ser fortíssima. Com extremos como Acuña, Raphinha, Nani e Matheus Pereira, a vida do jovem pode ficar ofuscada no plantel principal dos leões. Talvez Peseiro o coloque a jogar nas Taças ou nos minutos finais das partidas para que este jovem prodígio comece a aparecer e a afirmar-se. Potencial não lhe falta.
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