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N’zonzi: médio defensivo a caminho da Luz?

Estamos em plena época de Campeonato Europeu, mas o mercado de transferências de clubes também mexe! Esta semana veio à praça pública um nome lançado pela comunicação social como possível reforço do clube da Luz: Steven N’Zonzi, médio defensivo francês da Roma (emprestado esta época ao Stade Rennais).

Steven N’Zonzi é um jogador que deveria ser conhecido de todos. Campeão do Mundo em 2018 pela seleção francesa e com passagem por alguns dos grandes clubes europeus: Sevilla, Galatasaray e AS Roma, clube ao qual se encontra contratualmente vinculado.

Esta última temporada de 2020/2021 esteve emprestado ao Stade Rennais, onde foi titular indiscutível como o pivot defensivo no meio campo, quando jogavam em sistemas com 3 médios ou como médio centro com tarefas mais defensivas ou quando a equipa orientada por Bruno Genésio alinhava com uma linha de 2 no centro do terreno. Independente do sistema, eram sempre essas coberturas de N’Zonzi que protegiam os médios mais criativos e que podiam assim soltar-se para fazer a diferença em zonas mais avançadas no terreno, especialmente Eduardo Camavinga, Benjamin Bourigeaud e Clément Grenier.

Ao longo das várias competições pelo clube (incluindo Liga dos Campeões) e pela seleção francesa (participou em amigáveis e na Liga das Nações) realizou 45 jogos que se materializaram em cerca de 3700 minutos, 1 golo marcado e 1 assistência para golo.

Aos 32 anos, já não tem o raio de ação nem a velocidade que outrora mostrou. É um médio mais posicional, que se destaca essencialmente pela capacidade de dar coberturas aos médios que saem mais em pressão. Ainda assim, é um jogador que pela sua fisionomia consegue recuperar muito bem a sua posição após variações de flancos adversários. Destaque ainda para a soberba capacidade de desarme, mostrando um timing excelente de entrada, o que depois acaba por se traduzir num rácio muito elevado de recuperações de bola: 3.8/90min vs faltas cometidas: 1.05/90min.

É também um jogador especialmente importante no momento de transição defensiva, pela leitura de jogo e pela capacidade de conseguir anular rapidamente a referência ofensiva para a transição. Neste particular momento de jogo, seria um jogador com a qualidade que o Benfica não tem desde Ljubomir Fejsa.

Fisicamente é muito forte (1.96m, 86kgs) e sabe usar muito bem o corpo, quer no choque físico, quer na proteção da posse, sendo muito complicado tirar-lhe a bola. Nota ainda para o domínio absoluto pelo ar: 2.05 duelos aéreos ganhos/90min, top 15% entre os médios das ligas top 5 da Europa, sendo também uma mais valia para lances de bola parada.

É um jogador muito completo, muito capaz quer na fase defensiva, quer ofensiva do jogo. Ofensivamente é um jogador super eficaz nas ações com bola. Entrega sempre bem e ‘joga simples’ optando quase sempre pelo passe curto para colegas perto do seu raio de ação. Em média, por 90 min, completou 87.5 passes com uma taxa de acerto de 92.1%, ambos dados top 5% entre médios das principais 5 ligas europeias.

No Benfica seria sempre um jogador para disputar a posição de ‘6’ com Julien Weigl ou até mesmo assumir desde logo, caso o médio alemão saia do clube nesta janela de transferências (têm também surgido alguns rumores nesse sentido). Uma solução imediata e para curto prazo, mas ainda com bastante qualidade para acrescentar à equipa de Jorge Jesus durante uma ou duas épocas. A proximidade da Roma com o Benfica devido a Tiago Pinto pode ser um fator facilitador para desbloquear a transferência de N’Zonzi, que termina contrato com os giallorossi em 2022.

Ações N’zonzi 20/21


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