Liverpool x FC Porto: Competitivos, mas perdulários
Foi um FC Porto extremamente competitivo o que se apresentou em Anfield. Sérgio Conceição manteve a abordagem habitual na Liga dos Campeões, com os dragões a apresentarem-se num 4x4x2 muito pressionante nos momentos de construção do Liverpool e a procurar comandar o rumo do jogo.
Apesar da valência da equipa inglesa e da força que lhe é característica em ataques rápidos, o facto de ter havido alguma rotação no onze inicial, retirou capacidade individual na definição dos lances ofensivos, aumentando não só a eficácia da pressão alta do FC Porto, mas reduzindo significativamente o risco de haver perigo para a baliza de Diogo Costa, nos momentos em que esta primeira pressão era ultrapassada. Em bloco médio, o FC Porto foi capaz de manter o seu bloco compacto, o que dificultou a ligação de jogo interior do Liverpool.
A primeira grande oportunidade de golo pertenceu ao FC Porto, após uma recuperação de bola no corredor central. Taremi lançou Luis Díaz na profundidade e, após atacar o espaço em velocidade, o colombiano serviu Otávio que desperdiçou um golo que poderia ser determinante. Importante para o Liverpool a ação do lateral Tsimikas que condicionou a finalização de Otávio.
A equipa de Klopp, como já é habitual, procurou também impedir a construção curta do FC Porto, com os jogadores mais adiantados a terem um papel importante na primeira pressão ao portador da bola, com os extremos Salah e Mané a dividir o espaço entre central e lateral.
Do ponto de vista ofensivo, os dragões alternaram entre a construção curta (com Otávio a ser importante na procura dos espaços interiores) e saídas longas maioritariamente direcionadas para Evanilson (mas também para Taremi e Luis Díaz), com uma boa ocupação de espaço para a conquista das segundas bolas, quer por Taremi quer pelos médios Uribe, Sérgio Oliveira e Otávio.
A pressão alta foi uma constante ao longo da primeira parte, valendo várias recuperações de bola em zonas adiantadas e, consequentemente, lances de perigo para a baliza de Alisson. Servido de forma excelente por Otávio, Taremi voltou a ter o golo nos pés, mas optou pelo passe quando se encontrava na cara de Alisson.
No início da segunda parte, a equipa de Klopp adiantou-se no marcador através de Thiago. Num livre lateral cobrado por Chamberlain, o FC Porto colocou todos os jogadores em situação defensiva. O facto de a bola aérea ter sido disputada pelo jogador (Otávio) que ocupava o espaço à frente da defesa zonal dos dragões, impediu que este controlasse a zona da entrada da área, sobrando a bola para Thiago que, sem oposição, adiantou o Liverpool no marcador.
O FC Porto manteve uma abordagem ousada e voltou a beneficiar de oportunidades de golo que surgiram de recuperações de bola em zonas adiantadas.
Sérgio Conceição lançou a jogo Vitinha e Francisco Conceição para acrescentar criatividade ofensiva, mas numa fase em que a equipa já estava com dificuldade em manter-se constantemente ligada nos momentos de pressão e com pouco discernimento para manter a posse de bola após a recuperação.
O desgaste físico e o decréscimo dos níveis da concentração por parte dos dragões permitiram que o Liverpool ampliasse a vantagem. Mantendo a postura pressionante, o FC Porto foi-se tornando menos capaz na recuperação defensiva e, com mais espaço para executar, Salah concretizou o 2-0 que definiu o resultado final.
Jogo competente do FC Porto, como já vem sendo apanágio na Liga dos Campeões. A ineficácia nos momentos de definição e finalização foram ainda assim determinantes e os dragões saem de Inglaterra com a sensação que o resultado poderia ter sido outro.
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