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Noite de Gala no Minho

No jogo de estreia da presente edição da Liga Europa e, no regresso do público ao Estádio Municipal de Braga, o SC Braga recebeu e venceu os gregos do AEK por 3-0.

A equipa arsenalista entrou desde início, a exercer uma forte pressão sobre a formação visitante, e em particular a condicionar o momento de construção ao adversário.

A equipa do AEK não conseguia sair e era obrigada a esticar na frente, muitas vezes a jogar longo ou a procurar em profundidade a sua referência mais ofensiva: Nélson Oliveira.

Também no momento de transição defensiva, os minhotos, mostraram-se sempre bem posicionados e consequentemente preparados para rápida e agressivamente reagir à perda, encurtando espaços, para as possíveis saídas longas e rápidas (ou a explorar corredores ou a profundidade) e ao mesmo tempo recuperar a bola ainda no meio-campo do adversário e em zonas médias-altas ou altas, que levaram mesmo a algumas situações de finalização.

Num bloco baixo, com uma linha de 5 atrás, o AEK organizou-se no seu momento de organização defensiva em 5x3x2.

Para contrariar este bloco inicial baixo apresentado pelos gregos (passou a um bloco médio alto e mais pressionante na 2ª parte), o SC Braga ia circulando a bola de forma segura (construindo a três com Sequeira + Bruno Viana + David Carmo: Esgaio e Galeno entregues em oferecer largura e profundidade aos corredores), rápida e intensa, com o intuito de fazer bascular o adversário e, para, posteriormente, encontrar espaços (por dentro ou por fora da estrutura adversária) que os levasse a “agredir” a última linha do AEK.

O SC Braga foi tentando, maioritariamente, entrar por dentro, com Iuri Medeiros a procurar muito o espaço e interior para se associar com Ricardo Horta e Paulinho.

Contudo, foi por fora que a equipa chegou ao 1º golo e desbloqueou o marcador: atração interior inicial, bola liberta à direita com Esgaio bem aberto no corredor a receber e a tirar um cruzamento milimétrico para a cabeça de Galeno. Destaque ainda para o movimento sem bola de Iuri a criar dúvida no lateral contrário: fechar dentro e acompanhar ou sair mais fora e “cair em cima” de Esgaio.

Na 2ª parte, e com a tal subida de bloco da equipa do AEK, a equipa forasteira acabou por ter 10-15 minutos iniciais com alguma (boa) capacidade para ter bola e ter maior critério no passe e no último passe (Livaja importante nesta fase, ele que esteve no melhor e no pior do AEK), contudo sem efeitos práticos.

A entrada de André Horta, mostrou-se ser importante nesta fase para um retorno ao controlo da zona central por parte dos da casa.

O SC Braga, com mais espaço entre os setores gregos, foi ameaçando com remates exteriores (Sequeira e Fransérgio) e com as roturas de Paulinho e Horta sob as costas da última linha (mais subida nesta fase) do AEK.

Esses espaços ficaram ainda mais vincados na parte final, a equipa do AEK mais balanceada para a frente e com os seus laterais mais projetados, duas perdas de bola a meio campo, permitiram ao SC Braga fixar o marcador em 3-0, através de dois momentos de transição fulminantes com Galeno em destaque no 2º golo bracarense.



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