Em Braga perdeu(-se) campeão invicto
Sporting Clube de Braga defrontou no seu reduto, a contar para a 31ª jornada da Liga Bwin, o Futebol Clube do Porto em contagem decrescente para ser o novo campeão nacional.
Os azuis e brancos procuravam sagrar-se (matematicamente) detentores do troféu, no Norte do país, o mesmo que será dizer, ser campeões já em Braga (só aconteceria caso o Sporting não vencesse o seu jogo, e o Porto também ganhasse o seu), ou o mais tardar, festejar em casa na próxima jornada frente ao Vizela.
Ainda alimentavam o sonho de manter-se invictos.
Contudo, os dragões sabiam de antemão as dificuldades que teriam para vencer o 4º grande em Portugal no seu reduto, num dos jogos nesta reta final de grau de dificuldade mais acentuado, a par do clássico na Luz marcado para 7 de Maio.
1ª parte
- Esperava-se uma entrada forte dos comandados por Sérgio Conceição, não só movidos pela possibilidade iminente de conquista do seu 30º título, como também pela inequívoca vitória a meio da semana frente aos rivais Sporting que lhes permitem sonhar com uma dobradinha e assim foi!
- Equipa e estratégia idênticas ao clássico, apenas com o regresso à baliza do habitual titular na baliza Diogo Costa. Sistema híbrido a defender em 4-3-3 e a atacar em 4-4-2 losango.
- Trio composto por Evanilson e Taremi (mais descaídos para o lado esquerdo e direito) e Fábio Vieira a surgir muitas vezes no meio dos dois atacantes
- Importância vital para o posicionamento de Fábio Vieira para dar à equipa maior imprevisibilidade, ora jogando entre linhas nas costas dos dois atacantes tentando desequilibrar através do último passe, o que não foi possível devido às linhas defensiva e de médios do Braga sempre muito próximas e compactas, ora surgindo mesmo em zonas de finalização.
- Vitinha e Otávio como médios interiores, procurando pressionar alto e agressivo sobre os médios centro contrários, não lhes dando grandes espaços para jogar e ter bola. Enquanto que o trio da frente procurava fazer uma barreira na frente do trio de defesas bracarense, dificultando ao máximo a ligação destes com o meio campo
- Já o Braga também jogou num sistema híbrido: a defender em 4-4-2 e a atacar em 3-4-3
- Esperando já o agressivo posicionamento dos interiores do Porto, Carvalhal posicionou na 1ª fase de construção, André Horta aberto no corredor esquerdo para puder receber bola sem oposição e criar desequilíbrios através do passe
- O extremo Rodrigo Gomes, sempre a acompanhar as projeções ofensivas pelo seu corredor lateral do brasileiro Pepê, não lhe dando tanta liberdade para puder desequilibrar em iniciativas individuais
- De referenciar ainda o posicionamento híbrido de André Castro: quando a bola estava do seu lado direito, abria para controlar o lateral Zaidu, mas quando os portistas atacavam pelo corredor central ou pelo lado contrário, juntava-se a Al Musrati e André Horta formando um triângulo de médios, reforçando e povoando o corredor central da equipa
- Os bracarenses sempre a espreitar saídas rápidas em contra ataque, sempre que conseguiam saltar a 1ª zona de pressão alta movida pelos dragões.
- Ainda procuravam, muita vezes através de passes longos, explorar as costas da linha subida da defesa contrária
2ª Parte
- Jogo ao intervalo empatado sem golos e cabia aos forasteiros dar a volta ao contexto e desbloquear o jogo
- Sérgio Conceição decidiu então, logo ao intervalo fazer entrar João Mário para lateral direito em detrimento de Evanilson, mantendo a mesma estratégia, mas com a diferença da colocação de Pepê no lugar de Evanilson, dando maior mobilidade ao ataque devido às suas demarcações de dentro para fora do brasileiro, ajudando João Mário no corredor direito
- De mais uma das suas venenosas transições ofensivas, o Braga chegou ao 1º e único golo do jogo
- A equipa técnica portista decidiu responder recorrendo mais uma vez ao seu banco: passou para o 4-4-2 com Taremi e Toni Martínez na frente, Galeno e Francisco Conceição como extremos e Vitnha e Otávio como médios centro: era o arriscar tudo, dar largura ofensiva e ter dois homens que garantiam uma forte presença em zonas de finalização
- O Braga fechou ainda mais passando a defender com 5 defesas para controlar a largura portista. De realçar o posicionamento Francisco Moura (extremo atacar/ala a defender)
Esta derrota, apesar de adiar a festa do título por parte do Futebol Clube do Porto, retirar-lhes as hipóteses de se sagrar campeão Invicto e quebrar uma série de 58 jogos seguidos sem perder, em nada belisca a mais que provável conquista do campeonato.
Já os guerreiros do Minho conseguiram o feito de vencer na mesma época, os 3 grandes do futebol português (Benfica, Porto e Sporting).
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