Leão soube esperar pelo erro antes de caputrar a presa – SL Benfica x Sporting CP
O muito aguardado dérbi na Série Sul da primeira fase da Liga BPI aconteceu este sábado. SL Benfica e Sporting CP encontraram-se no Estádio da Tapadinha, com as comandadas de Susana Cova a vencerem de forma incontestável por 0-3.
A equipa encarnada alterou o esquema em relação, por exemplo, ao jogo com o PAOK. O SL Benfica passou do 1x4x4x2 losango para o 1x4x2x3x1, com Christy Ucheibe e Pauleta a funcionarem como duplo pivot. Esta alteração permitiria à equipa de Luís Andrade ter igualdade numérica no corredor central com as interiores do Sporting CP, que adotou o 1x4x3x3 com Tatiana Pinto e Fátima Pinto, apoiadas por uma Andreia Jacinto mais recuada.
O jogo começou com o SL Benfica melhor, mais pressionante e a chegar com maior perigo à baliza de Inês Pereira. Com um meio-campo mais de combate, com Andreia Faria a funcionar quase como terceira médio e a deixar o corredor para Catarina Amado, a equipa de Luís Andrade procurou muitas vezes atacar a profundidade com bolas longas à procura de Cloé Lacasse e de Nycole.
Os primeiros 30 minutos foram controlados pelo SL Benfica, que teve as melhores chances de golo. A reação do Sporting CP, contudo, foi do mais eficaz que podia existir: deu golo. Na primeira ocasião, as leoas aproveitaram uma recuperação de bola em zona adiantada e Ana Capeta abriu o marcador com um grande pontapé.
O golo surge de um erro de Andreia Faria, mas um erro forçado por uma boa pressão do Sporting CP, nomeadamente de Andreia Jacinto e Ana Capeta. Existe um momento em que se abre uma linha de passe de Andreia Faria para Christy Ucheibe, mas a decisão da 6 encarnada já estava tomada e o passe foi bem lido e intercetado por Capeta. Apanhada em contrapé quando se preparava para iniciar o ataque, a equipa encarnada consentiu o golo na transição.
Depois do golo inaugural, o jogo mudou. Em desvantagem, o SL Benfica procurou atacar com outra urgência, o ritmo subiu e o jogo partiu-se. Os dois conjuntos tiveram espaço para atacar e contra-atacar.
Na segunda parte, o Sporting CP procurou condicionar a saída de bola do SL Benfica. A equipa leonina subiu as linhas e o trabalho do meio-campo na pressão destacou-se.
Apesar de também passar a pressionar alto em alguns momentos, o Sporting CP não deixou de procurar explorar o erro do adversário com transições noutras alturas. O segundo golo nasce de mais uma transição rápida. Esta assertividade na variação entre bloco alto e bloco médio/baixo foi um dos principais aspetos positivos da equipa de Alvalade.
Em resumo, o SL Benfica começou melhor e até poderia ter-se colocado em vantagem por várias vezes. Contudo, o leão soube esperar pelo erro para capturar a presa e, uma vez em vantagem, manteve a tranquilidade. A equipa de Susana Cova destacou-se pela organização, pela agressividade a meio-campo (um aspeto onde foi melhor que o SL Benfica) e pela capacidade de perceber quando seria a altura de pressionar e quando seria a altura de recuar, juntar o bloco e esperar pela oportunidade de contra-atacar. Uma exibição inteligente e muito pragmática da equipa leonina que valeu três saborosos pontos.
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