Mario Götze – O futuro ’10’ do Benfica?

Desde a chegada de Roger Schimdt ao Benfica, têm circulado alguns nomes na comunicação social como potenciais reforços para o clube da Luz. Já chegaram Petar Musa e Mihailo Ristic. Mario Götze poderá ser o senhor que se segue.

Tido como um dos jogadores mais talentosos do Mundo da sua geração, Götze teve uma ascensão meteórica no início da sua carreira ao serviço do Borussia Dortmund orientado por Jurgen Klopp. Culminou com dois títulos seguidos de campeão da Bundesliga e uma chegada à final da Liga dos Campeões. Envolta em alguma polémica, teve uma transferência para o Bayern de Munique em 2013 e aí venceu mais três Bundesligas e ainda dois troféus internacionais – uma supertaça europeia e um mundial de clubes. Volta ao Dortmund três anos depois. No entanto podemos dizer que o ponto mais alto da sua carreira foi ao serviço da seleção alemã, tendo sido o herói da final do Mundial de 2014, marcando o golo que sagrou a Alemanha como campeã do Mundo.

Infelizmente, aos 24 anos, quando teoricamente poderia entrar no pico de uma carreira brilhante, foi lhe diagnosticada uma doença muscular que afecta também o seu metabolismo. Ficou afastado dos relvados durante um período alargado de tempo, o que o impediu de concretizar todo o potencial que lhe era reconhecido.

Em 2020 chega a custo zero ao PSV Eindhoven e consegue, de certa forma, revitalizar a sua carreira no clube holandês treinado pelo agora treinador do Benfica, Roger Schmidt.

Com cláusula de apenas 4M€, poderá ser um alvo apetecível para alguns clubes em busca de um jogador com as suas características. Para além do Benfica, também o AC Milan estará interessado na contratação do seus serviços. No entanto, o facto da proximidade com Roger Schmidt e até com Weigl, poderão fazer pender a balança para que Götze escolha o Benfica.

Estatísticas Mario Götze 2021/2022

52 jogos

4150 minutos

12 golos

11 assistências

1.7 passes-chave/90min

2.5 recuperações de bola/90min

3.2 dribles/90min

Mario Götze é um médio que encaixaria na perfeição no 4231 que Schmidt eventualmente operacionalizará no Benfica, posição que lhe é familiar e em que tem vindo a atuar no PSV com o treinador alemão antes deste se ter mudado para as águias. Nesse sentido, reforçaria uma posição onde o plantel actual do Benfica tem poucas opções (olhando aos quadros, Gonçalo Ramos é praticamente o único jogador que poderá fazer aquela posição de médio ofensivo a um nível elevado) e seria o jogador com mais qualidade na criação dentro último terço do terreno desde a saída de João Félix.

Götze traria ao Benfica uma maior capacidade de definição na fase de criação e especialmente no último passe, área em que o clube tem sido refém de talento há algum tempo. Não é um jogador que desequilibre muito pelo drible ou em situações de 1×1, mas sim através da sua visão de jogo, entendimento do jogo e do passe, sendo um jogador que escolhe quase sempre a melhor opção para a equipa quando tem a bola nos pés.

Nessa posição de médio ofensivo no 4231 de Roger Schmidt, seria um jogador que partiria mais de uma posição na ‘meia-esquerda’ mas que teria toda a liberdade para ser influente em qualquer zona em que a bola se encontre, podendo dar constantes linhas de passe para criar superioridades numéricas ofensivas na zona da bola. Tem também boa chegada à área e tem potencial para ser muito influente quer como assistente ou finalizador – 23 contribuições para golo (G+A) em 21/22.

A nível defensivo, é um jogador que não tem perfil para ganhar muitos duelos ou de dar equilíbrios defensivos à sua equipa, mas com Roger Schmidt ganhou uma dimensão importante na filosofia de pressão alta que o alemão gosta que as suas equipas tenham e poderá ser um jogador que acrescenta nesse capítulo – média de 2.5 recuperações de bola a cada 90 min, 1.7 destas recuperadas no meio campo ofensivo.

Apesar dos 30 anos de idade e de algum risco associado à sua condição física e médica, em suma, seria uma contratação muito interessante por parte do Benfica, por ser uma posição carenciada do plantel, o investimento não ser muito elevado para os cofres da Luz e especialmente tendo em conta a familiaridade que o médio alemão já tem com o modelo de Roger Schmidt, facilitando assim o período de adaptação e pelo impacto que poderá trazer à manobra ofensiva do Benfica.

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