Kai Harvetz já é uma certeza do futebol mundial. Seguido por vários gigantes europeus, viu o seu treinador Peter Bosz prever um valor base para a sua transferência. Colocou a fasquia bem alta, “acima dos 100 milhões de euros”.
Não nos cabendo a nós avaliar o valor de mercado do jogador ou a justiça de tais números, podemos afirmar que dentro das quatro linhas, o médio ofensivo pode chegar ao nível dos melhores do mundo. Com apenas 20 anos e 189cm, Harvetz é um médio moderno. Esquerdino, é capaz de atuar como médio de ligação “box-to-box”, como um clássico “nº 10”, a partir de uma posição mais aberta no corredor ou mesmo como um “falso 9”. É dotado de variados recursos técnicos e de grande inteligência tática que lhe permite ver “à frente” e antecipar as jogadas antes de elas acontecerem.
Analisando as estatísticas, podemos ser levados a pensar que a capacidade finalizadora de Harvetz piorou em comparação com a época anterior, revelando um decréscimo no seu “momento de forma”. Contudo esta análise quantitativa poderá revelar-se precipitada. Na realidade, o que os números demonstram, é a variabilidade tática que o Germânico pode dar à sua equipa, conforme as necessidades desta.
Se em 2018/2019, com Julian Brandt na equipa (que assumia a criação e o último passe), Harvetz podia aparecer (através de movimentos de segunda linha) na área adversária, exacerbando a sua apetência para fazer golos, esta época trouxe um jogador mais completo e variado, à volta do qual orbita grande parte do jogo ofensivo do Leverkusen.
Partindo de um posicionamento mais descaído pela direita ou entre-linhas como médio ofensivo, Kai Harvetz tem características que distingue os bons dos melhores: a capacidade de recepção orientada (mesmo sob pressão) e a qualidade do seu primeiro toque.
Não é fácil criar um padrão de movimentos no jogo de Harvetz, uma vez que este demonstra a capacidade de ver “o que o jogo lhe dá” e aproveitar esses espaços. Pode surgir entre as linhas do adversário, onde revela uma qualidade suprema de receber enquadrado (com o pé mais próximo da baliza do adversário) e ficar de frente para a linha defensiva do adversário. Nestes momentos, pode assistir os colegas ou partir para a jogada individual/remate exterior. Mas também realiza vários movimentos de diagonal exterior, onde encontra o espaço e tempo para criar, aproveitando as costas do lateral adversário. Por último, mas não menos perigoso, pode surgir em zonas de finalização através dos já mencionados, movimentos de segunda linha. Não sendo um velocista puro, consegue ser um jogador bastante rápido. Esta característica, aliada à sua inteligência, permite-lhe aproveitar os espaços nas costas da linha defensiva (movimento tão característico da época 2018/2019).
A esta inteligência “tática”, Harvetz adiciona o requinte técnico no último passe.
Se todas estas características já o tornam um jogador de topo, Kai Harvetz demonstra o faro para procurar o espaço certo para finalizar, seja através de um movimento de rotura, seja a perceber o movimento da linha defensiva e a “parar” para receber o passe atrasado. Esta eficácia e compostura na hora de finalizar transforma-o num jogador ainda mais valioso, completo e diferenciado.
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