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Portugal – Chéquia

Portugal reforçou a liderança do Grupo 2 da Liga das Nações vencendo por 2-0 a Chéquia.

Desde cedo, a Seleção Portuguesa controlou e dominou o jogo mas, podemos dizer que a circulação da bola nos primeiros minutos e em muitos momentos do jogo foi demasiado lenta, circulando por fora do bloco defensivo adversário e não conseguindo penetrar em espaços vazios. Em bastantes ocasiões, Portugal estava a explorar muitas situações de cruzamento na procura de Cristiano Ronaldo e acelerações no espaço através de Diogo Jota e Guedes mas, a equipa checa organizada defensivamente no sistema 1-5-4-1 sentia-se confortável no seu bloco baixo, não permitindo espaços entre-linhas e espaços na profundidade nas costas da sua linha defensiva.

Entre os 15min e o intervalo, a equipa portuguesa mudou o paradigma dos primeiros minutos e começou a apresentar um futebol de grande nível, expondo todas as qualidades individuais dos seus jogadores. 30 min de excelência ofensiva, onde a criação e aceleração entre-linhas teve efeitos muito positivos, ultrapassando a pressão alta do adversário bem como a sua organização defensiva.

Pepe e Danilo estiveram sempre muitos participativos nas ações de construção da equipa, jogando de forma simples com os médios de ligação (William e Ruben Neves), que facilmente recebiam bola em espaços vazios e propensos para criar jogo.

Instalados no meio-campo adversário, conseguiam atrair o adversário para o corredor esquerdo, para Diogo Jota e Guerreiro, para depois, através de William e principalmente Ruben Neves, variar rapidamente o centro de jogo para o corredor lateral direito, para onde Cancelo e Bernardo Silva, super rotinados entre si, conseguiram diversas combinações e aproveitamento dos espaços entre DC e DL adversário. Cristiano Ronaldo também esteve com muita mobilidade, saindo também muitas vezes da sua posição para o corredor direito para aproveitar as variações do centro de jogo e arrastar marcações consigo.

Como podemos ver no vídeo seguinte. No 1º golo Bernardo faz movimento de dentro para fora, arrastando consigo o DC, abrindo espaço para Cancelo fazer rutura entre DC/DL. No 2ºgolo, após manutenção da posse de bola e variações de corredor, Bernardo consegue receber entre DC/DL e lança Guedes na profundidade).

Vitinha e Bruno Fernandes assim que entraram em campo, ficou evidente o seu posicionamento nas costas dos médios adversários, conseguindo receber bola em espaços favoráveis para criar e acelerar de frente para o jogo, mantendo assim uma maior fluidez e coerência no jogar de Portugal.

De destacar também a forte reação à perda da bola, fruto da energia e predisposição de jogadores como Guedes e Diogo Jota que, ao contrário da maioria dos jogos, não tiveram muita preponderância ofensiva mas estiveram sempre muito comprometidos com a equipa neste momento do jogo. Com esta forte reação conseguiam recuperar rapidamente a bola travando as transições rápidas do adversário, para de seguida voltar a construir e a criar jogo.

Apesar da quebra nos minutos finais do jogo, normais para um fim de época, a forte reação à perda, as rápidas variações de jogo, as receções em espaços vazios de frente para o jogo e a criatividade dos jogadores portugueses marcaram todo o jogo, ficando a sensação que o resultado poderia ter sido mais volumoso.

A equipa checa, como já tem vindo a ser habitual, bem organizada defensivamente mas sofre muito pela falta de talento dos seus jogadores mais adiantados que, apesar de chegarem rapidamente à frente através de transições rápidas, não conseguem decidir da melhor forma no momento de finalizar as poucas ações de perigo criadas na chegada à baliza de Diogo Costa.



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