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O renascer das cinzas pelas mãos de Pioli

O poderoso AC Milan, arredado há anos da luta por títulos (o último Scudetto remonta à temporada 2010/2011), entra na recta final da temporada com legítimas aspirações em poder vencer o seu 19º título e assim colocar um ponto final no longo jejum de troféus!

Stefano Pioli é o rosto para este renascer dos “rossoneros”.

O técnico de 56 anos foi lentamente montando e reformulando o plantel, desfazendo-se de jogadores que estavam claramente a mais no clube e aos poucos e poucos, reforçando-se com jogadores acessíveis do ponto de vista financeiro, e foi construindo planteis competitivos ano após ano, até chegar a este momento em que numa fase já adiantada da temporada, lidera a Serie A e aspira legitimamente a sagrar-se no novo campeão em Itália.

O Plantel

fonte zerozero.pt

Equipas tipo

Organização Defensiva

  • Equipa claramente trabalhada para assumir o jogo logo a partir do seu processo defensivo, procurando defender alto no terreno com uma linha defensiva também ela subida e uma pressão alta/agressiva sobre o portador da bola com uma forte reação à perda da bola
  • Como podemos constatar nas lineups expostas em cima, não abdicam de uma dupla de médios centro. Contudo, Pioli joga muito com as características dos médios que estão à sua disposição: perante equipas teoricamente mais acessíveis, opta por jogar com um médio ofensivo mais tecnicista, capaz de melhor aproveitar o espaço entre linhas quando equipa tem bola, forte no último passe e menos talhado para o trabalho defensivo (Bryan Díaz). Já frente a adversários de maior exigência, opta por um meio campo mais musculado, mais agressivo sem bola e em que os 3 médios participam todos eles, imenso no processo defensivo (ex. Bennacer, Kessié e Tonali)
  • Daí a equipa procurar em jogos mais complicados, criar agressivas zonas de pressão pelo corredor central, onde tem o trio de médios mais agressivo capazes de recuperar inúmeras bolas ainda em terreno adversário. No jogo contra o Nápoles, Kessié, Tonali e Bennacer simplesmente neutralizaram o forte trio de médios oponente (Fabián Ruiz, Lobotka e Zielinski), obrigando mesmo Spaletti a ter de os substituir na 2ª parte!
  • Numa fase subida no terreno, se necessário invertem mesmo o triângulo de meio campo (4-3-3) para melhor conseguir encaixar nas marcações adversárias e assim sentirem-se mais confortáveis a pressionar. Em bloco defensivo mais junto à sua área defensiva, então retomam ao seu posicionamentos base e ao seu duplo pivot defensivo (4-2-3-1).

  • Para jogar de forma tão subida no campo, importante ter centrais com as características da sua dupla Tomori e Kalulu: rapidíssimos, controlam de forma fantástica a profundidade nas suas costas e são ambos fortíssimos a dobrar os seus laterais
  • A dupla de centrais ainda é bastante concentrada e evoluída nas marcações dentro da área não concedendo grandes espaços de manobra aos atacantes adversários, sendo sempre muito bem auxiliados de perto pelos dois médios centro, capazes de ler também eles o jogo, e sempre que necessário, dobrá-los
Tomori e Kalulu nunca perdem o contacto visual com a bola e com os homens de marcação, sempre com apoios bem orientados e conseguindo sempre ter o controlo da situação com bom posicionamento defensivo
  • Perante atacantes adversários muito evoluídos no 1×1 e rápidos, tanto laterais como defesas centro, procuram acompanhar e pegar nas marcações em zonas subidas, forçando ao máximo que estes recebam de costas para a baliza e tentando sempre evitar que consigam rodar
  • Nota final para a segurança e tranquilidade que o guarda-redes Maignan transmite para toda a sua defesa, sendo bastante completo: controlo da profundidade, jogo aéreo, reflexos, etc.

Organização ofensiva

  • Numa primeira fase de construção de jogo ofensivo, a equipa mostra imensa personalidade na forma tranquila e acertiva com que consegue sair a jogar. Sai a jogar, normalmente, através dos seus 2 centrais (também muito evoluídos a sair a jogar) + 1 médio centro + 2 laterais em apoio. Algumas vezes, sai também a jogar a 3 com a inclusão de um médio entre os centrais, projetando ambos os laterais.
  • O guarda-redes Maignan também assume crucial importância na boa 1ª fase de construção de jogo que a equipa evidência, sendo bastante evoluído a jogar com os pés tanto em passe curto, como em passes longos. A equipa de Milão consegue mesmo criar superioridade numérica a sair a jogar, através da utilização do seu guarda redes a funcionar quase como um libero !
  • Ainda na 1ª fase de construção e de forma intencional, equipa muitas vezes, afunda a linha de 4 defesas para atrair a pressão adversária e assim conseguir libertar espaços na frente, conseguindo depois que o guarda redes através de um passe longo, consiga solicitar o avançado de referencia Giroud ou Ibrahimovic, ambos fortíssimos no jogo aéreo e nos apoios frontais, soltando depois a bola jogável para os médios centro!

  • Já no último terço do terreno, os extremos jogam com o pé trocado, tentando procurar movimentos de fora para dentro com e sem bola. O português Rafael Leão, joga muitas vezes próximo do avançado centro quase numa dupla de atacantes, e nos movimentos a cortar para dentro com bola, procura entrar num jogo de tabelas com o homem de referência da frente.

  • Os laterais, sobretudo Theo Hernández (forte a embalar de trás para a frente em velocidade), realizam tanto overlaps como underlaps, sendo importantes no apoio ofensivo que prestam e conseguindo desta forma, iludir, surpreender e baralhar as marcações adversárias.

Transições defensivas e ofensivas

Se a equipa é extremamente competente em organização ofensiva e defensiva, também nas transições defensivas e ofensivas a equipa consegue ser extremamente eficiente, o que os torna numa equipa bastante completa em quase todos os momentos de jogo.

  • As características do seu quarteto de defesas e médios centrais com grande resistência e passada larga, permite-lhes que defensivamente consigam de forma rápida recuperar as posições com alguma facilidade não descompensando demasiado a equipa, mantendo-a na maioria do tempo bastante equilibrada
  • Apresenta também jogadores na frente como Messias, Theo Hernández ou Rafael Leão que com espaço conseguem imprimir no jogo ofensivo, várias mudanças de velocidade letais com bola.
  • No banco há ainda jogadores que normalmente entram nas segundas partes do jogo para mexerem com os jogos e para poderem dar ainda maior velocidade, discernimento e verticalidade ao jogo de transições ofensivas da equipa como: Saelemaekers, Rebic, Florenzi ou Samu Castillejo.



Para todos os clubes, treinadores, jogadores, olheiros, agentes, empresas e media que queiram saber mais sobre os nossos serviços de scouting, não hesitem em contactar-nos através de mensagem privada ou do nosso email geral@proscout.pt.



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