Lição de futebol e eficácia
Os campeões nacionais receberam os campeões ingleses num jogo de sentido único em que o City acabou por resolver a eliminatória na primeira mão ao vencer em Alvalade por 0-5. O Sporting não abdicou dos seus princípios e estrutura táctica. Alinhou no seu habitual 3-4-3 mas foi obrigado a ajustar face à qualidade colectiva e individual dos citizens. Uma das melhores equipas do Mundo na actualidade.
A pressão exercida não foi tão agressiva e alta como é habitual. O próprio treinador leonino, Rúben Amorim, explicou as dinâmicas que teve de alterar na partida face à superioridade exercida pelo adversário. Os seus jogadores queriam pressionar mais à frente para condicionar a saída de bola do City mas a estratégia adoptada visou outro tipo de pressão com as linhas mais juntas para não concederem espaços entre linhas caso a pressão não fosse eficaz.
A juntar a isso a equipa de Guardiola consegue sair desde trás contra equipas que pressionam alto, atraindo a pressão para depois libertar nos jogadores do meio campo. É dessa forma que o City muitas vezes convida os adversários a subirem para depois os ferir.
Os leões não caíram na tentação de saltar logo na pressão como fazem habitualmente nas competições nacionais. O que não significa que tenham abdicado da sua identidade, apenas adaptaram a sua estratégia perante o adversário da mesma forma que o fazem contra outras equipas. A forma de pressionar do Sporting frente ao Benfica e Porto não é igual à forma como pressionam outros adversários a nível nacional.
A falta de agressividade que foi falada durante a partida prende-se muito com a maior capacidade de reacção e velocidade dos ingleses. Quando os jogadores do Sporting procuravam pressionar e condicionar a acção contrária a bola já não se encontrava no mesmo local, pelo que não era possível à equipa portuguesa travar as iniciativas dos citizens.
O City demonstrou ser superior durante toda a partida com uma velocidade de execução muito acima da média em comparação com os leões. Ainda assim não foram muitas as oportunidades que criaram, sendo que apresentaram uma taxa de eficácia muito elevada.
Conseguiram potenciar os erros individuais dos leões e com a qualidade individual que apresentam foram felizes em momentos determinantes na partida com golos nas primeiras oportunidades de perigo que criaram. A partir daí os leões entraram numa espiral negativa e nunca se conseguiram encontrar em campo, com Amorim a privilegiar a estabilidade emocional da equipa quando colocou Ugarte em campo para reforçar o meio campo, transformando o sistema em 3-5-2, para que o Sporting não sofresse mais golos com uma goleada que pudesse dar origem a consequências nas competições nacionais pelo estado anímico que a equipa podia apresentar.
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