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Logo na jornada de estreia da LaLiga 2016/2017, aconteceu aquele que certamente será um dos melhores jogos do ano. Num electrizante Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, o Sevilha de Jorge Sampaoli venceu o Espanhol de Quique Flores por 6-4, com o resultado ao intervalo a ser de 3-3.

Foi mesmo um jogo frenético, mas onde a equipa da casa foi imensamente superior. Tão superior que Roberto, guarda-redes do Espanhol, aos 15 minutos já tinha tirado três golos certos aos comandados de Sampaoli, com brilhantes defesas. É certo que quem não marca, acaba por sofrer e foi o que aconteceu. Contudo, acabou depois por ser uma vitória justa do Sevilha, pecando talvez por ser escassa perante o volume ofensivo que apresentaram, comparado com o que o seu rival fez, apesar de ter conseguido marcar 4 golos.

Neste jogo, Sampaoli já nos mostrou todo o risco que correrá em organização ofensiva. São por vezes inacreditáveis os posicionamentos tão avançados dos jogadores e os riscos que correm para tentar chegar ao golo. Equipa a transformar-se várias vezes em 1-2-6-2, ou em 3-5-2 ou inclusive em 1-1-2-7. Estava sempre muita gente no último terço ofensivo, sufocando o adversário. Em construção, centrais abertos quando o médio vinha para o meio deles. Se ele não vinha, ocupavam o corredor central e entregavam depois. Os laterais, sempre a ocupar a amplitude máxima, mas não só, também a profundidade máxima, estando na linha dos dois avançados várias vezes. Médios no corredor central, em ataque posicional, esperando que fossem solicitados, para depois procurarem a superioridade numérica. Ganhando essa superioridade, aí começavam os desequilíbrios constantes. Muitas linhas de passe ao portador da bola, tentando sempre dar solução, apesar de que por vezes por dificuldades de alguns jogadores não eram aproveitadas as soluções dadas. Sempre a tentativa de abrir o bloco contrário, obrigar a que ele se mova e depois então aproveitar.

Claro que com tantos riscos, os espaços atrás pagam-se muito caro se a reacção à perda não for boa depois da bola ser perdida no ataque, o que aconteceu várias vezes. Do pouco tempo que passaram em organização defensiva, também mostraram debilidades.

É certo que o Sevilha vai ter dificuldades ao deixar tanto espaço contra equipas de maior valor e nem sempre conseguirá marcar 6 golos no jogo, mas haverá poucas equipas na Europa que apaixonem mais o adepto do futebol que estes primeiros traços Sampaolianos em Sevilha.
 

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