Makoto Mitsuta: MVP e Rookie da J1
Makoto Mitsuta é mais um dos bons jogadores japoneses que só chega ao mais alto nível do futebol nipónico aos 22 anos. Tendo passado os últimos 3 anos na Universidade Ryutsu Keizai, a mesma de Hidemasa Morita, só esta época chegou à J1. Entrou sem muito hype e como um rookie relativamente desconhecido, mas rapidamente entrou no 11 titular do Sanfrecce Hiroshima, de Michael Skibbe. Começou por jogar como ala esquerdo num esquema de 3 centrais, mas a sua influência ofensiva levou a que passasse a jogar como médio ofensivo, no trio da frente (com Morishima a seu lado e com Ben Khalifa como referência ofensiva). Aí, fez sentir a sua influência também a nível estatístico, levando neste momento 11 golos e 13 assistências nos 43 jogos que fez para todas as competições.
Tem sido instrumental para a época surpreendente que o Sanfrecce está a fazer. Neste momento, contra todas as expectativas, estão em 3º na liga e em posição de qualificação para a Liga dos Campeões Asiáticos. Pela seleção já leva 2 jogos, mas na Taça do Leste Asiático, uma competição em que as seleções só podem levar jogadores que estejam a jogar na Ásia. Em jogos de preparação e de qualificação para o Mundial ainda não teve uma chance e dificilmente irá ao Qatar.
Momento Defensivo
Mitsuta não se esconde no momento defensivo. Muito disponível para a pressão e agressivo na recuperação de bola, é instrumental para a pressão alta que Skibbe imprime na equipa. São várias as vezes que tenta intercetar passes de risco na defesa adversária e que tenta usar carrinhos para recuperar o esférico. Como ala, apesar de ser agressivo e bastante disponível, denota dificuldades no 1×1 contra extremos e alas mais rápidos. Essencialmente, não sendo um jogador defensivo ou de características mais defensiva, sempre que possível tenta ajudar no processo como pode. Tem que melhorar no 1×1 e na agressividade com que aborda alguns lances. Apesar de ainda não o ter traído, a verdade é que por vezes é agressivo em demasia.
Momento Ofensivo
É aqui que o japonês brilha. Extremamente criativo e possuidor de uma capacidade de finalização acima da média, encontra nos half-spaces o espaço perfeito para desequilibrar e definir o jogo ofensivo do Sanfrecce. Não se esconde de ter bola e de querer fazer a diferença, sendo rara a vez em que não tenta o passe vertical para servir os avançados nas costas da defesa ou o remate, seja de longe ou perto da baliza.
Não sendo um velocista ou propriamente atlético, é um jogador de espaços de curtos. Define como poucos dentro da área e consegue sempre tirar os defesas da jogada com o seu drible ou com um passe fatal. Na hora da finalização, não treme. Seja dentro de área ou fora dela, de bola parada ou em lance corrido, é uma ameaça constante à baliza adversária. Torna-se bastante comum vê-lo a tentar o remate de fora da área, especialmente em livres diretos.
Um pouco à semelhança de Pedro Gonçalves, por exemplo, é um jogador definidor na área. Mas é também no capítulo coletivo que se distingue, sendo capaz de assistir os colegas em passe, cruzamento e até em cantos e livres. Bate bem a bola parada, tendo até colecionado 2 assistências assim.
Notas Finais
Este primeiro ano na J1 está a ser fantástico. Não se esperava uma afirmação tão grande na equipa de Skibbe, mas a verdade é que está a corresponder à confiança dada pelo treinador alemão. Tornou-se parte fulcral do ataque de Hiroshima e não será de estranhar que já no Inverno (janela de inicio de época no Japão) possa vir para a Europa. As experiências com jogadores japoneses estão cada vez mais comum e Mitsuta muito provavelmente será o próximo.
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